Vida e Saúde

Sexo sem dor na menopausa

Saiba como ter relações sexuais sem sofrimento na menopausa

Um problema marcado pelo constrangimento e pelo silêncio. A dor durante o sexo na menopausa é algo muito mais comum do que se imagina.

Mas muitas mulheres não sabem o que fazer, pois além das dores e do desconforto, essa condição também gera muita vergonha e intimidação na vida íntima.

Para saber como enfrentar essa situação, não deixe de ler essa matéria que preparamos para você.

 

Causas e sintomas

Mas afinal o que pode causar a tão temida dor durante o sexo na menopausa? Quem nos ajuda a entender melhor é médica Patricia Magier, especialista em ginecologia e obstetrícia, formada pela UFF, com pós-graduação pela UNIRIO e com residência médica pelo IASERJ:

 “A queda dos níveis hormonais, principalmente do estradiol, causa uma série de alterações na mucosa vaginal. Essa região se torna mais seca, menos elástica e mais sensível, o que torna o ato sexual doloroso e afeta diretamente o prazer”.

E prossegue a ginecologista:

‘’Com a redução do estradiol, ocorre a chamada atrofia genital, um processo que afina e fragiliza os tecidos vaginais, comprometendo a lubrificação natural’’.

Além da dor, é comum o aparecimento de outros sintomas, tais como:

.Coceira

.Ardência 

.Infecções 

Estes sintomas de dor podem começar a surgir antes mesmo da menopausa. 

‘’A dor nas relações pode surgir já no climatério, período em que os hormônios começam a oscilar. A queda progressiva do estrogênio reduz a lubrificação e a elasticidade vaginal, favorecendo ardência, desconforto e dor. Sabemos que a queda hormonal pode ocorrer até 10 anos antes de estar instalada a menopausa. Na menopausa, quando essa queda se torna mais acentuada, o problema tende a se intensificar se não houver tratamento’’, diz a dra. Patricia.

 

Veja também:

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/sexo-e-menopausa-sem-tabus/

 

Idade e comorbidades

O problema da dor durante o sexo na menopausa costuma aparecer a partir de uma determinada faixa etária.

‘’É mais comum a partir dos 40 anos, quando o processo de transição hormonal se inicia. Algumas mulheres percebem alterações antes, outras somente após a última menstruação. O mais importante é reconhecer os sintomas precocemente’’, aponta a médica.

 Esta condição pode ser agravada por algumas doenças e comorbidades, tais como:

.Diabetes

.Doenças autoimunes

.Doenças da tireoide 

.Candidíase

.Infecções urinárias

.Endometriose

.Depressão

‘’O uso de certos medicamentos (como antidepressivos), tabagismo e tratamentos como quimioterapia também aceleram a perda de lubrificação e podem agravar o ressecamento vaginal’’, comenta a ginecologista.

 

Confira ainda:

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/climaterio-e-menopausa-voce-sabe-a-diferenca/

 

Prevenção e tratamento

Qualquer mulher que sinta dor durante a relação sexual deve procurar orientação de um ginecologista. Uma vez diagnosticado o problema, o tratamento pode incluir:

.Hidratação vaginal contínua

.Uso de cremes à base de ácido hialurônico

.Terapia hormonal local 

.Uso do laser íntimo (em casos específicos)

 “O laser íntimo é um procedimento indolor, realizado em consultório, que estimula a regeneração dos tecidos e melhora a circulação local. Ele devolve vitalidade à mucosa, melhora a lubrificação, a elasticidade e, consequentemente, o prazer. Essa tecnologia vem se destacando entre as opções mais modernas e seguras”, afirma a dra. Patricia Magier.

Hábitos de vida mais saudáveis vão auxiliar tanto no tratamento, quanto na prevenção. Entre eles se destacam:

.Rotina de atividade física

.Alimentação equilibrada

.Boa hidratação e fortalecimento do assoalho pélvico

‘’Hábitos saudáveis melhoram a circulação sanguínea, reduzem inflamação e ajudam na produção de hormônios’’, indica a especialista.

 Um grande problema sobre esta condição, é que muitas mulheres deixam de procurar ajuda por vergonha ou por acreditar que o desconforto é parte inevitável da menopausa. Por isso, é importante alertar que sentir dor não é normal!

‘’ A dor sexual afeta autoestima, desejo e intimidade, podendo gerar afastamento no casal. A recomendação é combinar tratamento médico com um diálogo aberto, evitando culpabilizações. Falar sobre isso é um ato de coragem e autocuidado. E se o impacto emocional for maior, o acompanhamento psicológico ou terapia de casal ajuda a reconstruir a conexão, reduzir ansiedade e resgatar a vida sexual com segurança. Hoje, a medicina oferece recursos seguros e eficazes para tratar esse sintoma e recuperar uma vida sexual saudável’’, conclui a ginecologista.

 

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e da médica: Dra. Patricia Magier/ Ginecologista

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