Embora apresente considerável eficácia, método deve ser utilizado com cautela e acompanhamento profissional
Quando se fala em emagrecer, a primeira coisa que a maioria das pessoas pensam é em diminuir o consumo de carboidratos. Um exemplo disso é a dieta cetogênica, que já existe há muito tempo. Nos anos 1920, ela surgiu como tratamento para epilepsia e foi ganhando fama como alternativa para a perda de peso apenas nos anos 60. A dieta foi ganhando fama com o tempo e, hoje em dia, é utilizada até mesmo por famosas, como a atriz Giovanna Antonelli e a norte-americana Megan Fox.
Segundo Marcella Garcez, médica nutróloga e professora da Associação Brasileira de Nutrologia, a dieta é eficaz, mas a custos altos. “Fisiologicamente falando, faz sentido diminuir o apetite através da produção dos corpos cetônicos, mas a prática traz efeitos colaterais relevantes e não deve ser iniciada sem o acompanhamento de um especialista”, afirma.
Como explica a nutróloga, as refeições nessa dieta geralmente contém proteínas de alto valor biológico, além de carboidratos e gorduras, em quantidades restritas de baixo valor calórico.
• “A fase ativa pode variar de 30 a 45 dias é a fase que ocorre a maior perda de peso“, explica Marcella.
• Na segunda fase, a de reeducação, o paciente vai incorporando, gradualmente, comidas naturais e saudáveis à sua rotina. Após uma dieta muito restrita, a pessoa retorna a se alimentar com uma quantidade mais segura de calorias, no geral, em torno de 1200 a 1800 por dia, mas nessa fase ainda há perda de peso – ainda que menor do que na fase anterior.
• Por fim, vem a fase de manutenção do peso obtido nas duas fases anteriores, detalha.
A grande questão que cerca o tema é: a dieta cetogênica é segura?
Segundo a Marcella, sim, mas com ressalvas. “É uma dieta que não pode ser feita por tempo prolongado. Ela é eficaz a médio e curto prazo, e não pode ser seguida por qualquer pessoa. No grupo que deve evitar a prática estão os diabéticos, os hipertensos, e pacientes com problemas no fígado ou rim. O alto consumo de gorduras é outro ponto a ser considerado antes de optar pelo plano, já que, ao fazer com que 90% das calorias venham da gordura, há o risco de alterações no perfil lipídico“, completa.
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Em suma, pode-se dizer que a dieta cetogênica tem, sim, eficácia, especialmente no combate à obesidade e/ou síndrome metabólica. No entanto, deve ser feita sob acompanhamento nutrológico, para que os riscos de efeitos colaterais sejam excluídos, assim como para uma boa indicação de alimentos. Além disso, Marcella reforça: “O tempo máximo para praticar a dieta cetogênica deve ser de seis meses“, finaliza.
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