A diminuição da incidência do câncer de mama pode estar relacionada à mudança do estilo de vida
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é possível prevenir o câncer de mama através da adoção de hábitos de vida mais saudáveis. A doença pode ser reduzida em até 40%, se mulheres conseguirem fazer essas mudanças, com especial atenção para a obesidade e o fumo.
Dados divulgados pelo INCA revelam que o câncer de mama é o segundo de maior incidência entre as mulheres, após o câncer de pele. Em seguida, vêm o de cólon e reto e colo do útero.
O INCA garante que mudanças na vida, controlando os fatores de risco, são mais eficazes que investir em novos tratamentos. A probabilidade de reduzir a mortalidade do câncer apenas pelos tratamentos é muito pequena.
Hoje, no mundo, 8,2 milhões de pessoas morrem vítimas do câncer, de acordo com o instituto. Praticamente 80% dos tumores sólidos, como o de mama, são curáveis, mas o mesmo não acontece com o câncer de esôfago, fígado pâncreas e pulmão.
Investir em prevenção pode ser a saída para prolongar a vida e de forma muito mais econômica.
“As pessoas geralmente pensam que prevenir o câncer está fora de seu controle. Um estudo publicado na revista Nature, no entanto, argumenta que há muito o que podemos fazer. Muitos estudos demonstraram que fatores de risco e exposições ambientais contribuem muito para diversos tipos de câncer“, diz o mastologista Silvio Bromberg.
Não existe um alimento que por si só irá impedir o surgimento do câncer, nem um que previna um tipo específico de câncer. Mas uma boa alimentação, isto é, repleta de nutrientes variados, ajuda a manter o organismo equilibrado e a diminuir a chance do aparecimento de várias doenças.
É recomendado consumir 400g de vegetais ao dia. Uma boa proporção é 2/5 de frutas e 3/5 de legumes e verduras.
Gorduras trans e saturadas, por sua vez, causam diversos males à saúde e podem aumentar o risco do desenvolvimento de câncer de mama em até 28%.
A razão disso é que altas quantidades de uma substância gerada pela destruição do colesterol pelo fígado, chamada 27HC, se liga aos receptores de estrógeno, os quais sob estimulação provocam crescimento rápido das células tumorais.
Um artigo publicado na American Association for Cancer Research revelou que a atividade física é uma importante ferramenta na prevenção do câncer de mama. Ele foi feito pela Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, com 391 mulheres sedentárias na pré-menopausa.
Os pesquisadores, então, dividiram as voluntárias em dois grupos: 179 permaneceram sedentárias e 212 passaram a praticar exercícios aeróbicos 5 vezes na semana por quatro meses. Ao fim do período, foram recolhidas amostras de urina para medir o estrogênio, principal hormônio envolvido no câncer de mama.
Eles constataram a influência direta da prática do exercício na maneira como o corpo decompõe o hormônio.
“Depois da metabolização do hormônio, podem ser formados compostos ativos ou inativos, chamados de metabólitos. A pesquisa demonstrou que a atividade física ajuda a inativar os metabólitos do estrogênio, que com isso não têm qualquer efeito no organismo”, explica Bromberg.
Existem estudos atestam a baixa relação de causalidade entre pílula anticoncepcional e risco da doença.
“São muito específicas as situações em que a pílula é contraindicada nesse cenário preventivo. Deve-se ainda lembrar que o uso da pílula previne o câncer de ovário”, afirma o mastologista.
Dentre os vários males que esses hábitos trazem à saúde, vários estudos já comprovaram que o cigarro e o álcool aumentam o risco de ter câncer de mama de forma considerável.
“O excesso de peso, principalmente na menopausa, também está ligado a uma chance maior de desenvolver um tumor nas mamas, assim como ter filhos depois dos 30 anos”, finaliza Bromberg.
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