Ouvir zumbidos pode ser sinal de sobrepeso ou outras doenças
Você costuma ouvir zumbidos em algum dos ouvidos? Caso a resposta seja ‘’sim’’, sabe como isso é desagradável, não é?
Mas além do incômodo, esta condição pode significar que a pessoa esteja acima do peso, com alterações perigosas no metabolismo.
Para saber mais sobre problema tão irritante, leia o texto a seguir.
Mas como identificar o que é ou não um zumbido? Este problema é caracterizado quando a pessoa percebe alguns tipos de sons no ouvido, sem que estes sejam provocados por alguma fonte externa. Os tipos de sons característicos deste tipo de problema são:
.Chiado
.Apito
.Assobio
“O zumbido é uma percepção auditiva que pode ser incômoda para os pacientes. No geral, ele é desencadeado pela perda auditiva, mesmo que leve. Com menos som entrando, toda a via auditiva sofre alterações em sua atividade neuronal, incluindo regiões do cérebro relacionadas a audição, que ficam hiperativas. Mas o zumbido pode ter diversas causas”, informa a otoneurologista e otorrinolaringologista Nathália Prudencio, especialista em tontura e zumbido, com mestrado em Otoneurologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
E atenção: quem está acima do peso pose ser a vítima preferencial deste tipo de condição. É o que aponta um estudo publicado na tradicional revista científica Nature ((https://www.nature.com/articles/s41598-024-67574-w)) que mostrou que a sensação de zumbido no ouvido pode estar relacionada com a obesidade, revelando que pacientes (principalmente homens) com alta de gordura e baixa quantidade de massa magra no corpo tem maior probabilidade de sentirem os incômodos zumbidos.
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Uma das questões que vem na sequência do sobrepeso e que também pode gerar zumbidos, é a resistência à insulina.
“O ponto principal para relacionar o sobrepeso com o zumbido é a questão da resistência à insulina, isso é super importante e é o que verificamos na prática clínica. Muitos artigos já demonstram que o aumento da insulina influencia no funcionamento da orelha interna, podendo levar a zumbido, sensação de ouvido tapado e até tontura”, afirma a médica.
E prossegue a especialista:
“A orelha interna, especialmente o labirinto, possui uma atividade metabólica intensa e alta demanda de energia. Isso a torna particularmente sensível à alterações no metabolismo do corpo. Quando os níveis de glicose e insulina no sangue estão desequilibrados, por exemplo após o consumo exagerado de doces, a composição e a quantidade da endolinfa, o líquido dentro do labirinto, podem ser afetadas.’’
E essa alteração pode causar sintomas como:
.Zumbido
.Sensação de ouvido tapado
.Perda de audição
.Tontura
Outras condições podem piorar o quadro de sensação de zumbidos nos ouvidos, como por exemplo:
.Má alimentação
.Alto consumo de açúcar
.Sedentarismo
.Insônia
“Hipertensão, diabetes, colesterol alterado e problemas de tireoide também devem ser analisadas”, complementa a otoneurologista.
Por isso é importante realizar exames de sangue de rotina para identificar possíveis alterações no metabolismo do açúcar que podem ocorrer:
.Na glicemia de jejum,
.Na hemoglobina glicada
.Na insulina
.Nos triglicerídeos
“Além dos exames de sangue, a audiometria, que avalia a audição, pode apresentar uma curva característica conhecida como U invertido, sugerindo um diagnóstico relacionado ao metabolismo do açúcar”, alerta a dra. Nathália.
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Os pacientes com sobrepeso que sofrem com os zumbidos no ouvido, devem procurar seguir uma dieta equilibrada, fazendo ajustes como:
.Diminuir o consumo de carboidratos(principalmente farinha branca)
.Reduzir doces e açúcar refinado
.Manter intervalos regulares entre as refeições
“Além disso, a inclusão de atividade física na rotina é fundamental, pois ajuda a reduzir os níveis de glicose e insulina no sangue”, aponta a médica.
A obesidade também pode deixar os vasos sanguíneos mais estreitos, prejudicando o fluxo de sangue, o que também pode afetar a audição.
“Nesses casos pode ser necessário o acompanhamento com um endocrinologista e um nutricionista, que podem fornecer um controle mais detalhado e orientações personalizadas para cada paciente. Seguindo essas recomendações, é possível não apenas melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mas também reduzir os sintomas incômodos associados à obesidade e seus efeitos na orelha interna”, conclui a otoneurologista.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e da médica: Dra.Nathália Prudencio/Otoneurologista
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