A pele apresenta diferentes características ao longo da vida e pede cuidados específicos em cada fase
Você não é a mesma pessoa que era aos 20 anos e nem será a mesma depois do 50, o mesmo acontece com a sua pele. Ela é o maior órgão do corpo humano e extremamente suscetível aos hábitos adotados ao longo da vida, como a qualidade da alimentação, exposição ao sol, abuso de substâncias químicas etc. Para mantê-la com uma boa aparência em cada etapa da vida, cuidados específicos com a pele são necessários.
“A pele não é diferente dos demais órgãos. Todos os cuidados ou a falta deles serão cobrados com os anos. E o processo de memorização da pele inicia-se aos 20″, diz dermatologista especialista em cosmiatria e parceira Souvie, Luciana Garbelini. Entre 30 e 40 anos, começam a surgir os sinais de envelhecimento, como rugas e linhas de expressão. “Isso acontece porque a pele está mais aberta a penetração dos radicais livres”, explica a especialista.
Dentre os elementos que constituem a pele, estão o colágeno e a elastina. “Em cada fase da vida, o colágeno e elastina respondem de uma maneira. Na infância, eles estão em fase precoce e em desenvolvimento, por isso a pele é bem sensível. Já na adolescência, com as alterações hormonais, a pele passa a produzir mais oleosidade por estímulo às glândulas sebáceas e, consequentemente, surgem as acnes e os cravos. A partir dos 20 anos, inicia-se a fase de maturação, ou seja, o colágeno e a elastina estão na melhor fase, a pele está trabalhando à todo vapor”, diz.
A partir dos 20 anos, os cuidados com a pele devem ser redobrados, para prevenir os efeitos da deterioração do colágeno e da elastina, que acontecerá naturalmente nas décadas seguintes.
“Inicie uma boa rotina de cuidados com a pele: limpeza, hidratação, esfoliação e proteção. Por mais corrida que a vida esteja, vale a pena tal atenção, principalmente nessa fase de memorização, para evitar o envelhecimento precoce“, ensina Luciana.
Nessa fase, aposte em géis e séruns, que têm textura mais leve e são rapidamente absorvidos.
“Aqui, surgem os primeiros sinais de cansaço do colágeno e da elasticidade. Então, redobre o uso de cosméticos com vitamina C e outros bioativos que revitalizam, hidratam e que tenham efeito antioxidante e anti-inflamatório”, afirma Luciana.
Algumas pessoas relatam o aparecimento de acne após o uso da vitamina C. Nesses casos, deve-se observar se o cosmético também contém vitamina E na fórmula, pois ele pode ser a origem dos comedões.
“Em geral, o surgimento de acne após o uso da vitamina C está relacionado à presença de vitamina E na mesma fórmula. Essa associação é frequente, já que permite a estabilidade da molécula, ou seja, mantém a concentração e função adequada do ácido ascórbico (vitamina C) durante a vida útil do cosmético. Uma opção seria procurar fórmulas sem vitamina E, que geralmente vem na composição com o nome tocoferol. Outros antioxidantes, como ácido ferúlico, resveratrol e phloretin podem ser utilizados em vez da vitamina C”, ensina a dermatologista.
“Comece a investir em produtos com ação rejuvenescedora, que melhoram a firmeza da pele e atenuam as rugas e marcas de expressão”, diz.
É recomendada a aplicação de antioxidantes com poder hidratante, como resveratrol, vitamina E, ácido lactobiônico e coenzima Q10, associados a renovadores celulares como retinol e alfa-hidroxiácidos.
A área ao redor dos olhos também merece atenção, portanto invista em cremes com ativos à exemplo da cafeína, retinol e ácido hialurônico.
“Os cuidados iniciados aos 40 podem ser mantidos, mas os cosméticos precisam ter mais potência e hidratação. Considerando que existe a questão da flacidez, os resultados são potencializados por intervenção de procedimentos estéticos“, fala a expert.
“Além dos antioxidantes, hidratantes e renovadores, é importante associar os tensores e redensificadores como argireline, tensine e extrato de caracol”, recomenda Luciana.
Não importa se você está na praia ou apenas caminhando pela cidade em um dia nublado, não esqueça do protetor solar. “Ele é importante para prevenir o dano celular por exposição à radiação ultravioleta, tanto mutação do DNA com potencial para câncer de pele como alterações cutâneas relacionadas ao envelhecimento como rugas e manchas“, esclarece a médica.
Atualmente, existem opções que se adequam a todos os tipos de pele. “Isso garante adesão e uso regular, além de evitar o surgimento de efeitos adversos, como a acne. Em geral, os filtros solares físicos, com óxido de zinco ou dióxido de titânio, têm barreira eficiente e são menos relacionados a irritações de pele. O FPS, proteção contra radiação UVB, deve ser maior ou igual a 30; e o PPD, proteção contra radiação UVA, de pelo menos 10″, orienta.
Durante a prática de atividades físicas, o suor ou contato com a água podem reduzir a proteção, por isso, a especialista aconselha proteção acima de 70.
Luciana diz que eles podem ajudar a manter a saúde da pele, pois fornecem substâncias necessárias para a síntese de colágeno – aminoácidos, vitaminas e minerais específicos -, que nem sempre são ingeridos na quantidade correta durante alimentação.
“No entanto, o corpo pode usar esses substratos para construção de alguma outra proteína, vista como prioridade, naquele momento, para o funcionamento essencial do metabolismo“, pondera.
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