Vida e Saúde

Prontos para o verão…sem traumas!

A chegada desta estação costuma gerar excessos nos exercícios e lesões

Quando o verão se aproxima no Brasil, a expectativa de dias mais quentes para curtir as praias, piscinas, cachoeiras, com menos roupas, faz com que muita gente acelere os treinos físicos e comece a apelar para todo tipo de dieta em busca de resultados estéticos milagrosos para o corpo.

Só que exageros no chamado ‘’projeto verão’’, na verdade podem acabar prejudicando a saúde, por causa de erros como:

.Exercícios em excesso

.Dietas radicalmente restritivas

Para saber como se preparar para o verão, mantendo a saúde em dia, não deixe de ler esta reportagem que preparamos para você.

 

Cuidado com as lesões

Um dos chamados ‘’efeitos colaterais’’ mais recorrentes nos meses mais próximos ao início do verão é a lesão muscular. 

“Lesão muscular é uma lesão que afeta o músculo basicamente através da ruptura ou dano às fibras musculares que o compõem’’, afirma o ortopedista Marcos Cortelazo,  especialista em joelho e traumatologia esportiva e integrante da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

 Os tipos de lesões mais comuns são:

.Dor muscular

.Estiramento

“A dor muscular é mais frequente em atividades de esforços repetitivos e de força como a musculação e o crossfit, já lesão, lacerações ou estiramentos vemos com mais frequência em atividades com futebol, vôlei e basquete, corrida, entre outros”, acrescenta o dr. Marcos.

E entre as causas mais frequentes das lesões estão:

.Esforço excessivo

.Traumas

.Fadiga

.Alongamento excessivo

.Falta de aquecimento

.Desidratação

E grande parte dessas lesões ocorrem por causa do overtraining.

‘’O overtraining é caracterizado por um estresse grande no corpo quando muitos exercícios físicos são feitos sem o descanso necessário’’, esclarece a endocrinologista Deborah Beranger, pós-graduada em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ). 

E prossegue a médica:

“O overtraining leva à liberação exagerada de cortisol que favorece a lesão muscular e fadiga muscular intensa”, diz a endocrinologista.

Entre os principais sintomas do overtraining estão:

.Falta de energia já no início do treino

.Perda de rendimento

.Músculos muito doloridos

.Insônia 

.Dor de cabeça

.Perda de apetite

.Irritabilidade

.Ocorrência de lesões

Veja também:

https://marcioatalla.com.br/atividade-fisica/excesso-de-treino-ou-overtraining-afeta-atletas-que-se-esforcam-demais-2/

 

Saúde e boa alimentação

A ansiedade em busca de um padrão estético para um ‘’corpo ideal’’ chega ao ponto de algumas pessoas treinarem mesmo enfrentando alguma doença.

 “Como médico especializado em medicina esportiva, recomendo evitar treinar quando estiver doente porque o exercício impõe estresse adicional ao organismo, que já está mobilizando recursos para combater a infecção, inflamação ou outra patologia”, alerta o ortopedista Fernando Jorge, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). 

Praticar atividade física nestas condições pode trazer sérios problemas, tais como:

.Sobrecarga do sistema imunológico

.Complicações cardíacas (arritmias e inflamações)

‘’Infecções virais (como gripes) podem causar miocardite (inflamação do coração). Exercícios elevam a frequência cardíaca e a demanda de oxigênio, potencialmente desencadeando arritmias ou lesões cardíacas em casos graves. A febre é uma contraindicação absoluta: cada 1°C acima de 37°C aumenta a frequência cardíaca em cerca de 10 batimentos por minuto, sobrecarregando o coração já vulnerável”, aponta o dr. Fernando. 

O esforço físico pode ainda piorar quadros de:

.Congestão nasal

.Tosse profunda

.Fadiga

 “Doenças com febre, vômitos ou diarreia causam desidratação, e treinar agrava esse quadro, prejudicando a termorregulação e a função renal. Há ainda maior risco de lesões musculares e articulares, já que a doença reduz coordenação, força e tempo de reação”, acrescenta o ortopedista Fernando Jorge. 

Além de exageros nos exercícios físicos, outra prática que pode afetar a saúde de quem está na correria para ficar em forma no verão, é a busca por emagrecer rapidamente, com dietas altamente restritivas.

“A restrição alimentar severa é um caminho perigoso. As dietas da moda que incentivam o controle de peso fazem muito sucesso porque prometem resultados rápidos. Essas dietas restritivas podem provocar sérios desequilíbrios no organismo, que vão desde os hormônios responsáveis pela regulação do balanço energético, associados a desordens emocionais e descontrole na ingestão alimentar’’, comenta a nutróloga Marcella Garcez, com mestrado em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUC-PR e diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Isso aumenta o risco do aparecimento de transtornos alimentares, como:

.Bulimia

.Anorexia

.Compulsão alimentar periódica

 

Confira ainda:

https://marcioatalla.com.br/nutricao/transtorno-alimentar-como-evitar-entrar-nesse-ciclo/

 

A palavra é: moderação

A realidade é que independente da motivação, o processo de emagrecer ou ganhar maior força muscular, exige moderação, com:

.Exercícios físicos na medida certa

.Alimentação equilibrada

“A reeducação alimentar é um passo importante para perda de peso e para o ganho de músculos, pois leva os indivíduos a mudarem hábitos e mantê-los ao longo da vida, baseados na individualidade bioquímica, cultural e emocional de cada um”, diz a dra. Marcella. 

E é preciso fortalecer a musculatura para bons resultados com os exercícios físicos.

“A prevenção das lesões musculares guarda uma relação extremamente positiva com o fortalecimento, sendo assim a musculação é a principal atividade para prevenir lesões. Importante lembrar que os alongamentos também são tão importantes quanto o fortalecimento”, fala o dr. Marcos.

E para fugir do overtraining, é fundamental buscar orientação de um profissional antes de iniciar a prática de algum tipo de atividade física.

‘’ Além disso, é necessário respeitar a recuperação e os dias de descanso, mantendo também uma alimentação saudável e equilibrada, sem privação de nutrientes. É possível, também, diminuir a frequência, o que os especialistas chamam de “deload”, ou evitar treinar por algumas semanas, até que os sintomas tenham desaparecido. E, em seguida, voltar aos treinamentos de forma progressiva e com acompanhamento, respeitando os limites do corpo”, conclui a dra. Deborah.

 

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e dos médicos:

Dr.Marcos Cortelazo/Ortopedista

Dr. Fernando Jorge/Ortopedista

Dra.Marcella Garcez/Nutróloga

Dra. Deborah Beranger/Endocrinologista

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https://marcioatalla.com.br/atividade-fisica/5-dicas-para-treinar-melhor/

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