O aumento de casos de ansiedade e depressão em crianças e adolescentes preocupa especialistas e autoridades de saúde mental no Brasil.
A ansiedade e a depressão, que antes eram mais associadas ao público adulto, passaram a figurar com destaque entre os jovens, o que gera preocupação não apenas para profissionais de saúde, mas também para pais e responsáveis.
E nesse contexto muitos pais e mães se perguntam: será que é hora de levar meu filho ou filha para fazer uma terapia?
Nesta reportagem você vai descobrir quais são os 5 sinais que indicam que a hora da terapia chegou!
O número de crianças e adolescentes diagnosticados com ansiedade e depressão no Brasil tem crescido de forma alarmante, segundo dados do Ministério da Saúde. De acordo com levantamento de 2023, cerca de 10% das crianças e adolescentes brasileiros entre 6 e 17 anos sofrem de transtornos relacionados à saúde mental, como ansiedade e depressão. O número de atendimentos psicológicos e psiquiátricos para essa faixa etária também aumentou em mais de 25% nos últimos 5 anos. Especialistas atribuem esse crescimento a uma série de fatores, como:
.Aumento do uso de tecnologia e redes sociais
.Pressão social e na escola
.Isolamento social agravado com a pandemia de Covid-19
Segundo o Ministério da Saúde, os casos são mais frequentes entre adolescentes de 13 a 17 anos, mas já são observados também em crianças mais novas, com quadros que incluem sintomas como:
.Tristeza constante
.Mudanças de humor
.Queda no rendimento escolar
Diante deste cenário, é essencial que os pais e mães fiquem atentos aos sinais que possam indicar problemas de saúde mental nos filhos. Especialistas recomendam que, ao identificar mudanças significativas no comportamento das crianças e adolescentes, os responsáveis procurem ajuda profissional o mais rápido possível. O tratamento para esses transtornos pode incluir:
.Suporte psicológico
.Medicação (em alguns casos)
.Terapia
Confira também:
https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/crianca-tambem-tem-depressao/
E com o número crescente de casos de desequilíbrio emocional ou comportamental, principalmente entre as crianças, muitos pais e mães tem que aprender a lidar com essas situações e as dúvidas começam a surgir. A principal é quando seria o momento de buscar alguma ajuda psicológica e terapêutica para os filhos.
O fato é que existem alguns sinais que podem indicar que é chegada a hora de levar a criança para um acompanhamento psicológico profissional.
“Alguns comportamentos, quando recorrentes e intensos, podem sugerir que a criança está enfrentando dificuldades que ela não consegue superar sozinha. A terapia pode ajudar a identificar e tratar esses problemas, proporcionando um ambiente seguro para que ela possa expressar suas emoções e encontrar soluções”, afirma a psicóloga Tatiane Mosso, com Especialização em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia Fenomenológico-Existencial do Rio de Janeiro ( IFEN).
Ela dá 5 dicas de sinais para que os responsáveis fiquem atentos:
A 1ª é perceber alterações de comportamento.
‘’ Crianças que eram tranquilas e passam a demonstrar agressividade, irritabilidade ou retraimento de forma abrupta podem estar lidando com sentimentos difíceis de compreender ou expressar’, afirma a psicóloga.
A 2ª dica é notar se a criança apresenta algum problema na escola.
‘’Dificuldades de concentração, queda no rendimento escolar, conflitos com colegas ou professores podem sinalizar que algo não está bem emocionalmente’’, cita a especialista
Mudanças bruscas no sono e na hora das refeições são outro sinal de que algo não vai bem.
‘’A ansiedade e o estresse podem se manifestar através de insônia, pesadelos frequentes ou perda de apetite. Esses sintomas, muitas vezes, refletem o que a criança está sentindo e não consegue verbalizar’’, fala Tatiane.
A 4ª dica para os pais é notar se o filho está se afastando do convívio social.
‘’Caso a criança prefira ficar isolada, evitando interações com amigos ou familiares, ficando sozinha por longos períodos ou apresenta medo excessivo em situações sociais, pode ser um indicativo de problemas emocionais mais profundos’’, cita a psicóloga.
E o último sinal que merece atenção, é se o menino ou menina começa a ter algum distúrbio de comportamento.
‘’Voltar a molhar a cama, chupar o dedo ou outras atitudes que já haviam sido superadas podem ser sinais de que a criança está enfrentando ansiedade ou insegurança’’, aponta a especialista.
Veja ainda:
Um alerta para os pais: levem a sério e não menosprezem as dificuldades e o sofrimento emocional das crianças.
“Muitas vezes, acreditamos que os pequenos não têm problemas ou preocupações, mas eles podem ser profundamente impactados por mudanças na família, desafios escolares ou problemas de relacionamento com os pares”, aponta Tatiane Mosso..
Por isso, procurar ajuda de um profissional que atue com psicologia infantil pode ser o diferencial para que a criança recupere o equilíbrio e a saúde emocional.
“O acompanhamento terapêutico é um investimento no futuro emocional da criança, permitindo que ela se desenvolva de maneira plena e equilibrada”, indica a psicóloga.
Além disso, é importante que os pais incentivem:
.O diálogo aberto em casa
.Uma rotina com lazer
.Incentivem brincadeiras que envolvam atividades físicas
Estar presente na vida dos filhos, oferecendo apoio emocional e criando um ambiente seguro para que possam expressar seus sentimentos, também é uma estratégia fundamental para prevenir o agravamento desses quadros. O cuidado com a saúde mental de todas as pessoas e principalmente das crianças, deve ser uma prioridade para toda a sociedade.
Contamos com a colaboração da MBC Comunicação Assessoria de Imprensa e de Tatiane Mosso/Psicóloga
Curta essas também:
https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/esporte-e-familia-a-formula-da-saude-mental/
https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/suicidio-conheca-os-sinais/
Novos tipos de tratamento podem ajudar no combate ao câncer de próstata
O mau funcionamento intestinal pode gerar as temidas varizes
As emoções podem influenciar nas escolhas dos alimentos nas refeições
Aprenda dicas para evitar lesões e ter mais ganhos com os exercícios
Estudo mostra que 62% dos pais não sabem lidar com filhos adolescentes