Todo mundo precisa de um amor. A máxima é muito propagada, mas nem sempre isso ocorre de maneira universal. O amor, a paixão, muitas vezes são relacionados pela sociedade à uma vitalidade juvenil, como se só os jovens tivessem o desejo ou a capacidade de viver um relacionamento amoroso pleno.
Mas o amor está presente em todas as idades, inclusive nos idosos acima de 60,70 nos ou mais, apesar de certos preconceitos contidos em frases do tipo: ‘’Você está velho demais para isso!’’
Além de não ser uma exclusividade dos mais jovens, viver um grande amor na Terceira Idade ainda pode ser muito saudável para o organismo, ao liberar os chamados hormônios do prazer e da felicidade, como:
.Ocitocina
.Serotonina
Quer saber mais sobre o amor na idade madura? Então leia essa reportagem até o fim!
Apesar dos avanços no comportamento social, será que ainda existe muito preconceito com o amor entre pessoas idosas? Quem responde é a psicóloga, professora e escritora Neide Magalhães, com Pós-doutorado pela Universidade de Barcelona e autora do livro ‘’O Fascínio da Longevidade’’:
‘’Sim, existem vários preconceitos. A pessoa precisa ter autonomia, bom senso e saber se impor perante seus familiares para que sua vontade seja respeitada’’.
Entre os preconceitos mais comuns estão:
.O etarismo
.A condição social
.Os tabus dos relacionamentos anteriores
.A viuvez
.A separação
.As críticas da família
Essa interferência dos parentes, principalmente dos filhos sobre os pais e mães é muito comum, mas o diálogo é o melhor caminho para uma solução.
‘’Existe muita cobrança que depende da condição do pai ou da mãe, principalmente quando envolve questões financeiras ou de caráter de segurança. Mas como cada caso é diferente, a conversa com os familiares pode favorecer o equilíbrio da situação’’, afirma a psicóloga.
E qual seria o maior desafio para quem quer viver um grande amor na velhice?
‘’O desafio principal das pessoas maiores de 60/70 anos para viver um amor é querer de verdade se conectar com outras pessoas. Sentir falta de ter um companheiro ou companheira. Buscar pessoas que realmente lhes deem prazer. Saber que o amor nessa etapa da vida é o aqui e agora. Gostou? Converse, fale e decida se vale ou não estar juntos’’, afirma a especialista.
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Num mundo onde as pessoas estão vivendo mais e com mais saúde, iniciar um relacionamento após os 60 anos é algo que vai ocorrer de forma cada vez mais comum?
‘’Penso que ninguém gosta da solidão, mas muitas mulheres rejeitam um novo amor, preferem ter amigas, outras optam por cuidar de netos ou desenvolver qualquer atividade que lhes dê prazer, acham que não precisam de um companheiro. Enquanto muitos homens saudáveis e de bem com a vida procuram mulheres bem mais jovens e sonham que podem continuar a ter o mesmo desempenho de quando eram mais novos’’, diz a psicóloga.
Qual o ‘’segredo’’ então?
“Acredito que você pode encontrar um amor na velhice, só que isso depende de como foi a sua trajetória com esse sentimento durante a vida. Você também precisa estar disponível para vivê-lo”, afirma Neide Magalhães.
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Um tabu muito grande e que ainda resiste na sociedade é a questão do sexo na maturidade. As relações íntimas entre pessoas idosas, podem ser tão prazerosas quanto às dos jovens?
‘’Depende de como se encara o sexo na Terceira Idade. Ele não tem que ser o mesmo da juventude e pode ser bem gratificante quando o casal entende isso. Toques, aconchego, carícias contribuem para enriquecer a relação entre duas pessoas e sem pressa chegar-se ao clímax da excitação sexual’’, explica a psicóloga.
A psicóloga Neide Magalhães tem 79 anos de idade, portanto está na faixa etária categorizada como idosa. Por pertencer a esse grupo, ela finaliza com um recado para as pessoas dessa idade que querem viver um novo amor e ganhar mais qualidade de vida, mas ainda sentem alguma dúvida ou inibição em se lançar numa nova jornada amorosa:
“Nós, longevos, conquistamos o presente. Nosso futuro é hoje, porque então termos dúvidas de amar? Como é fascinante termos a chance de uma vida longeva. Meu livro conta a história de como o aumento da expectativa de vida nos transformou e nos fez refletir sobre todas essas mudanças. Existem vários tipos de amor e ele é tudo que precisamos para termos qualidade de vida’’.
Contamos com a colaboração da DATZ Comunicação e da psicóloga Neide Magalhães.
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