A realização de exames regularmente aumenta as chances de cura e reduz a taxa de mortalidade por câncer de próstata. Se cuide!
Seguindo o calendário dos meses de conscientização, chegou a vez do “Novembro Azul”, dedicado ao câncer de próstata. Assim como ocorre com outros tipos de câncer, o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e reduz significativamente a taxa de letalidade da doença.
Por falta de informação e desconforto na hora do exame, muitos homens acabam evitando o consultório do proctologista, mas a visita regular ao médico faz toda a diferença!
“O câncer de próstata pode ser assintomático e, em caso, de doença localizada inicial a chance de cura pode atingir 90%”, explica Rodolfo Borges dos Reis, diretor do Departamento de Uro-oncologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
A primeira edição da campanha aconteceu em 17 de novembro de 2003, na Austrália. Seu objetivo era chamar a atenção para questões que atingem a saúde masculina e reforçar a necessidade de investimento no diagnóstico precoce da doença.
No Brasil, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 3 milhões de homens convivem com a doença, que é a segunda maior responsável pelas mortes por câncer entre a população masculina. Acredita-se que 42 homens morram todos os dias por causa do câncer de próstata.
“Segundo o INCA, a estimativa de novos casos para 2020 é de 65.840, com 15.576 mortes relacionadas, conforme o Atlas de Mortalidade por Câncer, de 2018”, alerta o médico.
Reis ainda afirma que, além da genética, fatores como a obesidade e a má alimentação aumentam as chances de aparecimento da doença.
A próstata é um órgão presente apenas no sexo masculino, localizado logo abaixo da bexiga, explica Francisco de Assis Teixeira Guerra, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia – Regional Minas Gerais
O órgão tem o tamanho de uma noz, pesa em média 20 a 25 gramas, produz parte do sêmen e tem as funções de nutrição e transporte dos espermatozoides.
As principais doenças que acometem a próstata são:
• Prostatite;
• Hiperplasia prostática benigna;
• Câncer de próstata.
• A fase inicial não apresenta sintomas;
• Um diagnóstico de câncer de próstata acontece, em média, a cada 7 minutos;
• Um óbito pela doença ocorre a cada 40 minutos;
• 20% dos casos de câncer de próstata são diagnosticados exclusivamente pelo exame de toque retal;
• 25% dos portadores de câncer de próstata morrem devido à doença;
• 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados em estágios avançados;
• Quando os sintomas começam a aparecer, 95% dos casos já estão em fase adiantada;
• Com o diagnóstico precoce, as chances de cura são de 90%.
• Idade: costuma aparecer depois dos 50 anos;
• Histórico familiar: se há um parente de primeiro grau que já teve câncer de próstata, as chances de aparecimento da doença dobram e se são dois parentes, esse número pode aumentar até seis vezes, alerta Guerra;
• É mais comum nos homens de raça negra;
• Obesidade;
• Hábitos alimentares, como ingestão excessiva de alimentos gordurosos.
Quanto ao momento de se fazer a avaliação:
– Se há fator de risco: 45 anos
– Sem fator de risco: 50 anos
“O diagnóstico é feito através de biópsia, que é indicada quando existe alteração do toque retal (nódulo prostático endurecido) ou valores anormais do antígeno prostático específico (PSA)”, explica Reis.
Segundo o INCA, caso sinta os seguintes sintomas, procure um médico:
• Dificuldade de urinar;
• Diminuição do jato de urina;
• Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite;
• Sangue na urina.
Por isso, a realização anual de check-ups e exames, especialmente entre os homens acima de 50 anos, e a adoção de hábitos mais saudáveis, são ferramentas importantes para reverter esse quadro.
Guerra diz que, segundo dados da pesquisa realizada SBU, que abrangeu 22 estados e teve 499 participantes:
• 55% dos homens acima de 40 anos deixaram de ir ao médico ou fazer tratamento médico devido à pandemia;
• 33% relataram ir regularmente ao urologista;
• 3% afirmaram que nunca consultaram esse especialista.
Portanto, campanhas como o “Novembro Azul” são tão importantes para aumentar a conscientização sobre a doença e levar os homens ao consultório médico.
“A medida a ser adotada dependerá do momento do diagnóstico”, explica Guerra.
Dentre as opções, estão:
• Vigilância ativa;
• Cirurgia;
• Radioterapia;
• Bloqueio hormonal.
Reis afirma que não há dados exatos sobre sua real incidência, mas que aproximadamente 500 homens morrem anualmente em decorrência da doença. A faixa etária mais afetada é após os 50 anos, mas ela pode aparecer antes.
Suas principais causas são:
• Má higiene íntima;
• Estreitamento do prepúcio, isto é, quando não conseguem expor a glande;
• Infecção pelo vírus HPV.
O aparecimento de lesões na região, feridas, ulcerações persistentes ou massa tumoral, podem indicar a ocorrência desse tipo de câncer e devem ser discutidas com um profissional.
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