O diabetes pode ser uma doença silenciosa, mas alguns sintomas pedem atenção
Um dos maiores perigos para os diabéticos é que eles muitas vezes não sabem que são. Não raro, a doença pode aparecer sem alarde e quando o paciente se dá conta, ela já está instalada e as consequências à saúde podem ser graves. Porém, alguns sintomas, como a sede e a vontade frequente de urinar, são bastante indicativos do diabetes e pedem acompanhamento especializado.
“O diabetes é uma doença na grande maioria das vezes assintomática. Na maioria das vezes, o paciente não vai sentir nenhum tipo de sintoma específico. Alguns estudos epidemiológicos mostram que existe um atraso nesse diagnóstico entre quatro a sete anos”, explica Flávio Pirozzi, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).
A Organização Mundial de Saúde (OMS), divide o diabetes em quatro tipos, explica o médico.
Doença autoimune. O corpo considera as células que produzem insulina como algo estranho, por isso, tenta destruí-las.
Como o corpo eventualmente deixa de produzir insulina, os níveis de açúcar no sangue começam a subir.
É causa pelo aumento de fatores de risco, como:
• Obesidade;
• Pressão alta;
• Histórico familiar;
• Colesterol e triglicerídeos elevados.
“Inicialmente, o paciente tem o que a gente chama de resistência à ação da insulina. O que que é isso? Uma dificuldade da ação da insulina agir nas células, e isso acaba não permitindo a entrada da glicose e acarreta no aumento no sangue também”, diz o médico.
Acontece exclusivamente na mulher no período da gestação. O acompanhamento do ginecologista é fundamental.
Provocado por alterações genéticas, doenças, síndromes, e uso de algumas medicações.
“É preciso procurar um médico e fazer os principais exames. Inicialmente, a glicemia em jejum. Também podem ser feitos a hemoglobina glicada, que é um exame que mede a média da glicose do paciente nos últimos meses, e alguns testes provocativos utilizados no dia a dia, no casos daqueles pacientes que já apresentam algum tipo de alteração”, diz o endocrinologista.
Carolina Ragugnetti, nutricionista da ON, Centro Integrado de Saúde e de Evolução Corporal, complementa: “Uma vez que você tenha o diagnóstico de diabetes, não existe cura. Existe manejo, que pode ser feito com alimentação e exercício, quando diagnosticado no início. Mas, em muitos casos, há a necessidade de medicação, além das mudanças no estilo de vida, para impedir a progressão da doença”.
“Quando o paciente está com o nível da glicose muito elevada e com uma taxa de produção de insulina pelo pâncreas muito baixa, ele pode começar a ter alguns sintomas. É importante que o paciente fique de olho”, orienta o endocrinologista.
Confira os principais sintomas do diabetes:
É decorrente da falta da insulina, pois a substância ajuda a controlar o apetite.
Apesar do apetite aumentando, pode ocorrer a perda de peso.
“A pessoa está consumindo calorias e energia, mas não está conseguindo utilizar. A glicose em doses aumentadas no sangue, sem ser direcionada para os nossos músculos, é tóxica, então o grande problema do diabetes é que ele vai lesionando os vasos, principalmente os menores”, diz a nutricionista Adriana Adell.
“O paciente começa a ter uma diurese osmótica, ou seja, começar a urinar muito. Ele vai muito ao banheiro e, com isso, existe um mecanismo fisiológico para compensar o aumento do volume urinário, que é a sede. Então, aqueles pacientes que estão bebendo muita água indo muito ao banheiro, acordando ao longo da noite, duas, três vezes para urinar. É um motivo para ficar atento”, orienta Pirozzi.
“A longo prazo, a visão pode ser prejudicada, pela lesão dos vasos dos olhos. Também há o risco de amputação, em que a pessoa perde um dedo ou uma perna, pois a glicose no sangue também impede a cicatrização de ferimentos”, diz Carolina.
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