Saiba como evitar este problema que atinge milhões de brasileiros
A halitose, ou mau hálito como é popularmente conhecida, é um problema que nem sempre é levado a sério, mas na verdade atinge mais gente do que se imagina. Cerca de 1/3 da população mundial sofre com a halitose, sendo que só no Brasil são 50 milhões de pessoas com mau hálito.
A halitose não é considerada uma doença, mas pode ser um sintoma de outras doenças. Mas mesmo assim, é um incômodo que pode provocar constrangimento e isolamento social por quem apresenta o problema.
Para saber como enfrentar e vencer o mau hálito, siga lendo este texto.
O mau hálito se caracteriza por um cheiro ruim exalado pela boca e que geralmente indica que algo não anda bem na saúde do indivíduo.
‘’A halitose não é uma doença, mas pode denunciar a ocorrência de alguma patologia, problema de saúde ou alteração fisiológica. É um sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio”, explica a cirurgiã-dentista Karyne Magalhães, presidente da Associação Brasileira de Halitose (ABHA).
E apesar da crença muito comum de que o mau hálito pode se originar do estômago, na maioria das vezes esse odor desagradável tem origem mesmo na região bucal.
“Na grande maioria dos casos, o mau hálito, ou halitose, tem origem na própria boca, principalmente na região localizada entre os dentes, a região interdental e também na língua, que é um músculo revestido por papilas gustativas”, diz Mario Sergio Giorgi cirurgião-dentista, homeopata, professor e também integrante da Associação Brasileira de Halitose (ABHA).
E um dos grandes entraves para se combater o problema, é que a pessoa que tem mau hálito não sente o próprio aroma ruim na boca. “Não somos bons avaliadores do próprio odor. O olfato se adapta a qualquer cheiro, o que chamamos de fadiga olfatória. É o mesmo caso quando usamos um perfume há muito tempo e não nos damos conta mais do cheiro’’, diz a dra. Karyne.
O problema tem inúmeros efeitos negativos na vida pessoal, gerando transtornos psicológicos e afastamento do convívio social e profissional. Por isso a Associação Brasileira de Halitose lançou a campanha ‘’Mau Hálito: Na Dúvida Pergunte’’, já que a única forma de saber que se está com halitose é pedindo a opinião de outra pessoa.
“Nosso intuito é incentivar as pessoas a sempre que tiverem dúvidas, perguntarem para entes de seu convívio. Com a resposta, elas podem buscar tratamento”, conta a presidente da ABHA, Karyne Magalhaes.
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A principal causa da halitose é a chamada saburra lingual.
“Essa saburra é uma placa esbranquiçada que se forma continuamente sobre o dorso da língua devido à falta de uma higienização específica. A saburra sofre fermentação e libera compostos sulfurosos voláteis (CSV), que possuem um odor muito desagradável e causam a halitose”, diz o cirurgião-dentista e professor Mario Sergio Giorgi.
Além da má higiene bucal, o mau hálito pode ter ainda outras causas, tais como:
. Cáries, que acumulam bactérias na boca
. Restos de alimentos como cebola e alho na boca
. Baixa produção de saliva, a chamada boca seca
. Vícios como fumo e álcool
. Doenças como sinusite, amigdalite, pneumonia e tuberculose
Existe ainda uma condição que é a chamada halitose da manhã, pois durante o sono a saliva se torna mais densa, fazendo com que aumente o número de bactérias na boca, gerando o mau hálito ao acordar. Mas isso é considerado absolutamente normal e o problema deve desaparecer após a higiene bucal da manhã.
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Para vencer a halitose, é fundamental realizar uma higiene oral adequada.
‘’É importante realizar diariamente a higienização da língua e a remoção da saburra utilizando escovas e instrumentos próprios para a limpeza da língua. A escova para língua deve ter cerdas um pouco mais firmes que as das escovas dentais. Isto porque na língua existem fissuras e irregularidades onde as cerdas devem penetrar de forma adequada para conseguir desalojar a saburra lingual. A escova também deve ter um perfil baixo, para não provocar ânsia, e ter uma superfície circular que se adapte à forma da língua sem provocar desconfortos”, afirma o dr. e professor Mario Sergio.
Mas além da escova, também se recomenda o uso dos chamados higienizadores linguais plásticos, que tiram saburra lingual de forma mais eficiente.
“Os higienizadores linguais devem ter um design que se adapte ao formato da língua possibilitando a remoção da saburra de forma simples. Podem ser mais estreitos ou mais largos, ter lâmina dupla ou simples e ter ranhuras ou não. O raspador com ranhuras deve ser utilizado principalmente para a remoção da placa mais aderida. Já o raspador liso de uma lâmina é o ideal para manutenção diária por ser mais estreito e delicado”, diz ainda o cirurgião-dentista.
E além destes cuidados de higiene, é importante não deixar de beber água. Pelo menos 2 litros por dia, para ajudar a eliminar esse problema extremamente desagradável que é o mau hálito.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e dos profissionais:
Dra. Karyne Magalhães/ Cirurgiã-Dentista
Prof.Dr.Mario Sergio Giorgi/ Cirurgião-Dentista e Homeopata
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