Transtornos alimentares podem causar distorção da imagem do próprio corpo
Você já ouviu falar em distorção da imagem? E um tipo de perturbação psicológica que gera transtornos alimentares, podendo afetar ambos os sexos, mas é mais comum entre as mulheres.
Essa condição pode fazer com a pessoa tenha vergonha do próprio o corpo, o que pode gerar complicações mentais, levando ao afastamento do convívio social e até situações bem graves de saúde.
Quer saber mais? Então, siga lendo esta reportagem.
O transtorno alimentar é diagnosticado quando alguma desordem psicológica numa pessoa começa a interferir no processo rotineiro de ingestão de alimentos.
Os transtornos mais conhecidos são:
.Bulimia (o ato de provocar vômitos para ‘’expulsar’’ alimentos do corpo)
.Anorexia (restringir a alimentação de forma exagerada)
.Compulsão alimentar (comer certos alimentos sem limites)
Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), mais de 70 milhões de pessoas no mundo sofrem de algum transtorno alimentar, que podem estar associados a quadros de estresse, ansiedade ou depressão e se não forem tratados acabam por afetar de forma muito grave à saúde e em quadros extremos levar até mesmo à morte.
Os jovens são geralmente os mais afeitos a apresentar este tipo de distúrbio. Segundo dados do Ministério da Saúde, a anoxeria, por exemplo, atinge mais a população brasileira na faixa entre 12 e 17 anos de idade. Já a bulimia, se manifesta em geral na vida adulta.
E as mulheres costumam ser mais atingidas por este tipo de problema do que os homens, principalmente por uma forma de transtorno que está cada vez mais comum: a distorção da imagem.
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Mas o que seria a distorção de imagem? Quem nos ajuda a entender melhor é a terapeuta Paula Oliveira, com formação em psicanálise e especialista em transtornos alimentares e de ansiedade:
‘’A definição clínica é TDC (Transtorno Dismórfico Corporal) e é considerada uma condição mental que leva o indivíduo a uma preocupação excessiva com a própria imagem, muitas vezes imaginária’’.
A distorção de imagem é, portanto, um estado em que a pessoa se encontra, que a faz ter vergonha da sua própria condição física, podendo inclusive impedir que ela se sinta à vontade para frequentar locais como praias, piscinas, parques, academias e etc., onde geralmente as pessoas estão com menos roupas e expondo mais o corpo.
‘’ Nos últimos anos, o corpo se transformou em um símbolo de status, construído como principal meio de representação de um indivíduo. Em um país como o Brasil,
as pessoas se expõem mais e quem é considerado fora dos padrões acaba sendo excluído, submetido às exigências de uma sociedade a qual não valoriza a essência do ser. A maior demanda hoje nos consultórios, de terapia, vem de problemas causados pelas crenças disfuncionais da autoimagem’’, acrescenta a terapeuta Paula Oliveira.
E como alguém pode perceber que está sofrendo com esse transtorno?
‘’ Os sintomas incluem comportamentos repetitivos como se olhar no espelho várias vezes, constante comparação com a aparência dos outros, ocasionando um sofrimento
psíquico, gerando uma fobia social, afetando as áreas acadêmica, familiar e profissional. Também ocorrem desejos estéticos por perfeição, os quais refletem sentimentos compensatórios de inferioridade e insegurança’’, diz a especialista.
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A distorção da imagem, ou não aceitação do próprio corpo, pode acabar gerando o aparecimento de outros transtornos alimentares, como bulimia e anorexia e também levar a outros tipos de problemas, como:
.Depressão
.Alcoolismo
.Uso de drogas
.Obesidade
Mas qual o tipo de tratamento mais adequado?
‘’O tratamento mais indicado é a psicoterapia, para alcançar uma melhor qualidade de vida, autoconfiança, identificar pensamentos automáticos e crenças disfuncionais, elaborando um plano executável’’, aponta Paula Oliveira.
E a terapeuta finaliza falando sobre a importância do apoio familiar para o tratamento de quem sofre com este tipo de transtorno:
‘’A influência da família possui relevância social mediante o estabelecimento do caminho e estratégias que poderão auxiliar o indivíduo a passar pelo processo de cura. O respaldo científico é de suma importância na compreensão de como a família pode e deve lidar com o paciente, bem como trabalhar o bem estar deste e a melhor qualidade de vida da família como um todo’’.
Contamos com a colaboração da DATZ Comunicação e também de Paula Oliveira/Terapeuta
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