O hormônio, batizado em homenagem à deusa Íris, é liberado e retrai novos armazenamentos de tecido adiposo
Um grupo de cientistas da Universidade da Flórida afirmou que o hormônio irisina ajudaria a inibir a formação de novo tecido adiposo. Este hormônio é liberado quando o coração e outros músculos estão em esforço, além de ajudar a queimar gordura e evitar que novas células de gordura se acumulem.
A co-autora do estudo, Li-Jun Yang, destaca que estas descobertas revelam um benefício extra da atividade física.
Segundo os pesquisadores da Flórida, além de cumprir papel fundamental na transformação dos estoques de energia de células de gordura branca em células de gordura bege ou marrom, a irisina também promove a saúde cardiovascular e ossos mais fortes.
“Há alguns anos, no Congresso da Associação Americana de Diabetes, o professor Bruce Spiegelman, pela primeira vez, demonstrou a presença de uma substância produzida na musculatura esquelética durante o exercício, que circula no sangue e exerce suas ações no tecido adiposo. Ela foi batizada de ‘irisina’, em menção à deusa mensageira Íris, da mitologia”, explica Marcio Mancini, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo.
A irisina é secretada pelos músculos durante a atividade física e estimula a produção de uma proteína chamada UCP1 no tecido adiposo, fazendo com que haja aumento da termogênese, ou seja, da queima de gordura e gasto calórico, diz o especialista.
Essa classificação dos tipos de gordura conforme sua coloração corresponde à quantidade de mitocôndrias (organelas das células) presentes no tecido adiposo. Quanto mais clara a gordura, menos mitocôndrias e, portanto, menos gasto calórico.
Com o aumento da produção da UCP1, o número de mitocôndrias também cresce, escurecendo o tecido adiposo. Por isso, a gordura bege ou marrom é preferível à branca.
“Hoje sabemos que esse tecido produz uma série de outras substâncias. Sob a ação da irisina, o tecido adiposo branco aumenta o seu conteúdo de mitocôndrias, ficando mais escuro na visão microscópica. O tecido adiposo com mais mitocôndrias (chamado de bege ou marrom) leva a aumento do gasto de calorias e, possivelmente, perda de peso. Talvez um dia a irisina possa ser usada como tratamento de obesidade e de diabetes”, afirma Mancini.
O diabetes pode resultar de maus hábitos adotados durante a vida e está ligado ao sobrepeso e à obesidade.
“A irisina leva a um aumento da taxa metabólica, com maior gasto de calorias, e, portanto, menor risco de diabetes. Em estudos com camundongos obesos e pré-diabéticos com dieta rica em gordura, quando a irisina foi injetada, houve uma melhora da glicose e menor risco deles desenvolverem diabetes”, finaliza o médico.
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