Apague de vez o cigarro e leve uma vida mais saudável
Mesmo que os malefícios do cigarro sejam amplamente conhecidos há décadas, quem tem um vício sabe o quanto é difícil largá-lo, pois além dos aspectos fisiológicos, ainda há questões psicológicas envolvidas. Muitas pessoas ainda usam o cigarro como uma espécie de muleta nos momentos difíceis. Por isso, aproveitamos o Dia Nacional de Combate ao Fumo para te ajudar ou alguém que você ama a jogar o último maço no lugar que ele pertence, o lixo, e ter muito mais qualidade de vida.
“O tabagismo é uma doença. O paciente deve ser motivado a cessar a sua prática e buscar auxílio médico. Várias especialidades tratam o tabagismo, inclusive temos centros especializados em algumas instituições. O tratamento psicológico e medicamentoso é bastante eficaz, mas sempre aliados à motivação do fumante”, orienta José Elabras Filho, membro do Departamento Científico de Asma da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).
Segundo levantado pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), o (péssimo) hábito de fumar teve uma queda de 38% nos últimos 13 anos!
Isso se deve às inúmeras campanhas de combate ao fumo e conscientização veiculadas na mídia e nos próprios maços de cigarro sobre os males causados pelo tabagismo e às leis cada vez mais rigorosas implantadas no Brasil e no mundo, que restringem os locais onde é permitido fumar.
? Quero muito ser saudável, e principalmente parar de FUMAR!! Qual dica você pode me dar??
Os cigarros eletrônicos se tornaram moda entre parte dos fumantes, pois supostamente seriam menos prejudiciais à saúde do que o tabaco. Porém, segundo especialistas, isso não é verdade! O cigarro eletrônico pode levar a um quadro de pneumopatia aguda grave (EVALI), pneumonia de hipersensibilidade, e a precipitação e agravo de asma e Doença Pulmonar Obstrutiva crônica (DPOC).
“O cigarro eletrônico também causa dependência, e seus diversos compostos químicos, que são altamente irritantes para o trato respiratório, levam a um aumento da inflamação da asma e à sua piora clínica, inclusive podendo evoluir para um quadro de asma grave. Se o paciente desenvolve DPOC associada à asma, faz-se necessário o aumento da dose de broncodilatadores para o tratamento ser mais eficaz”, explica Elabras Filho.
A cirurgia pode ser uma aliada no combate ao fumo. Quando alguém vai se submeter a uma cirurgia, por qualquer que seja a razão, é requisitado que o paciente deixe de fumar, pelo menos, nas quatro semanas anteriores ao procedimento.
O cirurgião plástico Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explica o porquê. “A nicotina e as toxinas do cigarro provocam a diminuição do fluxo nos vasos sanguíneos. Uma vez que a circulação está prejudicada, a quantidade de oxigênio e nutrientes que chegam no tecido cutâneo é menor. Principalmente em cirurgias que demandam grande descolamento cutâneo, como ritidoplastia (face lift) e abdominoplastia, este fator aumenta os riscos de complicações como necroses, trombose, embolia pulmonar e acúmulo de líquido”.
Um estudo feito pela Sociedade Americana de Cirurgia Plástica, em 2017, por exemplo, relatou que diversos pacientes que recebem essa orientação deixam de fumar ou diminuem o número de cigarros nos anos após a cirurgia estética. Foi constatado que, em média cinco anos após a cirurgia, 40% dos pacientes fumantes diários deixaram de sê-lo e que 20% abandonou o vício de vez.
“O cigarro eleva a produção de radicais livres no organismo, proporcionando o envelhecimento precoce das células. Isso vai contra o objetivo dos procedimentos de rejuvenescimento estético, por exemplo, fazendo com que os resultados não sejam tão satisfatórios”, afirma o cirurgião plástico.
O ideal é usar essa pausa como um incentivo para parar de fumar de uma vez. “Como muitas pessoas não têm o conhecimento sobre a ligação entre cigarro e complicações cirúrgicas, é fundamental procurar um cirurgião qualificado, para que ele apresente ao paciente a importância de parar de fumar e explicar todos os riscos envolvidos caso as orientações não sejam seguidas. Independentemente do tipo de cirurgia que será realizada, o esforço de parar de fumar vale muito a pena. Inclusive, essa pode ser a oportunidade ideal para largar esse péssimo hábito“, afirma Rubez.
Não bastasse as inúmeras doenças resultantes do tabagismo, o hábito ainda pode estar associado à menopausa precoce.
“A ciência tem demonstrado que o cigarro está associado à antecipação da menopausa, que pode ocorrer nas mulheres fumantes até dois anos antes da data que seria a esperada para a última menstruação”, explica Larissa Garcia Gomes, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional de São Paulo.
Conforme estudos, isso tem relação com a chamada carga tabágica, ou seja, com a quantidade de cigarros e tempo de tabagismo.
A incidência de menopausa antes dos 45 anos afeta, em média, 5% das mulheres. A menopausa precoce, caso não tratada, pode aumentar o risco de doenças cardíacas e osteoporose
Mas é possível minimizar esses efeitos com prática frequente de atividade física, alimentação saudável e, claro, suspensão de hábitos tabagistas.
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