As doenças cardíacas são a maior causa de incapacidade física e mortes, afetando milhões de pessoas anualmente no mundo.
E dois dos maiores problemas cardiovasculares são:
.A pressão alta
.A trombose
Mas um estudo científico traz uma boa notícia, principalmente para os ‘’chocólatras’’ e para quem ama ‘’ovo de Páscoa’’: consumir chocolate amargo pode ajudar a diminuir o risco tanto da hipertensão essencial, quanto da trombose.
Quer saber mais sobre esta propriedade do chocolate amargo? Então leia o texto a seguir.
Mas antes de revelar o que diz o estudo, é preciso entender o que significam a trombose e a hipertensão essencial.
Quem começa a nos explicar é a endocrinologista. Deborah Beranger, pós-graduada em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ) e com cursos de extensão em Obesidade, Transtornos Alimentares e Transgêneros pela Harvard Medical School.
“A hipertensão essencial se caracteriza por um quadro multifatorial sem qualquer causa identificável. Ela é uma doença cardiovascular, que é inclusive silenciosa e uma das principais causas de morte no Brasil”.
Outro esclarecimento vem da cirurgiã vascular Aline Lamaita, pós-graduada em Medicina Integrativa e Longevidade Saudável, com curso de Lifestyle Medicine pela Universidade de Harvard (EUA) e integrante da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).
“A trombose é o entupimento de uma veia do nosso corpo pela formação de coágulos sanguíneos. A depender de qual veia aconteceu esse entupimento podemos chamar de trombose venosa profunda (quando é uma veia mais profunda) ou tromboflebite (quando se trata de uma veia mais superficial). Quando esse coágulo sanguíneo se desprende da veia, ele corre pela circulação e frequentemente impacta o pulmão, o que chamamos de embolia pulmonar, a grande complicação de uma trombose venosa profunda e uma causa importante de morte súbita’’.
Veja também:
A pesquisa foi feita por cientistas da Unidade de Epidemiologia Integrativa MRC da Universidade de Bristol, na Inglaterra e publicada na revista Nature (https://www.nature.com/articles/s41598-023-50351-6). Os pesquisadores analisaram os dados de 64.945 participantes de origem europeia com predisposição a 12 doenças cardiovasculares, entre elas:
.Insuficiência cardíaca
.Doença coronariana
.Infarto do miocárdio
.Hipertensão
.Tromboembolismo venoso
Os resultados apontaram que o consumo de chocolate amargo foi associado à redução do risco de hipertensão essencial e também do risco de trombose.
Isso se dá porque o chocolate amargo possui fitoquímicos com ação antioxidante e anti-inflamatória e ainda uma maior concentração de cacau, proporcionando:
.Ação vasodilatadora
.Melhora da função vascular
.Atividades antiplaquetárias
Leia ainda:
https://marcioatalla.com.br/nutricao/10-motivos-para-comer-chocolate-amargo/
Essa boa ação do chocolate amargo no organismo vem principalmente dos flavonoides:
.Procianidina
.Catequina
.Epicatequina
“Os flavanoides também são conhecidos por terem potentes atividades antioxidantes e anti-inflamatórias. Acredita-se que todas essas atividades dos flavanoides sejam os principais fatores que contribuem para um sistema cardiovascular saudável”, afirma a endocrinologista Deborah Beranger.
“Já foi identificado também que os chocolates com maior concentração de cacau têm ação vasodilatadora, melhoram a função vascular e contam com atividades antiplaquetárias, prevenindo a formação de placa de gordura dentro das artérias”, acrescenta a cirurgiã vascular Aline Lamaita.
Para se atingir estes benefícios seria preciso uma ingestão diária de 20g de chocolate amargo por parte de adultos jovens com boa condição de saúde. E as especialistas enfatizam que além deste consumo, é preciso ainda manter hábitos saudáveis de vida para prevenir a pressão alta e a trombose.
“A relação entre consumo do chocolate amargo e prevenção de doença só foi positiva para os casos de hipertensão e tromboembolismo venoso. E, mesmo assim, não é aconselhável confiar apenas no chocolate para prevenir as doenças. É bom lembrar que o chocolate deve ser consumido sempre com moderação, pois é um alimento fonte de gordura e rico em calorias. No geral, recomendamos até 30g diariamente”, fala a dra. Deborah.
“Uma boa alimentação, bons hábitos de vida e principalmente a atividade física ajudam a prevenir as duas doenças. E em alguns casos, os pacientes precisam de medicamentos”, conclui a dra. Aline.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e das médicas:
Dra. Aline Lamaita/Cirurgiã Vascular
Dra. Deborah Beranger/ Endocrinologista
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