A vitamina D tem funções vitais para a saúde humana, como:
.Fortalecer ossos e dentes
.Ajudar na absorção de cálcio e fósforo
,Proteger o sistema imunológico
.Aumentar a força muscular
E o Brasil é um país tropical onde é possível se expor ao sol em praias, rios, cachoeiras, montanhas, parques e outros ambientes ao ar livre, durante quase o ano inteiro. E como se sabe, a exposição aos raios solares, tomando as devidas precauções de horários e de proteção da pele, é uma das melhores formas do organismo garantir as reservas de vitamina D necessárias à boa saúde.
Ocorre que durante a exposição solar,os raios ultravioleta B (UVB) são absorvidos pela pele gerando uma reação química que produz essa substância.
Mas para surpresa de muitos, uma pesquisa científica revelou que mesmo vivendo num país com sol quase o ano todo, os brasileiros apresentam níveis de vitamina D abaixo do que a medicina recomenda.
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O estudo foi realizado por pesquisadores da USP,UFPR FIOCRUZ e Obras Sociais Irmã Dulce, publicado no periódico científico inglês Journal of the Endocrine Society ((https://academic.oup.com/jes/article/7/1/bvac171/6811800?login=false)) e mostrou que grande parte da população do Brasil apresenta níveis inadequados de vitamina D.
A pesquisa foi feita com 1029 participantes adultos na faixa etária entre 18 e 45 anos nas cidades de São Paulo, Curitiba e Salvador. O resultado revelou que:
.15,3% apresentaram deficiência de vitamina D
.50,7% apresentaram insuficiência de vitamina D
Os pesquisadores consideram como deficiência, índices de vitamina D abaixo de 20ng/ml (nanogramas por mililitro). Já a insuficiência acontece quando a vitamina D se encontra abaixo de 30ng/ml.
‘’Segundo orientação da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, os valores de vitamina D menores que 20 ng/ml são considerados deficientes. Para grupos de risco,pessoas com câncer, doenças autoimunes, doenças ósseas o índice desejável é acima de 30 ng/ml. Atletas podem se beneficiar com quantidades superiores a 50 ng/ml’’, comenta o endocrinologista Lucas Costa Felicíssimo, integrante da Endocrine Society e Pós-Graduado em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
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Um dado que chamou a atenção dos cientistas foi que estes índices estiveram abaixo do desejado mesmo durante os meses quentes do verão brasileiro, quando a exposição ao sol é quase diária. Isso pode ser explicado pela falta de atividades ao ar livre por parte da população.
O dr. Lucas fala sobre os principais problemas gerados pela falta de vitamina D.
‘’Vitamina D tem receptores em todos os tecidos do corpo. Apesar de ser chamada de vitamina, trata-se de hormônio sintetizado no próprio corpo. Sua deficiência relaciona-se a problemas musculoesqueléticos. Portanto, a baixa vitamina D pode representar risco maior para doenças ósseas, como osteoporose e osteopenia. A deficiência em vitamina D pode ainda agravar as doenças metabólicas como hipertensão e diabetes. Além disso, estudos têm demostrado que baixo índice de vitamina D está relacionada a maior incidência de câncer’’.
O endocrinologista relata ainda os riscos da falta da vitamina D para a saúde dos idosos.
‘’Idosos têm tendência maior a quadros de perda de massa óssea, declínio cognitivo, doenças metabólicas. Portanto, faz parte da abordagem do paciente idoso rastreio das dosagens de vitamina D para que deficiências sejam tratadas, melhorando assim a qualidade de vida do paciente’’.
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Uma das melhores maneiras de garantir os níveis ideias de vitamina D no organismo é ‘’pegar sol’’, como se fala popularmente.
‘’É fundamental para síntese e ativação da vitamina D, exposição solar sem filtros protetores, sobretudo, entre 12h e 15h, ou seja, horário de pico do sol’’.
Neste caso é indicado que as pessoas fiquem de 15 a 20 minutos se expondo ao sol sem o filtro solar e depois passem o produto no corpo.
A alimentação também é importante para suprir o organismo com este importante nutriente.
Entre os alimentos ricos em vitamina D, se destacam:
.Ovo
.Queijo
.Iogurte
.Salmão
.Sardinha
.Ostra
.Carnes
.Cogumelo
Mas além de cuidar da alimentação, quando a exposição ao sol não é suficiente, ou em casos em que a pessoa por algum motivo não pode se expor ao sol, pode ser necessário utilizar suplementos de vitamina D.
E no caso de indicação de suplementação, muita gente tem dúvida sobre o que seria melhor: comprar cápsulas de vitamina D já prontas ou encomendar fórmulas de manipulação? Quem explica é a nutricionista Juliana Lucas P. Lima, pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pela Instituição Ensino e Pesquisa VP.
‘’Ambas as possibilidades são viáveis, dependendo do caso. Vitamina D manipulada é adaptável às necessidades do paciente. Através da prescrição, é possível desenvolvê-la no formato de gotas, de pequenas bolinhas dissolúveis e no comprimido padrão, tornando-a mais fácil na adesão ao tratamento. Além disso, personalização dos remédios manipulados também se reflete no rótulo e na diversidade de cores das cápsulas. Como não possuem conservantes, prazo de validade é inferior ao remédio industrializado’’.
Contamos com a colaboração da RL Comunica e dos profissionais:
Dr. Lucas Costa Felicíssimo/ Endocrinologista
Juliana Lucas P. Lima/Nutricionista
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