Essa e outras medidas reduzem o risco deste tumor em até 60%
O câncer de fígado é um dos mais agressivos e mata cerca de 10 mil pessoas por ano no Brasil, segundo informações do Radar do Câncer.
Mas um novo estudo científico traz uma boa notícia: mudanças no estilo de vida podem reduzir os casos de câncer de fígado em até 60%.
Então não deixe de ler esta reportagem e saber como se precaver desta doença.
A nova análise (( https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0140673625010426)) foi feita e publicada pela Comissão Lancet da revista científica The Lancet e afirma que cerca de 60% dos casos de câncer de fígado podem ser evitados através do controle de fatores de risco, tais como:
.Hepatite B
.Hepatite C
.Doença hepática esteatótica (MASLD)
.Bebidas alcoólicas
“A Comissão destaca diversas maneiras de reduzir esses fatores de risco, incluindo o aumento da cobertura da vacina contra hepatite B e políticas de saúde pública voltadas para a obesidade e o consumo de álcool’’, afirma o oncologista Ramon Andrade de Mello, Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC) e médico do Centro Médico Paulista High Clinic Brazil (São Paulo).
As recomendações do estudo incluem ainda conscientizar a população sobre os fatores que podem potencializar os riscos, tais como:
.Obesidade
.Consumo de álcool
.Não se vacinar
‘’O câncer de fígado já é uma das principais causas de morte e invalidez. Globalmente, é o 6º tipo de câncer mais comum e a 3ª principal causa de morte por câncer. Mais de 40% dos casos globais de câncer de fígado ocorrem na China, principalmente devido às taxas relativamente altas de infecções por hepatite B no país”, acrescenta o oncologista.
Uma das preocupações dos profissionais de medicina e autoridades da área de saúde é combater a esteatose hepática associada à disfunção metabólica (MASH), que é hoje uma das principais causas de câncer de fígado no mundo, seguida pelo álcool.
“Antigamente, acreditava-se que o câncer de fígado ocorria principalmente em pacientes com hepatite viral ou doença hepática relacionada ao álcool. No entanto, hoje, as crescentes taxas de obesidade são um fator de risco crescente para o câncer de fígado, principalmente devido ao aumento de casos de excesso de gordura ao redor do fígado”, aponta o dr. Ramon.
Entre os fatores de alto risco para a MASLD estão:
.A obesidade
.O diabetes
.As doenças cardiovasculares
Leia também:
https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/10-mitos-e-verdades-sobre-o-cancer/
A informação sobre fatores de risco é fundamental para promover uma mudança de hábitos na população.
“Comparado a outros tipos de câncer, o câncer de fígado é muito difícil de tratar, mas apresenta fatores de risco mais distintos, que ajudam a definir estratégias específicas de prevenção. Com esforços conjuntos e contínuos, acreditamos que muitos casos de câncer de fígado podem ser prevenidos”, comenta o especialista.
E os médicos tem um papel fundamental neste processo de alerta e mudança.
“Os profissionais de saúde também devem integrar o aconselhamento sobre estilo de vida aos cuidados de rotina para apoiar os pacientes na transição para uma dieta saudável e atividade física regular’’, fala o dr. Ramon Andrade.
A Comissão Lancet prevê que essas mudanças no estilo de vida podem reduzir o número de casos de câncer de fígado em até 5% ao ano até 2050, salvando quase 15 milhões de vidas em todo o mundo.
Veja ainda:
https://marcioatalla.com.br/nutricao/sindrome-metabolica-e-cancer-qual-a-relacao/
Existem vária medidas que podem ser tomadas para mudança de hábitos e prevenção do câncer de fígado. Entre as principais estão:
. Diminua o peso corporal
“O acúmulo de gordura visceral, especialmente no fígado, é um dos principais fatores de risco para a progressão da MASLD para MASH (forma inflamatória da doença). A perda de 7% a 10% do peso corporal já promove redução significativa da gordura hepática, da inflamação e da fibrose”, esclarece o médico
.Aumente o consumo de fibras: vegetais, frutas com casca, grãos integrais (aveia, quinoa, arroz integral) e leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico).
“As fibras melhoram o controle glicêmico, reduzem a resistência à insulina e modulam o metabolismo lipídico, reduzindo a esteatose hepática’’, indica o dr. Ramon.
. Reduza ou corte o consumo de álcool
‘’O álcool é um agente hepatotóxico independente, mas seu efeito é potencializado quando combinado com obesidade ou MASLD. Mesmo pequenas quantidades podem ser prejudiciais para quem já tem alterações hepáticas”, diz o oncologista.
.Evite alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar, gorduras saturadas e sódio: refrigerantes, fast food, biscoitos recheados e embutidos
.Inclua gorduras boas na dieta :abacate, azeite de oliva extra virgem, castanhas e peixes ricos em ômega-3 (salmão, sardinha, atum)
.Prefira alimentos com carboidratos complexos e inteiros: arroz integral, batata-doce, legumes e vegetais
.Consuma probióticos e alimentos fermentados (quando indicados): iogurtes naturais, kefir e kombucha, sem adição de açúcar
.Beba bastante água e evite sucos industrializados e bebidas açucaradas
.Pratique atividade física regular: exercícios aeróbicos e de força pelo menos 150 minutos por semana
.Faça exames de rotina
‘’Peça uma avaliação da saúde hepática se você tiver obesidade, diabetes ou dislipidemia. O rastreio precoce de alterações hepáticas permite intervenção antes da progressão para cirrose ou câncer”, conclui o dr. Ramon Andrade de Mello.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e do médico: Dr. Ramon Andrade de Mello/ Oncologista
Confira essas também:
https://marcioatalla.com.br/nutricao/dieta-contra-o-cancer/
https://marcioatalla.com.br/nutricao/aspartame-e-ou-nao-e-cancerigeno/
https://marcioatalla.com.br/dicas-rapidas-vida-e-saude/vitamina-d-ajuda-a-reduzir-cancer-no-esofago/
Conheça as novas e modernas formas de tratamento da doença
Sentir dor ao caminhar pode ser sinal da doença arterial periférica
A chegada desta estação costuma gerar excessos nos exercícios e lesões
O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura