O estresse provoca queda e também pode deixar os cabelos brancos
O estresse é um dos maiores problemas que o organismo pode enfrentar para manter o equilíbrio e a saúde corporal.
Pessoas que sofrem com estresse crônico podem desenvolver problemas como:
.Obesidade
.Diabetes
.Doenças cardíacas
.Depressão
Mas o estresse pode ainda gerar duas condições que incomodam muita gente: o embranquecimento dos fios e a queda de cabelos.
Para saber mais, leia esta reportagem até o final!
Que o estresse prejudica a saúde física e mental em vários aspectos, não há dúvidas. Mas será que ele também tem influência sobre o envelhecimento dos cabelos?
“O problema é representado pelas constantes descargas de cortisol, o hormônio do estresse, na corrente sanguínea. Uma pessoa que sofre com estresse recorrente tem mais riscos de ser afetado por esses sintomas físicos, que podem incluir envelhecimento da pele e, também, a mudança repentina na cor do cabelo, fazendo com que mais fios fiquem grisalhos”, explica a dermatologista Lilian Brasileiro, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
O nome científico deste processo que leva os cabelos ficarem brancos é canície.
“De forma geral, temos duas causas principais para a canície: a parada de produção de melanina (o pigmento que dá a cor para os cabelos) pelas células responsáveis por produzi-lo (melanócitos) e a falha na transferência do pigmento produzido para dentro do fio do cabelo, o que ocorre pelos danos às células pelo estresse oxidativo”, acrescenta a dermatologista.
Os melanócitos são parte integrante dos folículos capilares.
‘’ À medida que envelhecemos, o número de melanócitos diminui e nosso cabelo começa a ficar grisalho e, eventualmente, branco. Com o envelhecimento, também há um acúmulo de peróxido de hidrogênio na raiz, e isso também pode levar à diminuição da pigmentação”, fala a dra. Lilian
A idade em que se inicia o envelhecimento dos cabelos depende da herança genética.
‘’ O processo de embranquecimento dos fios, comumente, acontece em torno dos 30 a 35 anos, que é a média pela literatura. Mas isso depende muito da genética do indivíduo. Existem pacientes que podem apresentar esse cabelo desde os 15 anos, é muito comum até os 25 anos. Quem tem parente, mãe ou pai, que teve história de cabelo branco precoce tem grandes chances de também ter cabelo branco precocemente’’, explica a especialista.
Mas certas condições e hábitos podem acelerar o processo, como por exemplo:
.Fumo
.Dieta ruim
.Falta de vitamina B
.Anemia
.Doenças da tireoide
“Estudos mostram que os radicais livres podem afetar a produção de melanina no cabelo”, aponta a médica.
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O estresse também é apontado como um agravante do risco para a queda de cabelos.
“O estresse pode fazer com que um grande número de fios de cabelo fique sincronizado e caia mais do que o normal a que você está acostumado. Este tipo de queda de cabelo, conhecido como eflúvio telógeno, ocorre quando alguém sofre estresse físico ou mental. A boa notícia é que esse tipo de queda de cabelo é reversível e eventualmente o cabelo volta a crescer”, esclarece a dermatologista.
Mas quem vive às voltas com o estresse, vai obrigatoriamente ficar com a ‘’cabeça branca’’?
“O estresse pode deixar o cabelo grisalho. Várias pesquisas sugerem que o estresse pode afetar o sistema nervoso simpático e as mitocôndrias das células, causando envelhecimento por diferentes mecanismos. Os hormônios do estresse podem afetar a sobrevivência dos melanócitos em nossos cabelos, mas são necessários mais estudos para elucidar a ligação entre o estresse e os cabelos grisalhos. Em vez disso, existem apenas alguns pequenos estudos que mostram que pode ser um dos muitos fatores que contribuem para esta mudança de cor”, comenta a especialista.
E prossegue a médica:
“O estresse pode contribuir para o envelhecimento dos cabelos, pois leva a danos oxidativos que podem causar danos às células produtoras de pigmentos, levando à produção de menos melanina”.
Existem vários produtos capilares anunciados como ”solução” para reverter o branqueamento dos cabelos. Isso é realmente possível?
‘’Esses produtos anunciados no mercado, tanto oral quanto em loção tópica para aplicação no couro cabeludo, se baseiam num princípio de combater a oxidação. Então, eles se baseiam no princípio de que, se o melanócito para de produzir cor porque ele envelheceu, porque ele oxidou, se a gente dar antioxidante, ele pode reativar. Não funciona bem assim, não existe tanto respaldo científico, mas também não podemos descartar absolutamente. O que a gente vê na prática é que eles não apresentam uma quantidade significante, nem as loções nem os tópicos, de um antioxidante. Então, esses produtos costumam não funcionar’’, avalia a dermatologista.
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Mas se o embranquecimento for inevitável e você resolver ‘’assumir’’ os fios brancos, uma dica importante é a boa hidratação.
“Muitas pessoas percebem que a textura do cabelo muda à medida que o cabelo fica grisalho, ficando o cabelo mais áspero e seco. Por isso, é importante usar shampoos menos agressivos e bons condicionadores para devolver a umidade à haste capilar. O paciente também pode recorrer a produtos com pigmentos azuis para suavizar o acobreado e os tons amarelos”, fala a dra. Lilian Brasileiro.
E a médica finaliza com um recado:
‘’Ter cabelos grisalhos não é uma coisa ruim. É uma parte normal do processo de envelhecimento e não precisa ser corrigida. É interessante ver que as pessoas realmente adotaram os cabelos grisalhos recentemente. Penso que isto não é apenas uma tendência, mas uma mudança de paradigma que realmente fala da nossa aceitação da beleza em todas as suas formas e, principalmente, à medida que envelhecemos’’.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e da médica: dra. Lilian Brasileiro/Dermatologista.
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