O sonho de ser mãe é um desejo de grande parte das mulheres. Mas em função da vida moderna corrida, compromissos profissionais e outros motivos, esse sonho tem sido cava vez mais jogado para frente.
Nos últimos 10 anos no Brasil, tem sido cada vez maior o número de mulheres que tem decidido engravidar após os 35/40 anos, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste, segundo o IBGE.
Mas ter filhos nesta etapa da vida, requer informações e um planejamento pré-natal para uma gravidez saudável e segura.
Para saber mais sobre o que é importante para ser uma mãe mais madura, leia a reportagem que preparamos para você!
Muitas mulheres se perguntam se há uma ‘’idade limite’’ para engravidar. Bom,é claro que a gravidez é muito ligada a ideia de um ‘’corpo jovem’’. Mas com o aumento da longevidade e com o conceito de viver mais, com mais qualidade de vida, muitas mulheres tem optado por engravidar após os 35/40 anos.
Mas isso exige alguns cuidados, como por exemplo uma acompanhamento pré-natal adequado.
‘’O pré-natal de mulheres com idade maior que 40 anos deve incluir todas as etapas usuais de um pré-natal de pacientes mais jovens e sem comorbidades. Além disso, é necessário maior atenção pois a idade materna mais avançada, por si só está associada a maior risco de desenvolvimento de algumas condições maternas como a pré-eclâmpsia e a diabetes gestacional e também fetais, como maior risco de síndromes cromossômicas (Síndrome de Down por exemplo), restrições de crescimento fetal, prematuridade. Logo, mesmo em pacientes saudáveis e sem comorbidades, quando a idade materna é maior, devemos ficar mais atentos para potenciais complicações durante a gravidez’’, afirma o dr. Roberto de Azevedo Antunes, diretor médico da FERTIPRAXIS Centro de Reprodução Humana e responsável pelo Ambulatório de Infertilidade Conjugal do HUCFF-UFRJ.
Neste contexto, é fundamental lembrar que há atualmente a ultrassonografia obstétrica, um exame que pode melhorar muito a assistência pré-natal.
‘’A ultrassonografia obstétrica é de suma importância em todas as fases de uma gestação. Em seu primeiro trimestre consegue realizar uma datação mais precisa de gestações espontâneas, avaliar a evolução inicial do saco gestacional, eventuais hematomas coriônicos que podem evoluir para um abortamento e, no final desse trimestre realizar a primeira avaliação morfológica fetal, que consegue estimar riscos de síndromes genéticas e malformações maiores’’, diz o dr. Roberto.
E prossegue o médico:
‘’No segundo trimestre, a ultrassonografia é capaz de fazer uma avaliação fetal mais pormenorizada, avaliar riscos de doenças hipertensivas maternas específicas da gestação, fazer uma avaliação da morfologia do coração do bebê, observar os padrões de crescimento fetal e do líquido. E no terceiro trimestre da gravidez, a ultrassonografia é capaz de estimar se o feto está ganhando peso adequadamente, avaliar o seu bem-estar através de uma análise por Doppler das suas artérias, definir bem o posicionamento fetal, placentação, avaliação de líquido amniótico, entre outros’’.
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Reprodução assistida é algo muito falado, mas também pouco compreendido, despertando sempre muitas dúvidas. Mas o dr. Roberto de Azevedo explica:
‘’O termo reprodução assistida, corresponde ao uso de qualquer técnica de auxílio para facilitar, ou viabilizar a concepção humana. Pode variar desde o acompanhamento de um casal para a realização de um relacionamento programado até a utilização de técnicas mais sofisticadas de tratamentos como a fertilização in vitro’’.
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) autoriza os tratamentos de reprodução assistida até os 50 anos de idade, caso a mulher esteja em boas condições de saúde.
E para as mulheres acima de 40 anos que queiram engravidar, uma das técnicas recomendadas é a fertilização in vitro (FIV), que realiza um acompanhamento da formação dos embriões, com testes genéticos para identificar embriões sem alterações cromossômicas, gerando assim maiores chances de uma gravidez de sucesso.
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Congelamento de óvulos
Outra técnica dentro do conceito da reprodução assistida é o congelamento de óvulos em idade jovem. E uma pergunta que quase sempre se faz é esta técnica tem algum prazo de validade.
‘’Atualmente não existe ‘prazo de validade’ para óvulos, espermatozoides ou embriões congelados. A literatura médica específica não mostrou até o momento nada de forma consistente que nos faça pensar que um maior tempo de congelamento estaria associado com piores desfechos com a utilização do material congelado, seja óvulo, embrião ou espermatozoide. Temos relatos de bebês nascidos a partir de embriões congelados há 30 anos, por exemplo’’, esclarece o especialista.
E o médico finaliza lembrando que um estilo de vida saudável é algo muito importante para as mulheres que pretendem ser mães acima dos 35/40 anos.
‘’Bons hábitos são fundamentais para uma diminuição de risco de complicações em uma gravidez. Isso vale para mulheres em qualquer idade, mas, principalmente para aquelas que irão ser mães após os 40 anos. Atividade física regular, suplementações e alimentação adequadas são fundamentais para as mulheres conseguirem ter uma gravidez sem maiores intercorrências’’.
Contamos com a colaboração da Vithal Comunicação Integrada
e do médico: Dr. Roberto de Azevedo Antunes/Especialista em Reprodução Humana
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