Vida e Saúde

Mais qualidade de vida para o diabético

Conheça as novas e modernas formas de tratamento da doença

O diabetes já é uma verdadeira epidemia mundial. Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), são quase 600 milhões de pessoas no mundo com a doença. No Brasil, o número já passa de 16 milhões de diabéticos. 

A doença causa uma série de limitações e precisa ser controlada constantemente. Mas a boa notícia é que existem novidades que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida de quem sofre com o diabetes, tais como:

.Sensor minúsculo de glicose

.Bomba sem fio de insulina

.Insulina oral

.Novas versões do Ozempic

Quer saber mais? Então siga lendo essa matéria!

 

O que é e sintomas

Diabetes mellitus é uma doença crônica caracterizada pela elevação persistente da glicose no sangue por deficiência de insulina (tipo 1) ou resistência à sua ação (tipo 2). Os sinais e sintomas mais comuns incluem:

.Sede excessiva

.Sensação de fome

.Vontade de urinar com frequência

.Cansaço

.Perda de peso

.Visão embaçada

.Infecções recorrentes

 Em muitos casos, especialmente no tipo 2, a evolução é silenciosa. Sem controle adequado, o diabetes pode provocar complicações graves como:

.Infarto

.AVC

.Insuficiência renal crônica

.Cegueira

.Neuropatia

.’’Pé diabético’’ (úlceras e amputação)

O diagnóstico é feito por exames clínicos e laboratoriais e o tratamento combina alimentação equilibrada, atividade física e uso de medicamentos.

Veja também:

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/o-diabetes-cresce-sem-parar/

 

As novidades

Entre os tratamentos mais atuais para o diabetes estão as chamadas “canetas emagrecedoras”, como o Ozempic, que também tem sido usado no tratamento da obesidade. E o investimento em pesquisa nessa área trouxe também o Mounjaro, medicamento que possui um mecanismo de ação similar. Essas inovações trazem um grande alento aos diabéticos.

 “Entre as canetas, o Mounjaro, além de simular o hormônio GLP-1 assim como faz o Ozempic, também simula um outro hormônio, chamado de GIP. Dessa forma, atua de maneira muito mais potente na produção e liberação de insulina e no controle dos níveis de glicose no sangue. Além disso, possui o efeito benéfico da perda de peso, mas de maneira muito mais significativa que o Ozempic justamente por ter esse hormônio adicional’’, afirma a endocrinologista Deborah Beranger, pós-graduada em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ). 

Outro grande avanço no controle do diabetes é a minibomba de insulina sem fio.

 “A bomba de insulina é um dispositivo eletrônico que fica conectado ao corpo durante o dia todo para fornecer insulina em doses menores de maneira contínua ao longo das 24 horas. É uma alternativa às injeções de insulina para pacientes que têm dificuldade de manter o controle da glicose, que têm grandes variações nos níveis de açúcar no sangue ou que têm quadros de hipoglicemia frequente ou graves, por exemplo”, fala a médica.

Mas a bomba de insulina convencional fica conectada ao corpo por meio de um fio, o que pode causar desconforto durante a realização de exercícios físicos, além do risco do cateter se dobrar, o que pode comprometer a chegada da insulina ao organismo. Com a minibomba, estes problemas estão resolvidos.

 “Esse novo dispositivo surge para corrigir esse problema, pois é completamente sem fio, permanecendo acoplado na pele como um adesivo e é controlado por um dispositivo portátil via bluetooth. Além disso, conta com um medidor de glicose e uma calculadora de bolus, isto é, de dose, para aplicar insulina continuamente e com máxima precisão, além de conforto. É o que temos mais próximo do funcionamento do pâncreas”, comenta a dra. Deborah.

Outro destaque é um novo sensor de monitoramento de glicose com dimensões também muito menores.

 “Esse novo sensor é menor, mais fino e mais leve que duas moedas de 5 centavos empilhadas. Esse é o grande diferencial do novo dispositivo, que, além disso, ainda realiza leituras contínuas do nível de glicose, que são enviadas diretamente para o celular, sem a necessidade de escanear o sensor, o que permite um acompanhamento muito mais preciso dos níveis de açúcar no sangue, além de ser muito mais discreto e confortável para o paciente”, diz a especialista.

Esse sensor menor ainda não está disponível no Brasil. Mas já é possível comprar no país uma versão anterior que tem um tamanho próximo de uma moeda de 1 real.

Outra grande inovação que está sendo desenvolvida é a insulina semanal.

 “Assim como a insulina diária, a insulina semanal é injetada por meio de uma caneta. O diferencial é que o hormônio se liga às proteínas no sangue que fazem com que seja gradualmente liberado ao longo de 7 dias, podendo ser aplicado apenas uma vez na semana”, esclarece a dra. Deborah Beranger. 

Outro benefício que em breve deve sair dos laboratórios para as prateleiras, é uma insulina para ser ingerida oralmente.

“Pesquisadores criaram um revestimento que protege a insulina de ser decomposta pelos ácidos estomacais e enzimas digestivas, mantendo-a segura até alcançar o fígado, onde é finalmente quebrada por enzimas ativas somente quando os níveis de açúcar no sangue estão altos. E, além de ser mais prática e confortável por não precisar ser injetada ou refrigerada, a insulina oral ainda tem menos efeitos colaterais, justamente por ser liberada apenas quando os níveis de glicose estão altos. Isso reduz o risco de hipoglicemia, pois a liberação de insulina ocorre de maneira controlada de acordo com as necessidades do paciente’’, aponta a médica.

Essa nova insulina oral já foi testada, de forma positiva, em ratos, camundongos e babuínos. Agora o produto será testado em humanos e a previsão inicial é que esteja no mercado em até 3 anos.

Confira ainda:

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/sintomas-diabetes-para-ficar-atento/

 

Mudança de hábitos

Essas novidades proporcionam um controle efetivo do diabetes, além de melhorar muito a qualidade de vida dos pacientes. Mas é sempre importante reforçar que qualquer tipo de medicamento precisa ser usado em conjunto com mudanças de hábitos dos diabéticos.

 “Sempre vale lembrar que nem o mais avançado tratamento é capaz de substituir a adoção de um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e prática de exercícios físicos. É um pilar fundamental no controle da doença, independente de qual tecnologia ou medicamento venha a surgir no futuro”, conclui a dra. Deborah.

 

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e da médica Dra. Deborah Beranger/Endocrinologista

Não deixe de ver também:

https://marcioatalla.com.br/dicas-rapidas-vida-e-saude/pratica-de-atividade-fisica-ajuda-a-regredir-o-diabetes/

https://marcioatalla.com.br/nutricao/alimentacao-contra-o-diabete-infantil/

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/diabetes-insipidus-nao-se-confunda/

Share

Recent Posts

Emagrecer ajuda a evitar o câncer de fígado!

Essa e outras medidas reduzem o risco deste tumor em até 60%

5 horas ago

Sexo sem dor na menopausa

Saiba como ter relações sexuais sem sofrimento na menopausa

12 horas ago

Vacinação infantil: fique de olho!

É importante manter as vacinas das crianças em dia

12 horas ago

Dor nas pernas? Pode ser DAP!

Sentir dor ao caminhar pode ser sinal da doença arterial periférica

13 horas ago

Prontos para o verão…sem traumas!

A chegada desta estação costuma gerar excessos nos exercícios e lesões

13 horas ago

Câncer de próstata: prevenir salva vidas!

O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura

13 horas ago