Nutrição

Reforço no ômega-3

O ômega-3 à base de fosfolipídeos é mais facilmente absorvido pelo organismo

O tão falado ômega-3 é um ácido graxo essencial para a saúde humana, sendo amplamente reconhecido por seus inúmeros benefícios. Essa substância, encontrada principalmente em peixes de águas frias, desempenha um papel vital em várias funções do organismo.

O produto é reconhecidamente eficaz na prevenção de problemas como:

.Doenças cardiovasculares

.Artrite reumatoide

.Degeneração da retina

.Depressão e ansiedade

E agora, uma pesquisa científica revela que o ômega-3 à base de fosfolipídeos pode ser utilizado de forma mais acessível pelo corpo humano, trazendo uma série de benefícios, inclusive atuando na proteção dos rins.

Para saber mais, siga lendo esta matéria.

 

Ômega-3 e fosfolipídeos

O chamado ômega-3 à base de fosfolipídeos, denominado LPC-DHA, é uma forma altamente biodisponível do ácido docosahexaenóico (DHA), o que na prática significa que é mais facilmente absorvido e metabolizado pelo corpo humano.

Os ácidos graxos ômega-3, possuem propriedades antioxidantes e por isso ajudam a proteger o sistema cardiovascular.

Mas qual a diferença entre o ômega-3 tradicional e o ômega-3 a base de fosfolipídeos? Quem nos explica é a médica nutróloga Marcella Garcez, mestre em Ciências da Saúde pela PUC-PR e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

‘’A principal diferença entre o ômega-3 à base de fosfolipídeos e o ômega-3 tradicional está na forma em que os ácidos graxos ômega-3 estão estruturados e como são absorvidos pelo corpo. A forma tradicional de ômega-3, encontrada em óleo de peixe, é composta principalmente por ácidos graxos EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (ácido docosahexaenóico) na forma de triglicerídeos. Já no ômega-3 à base de fosfolipídeos os ácidos graxos ômega-3 estão ligados a moléculas de fosfolipídeos, que compõem as membranas celulares’’.

E prossegue a médica:

‘’O ômega-3 tradicional tem os ácidos graxos na forma de triglicerídeos, que precisam ser quebrados pelas enzimas digestivas antes de serem absorvidos no intestino delgado e depois são reestruturados nas células para serem incorporados em várias funções no corpo. O ômega-3 à base de fosfolipídeos tem os ácidos graxos ligados a fosfolipídeos, portanto são estruturalmente semelhantes às membranas celulares o que pode facilitar sua absorção, pois podem ser incorporados diretamente nas membranas celulares’’.

Os principais alimentos fontes de ômega-3 a base de fosfolipídeos são:

.Salmão, truta, sardinha, cavala e arenque

.Caviar de salmão

.Krill ( um pequeno crustáceo marinho)

.Ovos (com ômega-3)

O ômega-3 a base de fosfolipídeos também pode ser encontrado na forma de suplementos alimentares, muitas vezes derivados do óleo de krill.

Veja também:

https://marcioatalla.com.br/nutricao/gordura-do-bem-omega-3-vira-destaque-pela-acao-anti-inflamatoria-e-imunologica/

 

Benefícios

O uso do ômega-3 à base de fosfolipídeos (LPC-DHA) apresenta vários benefícios ao organismo, sendo:

.Manutenção da saúde cerebral e cognitiva, melhorando a memória e  o aprendizado

.Redução dos níveis de triglicerídeos, normalização da pressão arterial e a promoção da saúde do coração em geral

.Preservação da saúde dos olhos, incluindo a proteção da retina e  redução do risco de degeneração macular

.Propriedades  anti-inflamatórias  beneficiando as articulações

.Atua na saúde da  pele, mantendo  a hidratação e diminuindo inflamações e problemas  cutâneos

.Melhora a sensibilidade à insulina e controle do açúcar no sangue, que pode ser benéfico para pessoas com diabetes tipo 2

 Leia ainda:

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/alimente-bem-seus-rins/

 

Proteção dos rins

Além de todos estes benefícios, o ômega-3 à base de fosfolipídeos tem ainda uma característica especial: ele pode ajudar a tratar lesões renais agudas, um problema que afeta 13 milhões de pessoas no mundo.

“Eles têm o poder de reduzir os níveis de colesterol, triglicerídeos e o perfil de estresse oxidativo. Por esse motivo, também trazem benefícios aos rins”, explica a nefrologista Caroline Reigada, especialista em Nefrologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Essa proteção aos rins foi revelada num estudo científico feito em Cingapura e  publicado no Journal of Lipid Research (( https://www.jlr.org/article/S0022-2275(23)00089-5/fulltext)).

Os pesquisadores descobriram que uma proteína (Mfsd2a) que serve como transporte do ômega-3 mais biodisponível (LPC-DHA) para as células, auxilia na recuperação da função renal depois da ocorrência de uma lesão isquêmica.

“O estudo descobriu que esse suplemento é importante para tratar pacientes com níveis reduzidos dessa proteína, de forma que o LPC-DHA também restaurou a estrutura dos túbulos proximais, ajudando-os a funcionar adequadamente novamente”, afirma a nefrologista.

Qual a dosagem recomendada diária de consumo de ômega-3?

‘’A dosagem recomendada diária de ômega-3 pode variar dependendo de vários fatores, como idade, sexo, saúde geral, necessidades individuais e o tipo de ômega-3 que está sendo consumido. As orientações dietéticas geralmente se concentram na quantidade de ácido docosahexaenóico (DHA) e ácido eicosapentaenoico (EPA)’’, orienta a nutróloga Marcella Garcez.

E acrescenta a médica:

‘’As diretrizes gerais de dosagem diária de DHA e EPA para adultos saudáveis são uma ingestão diária combinada de DHA e EPA de cerca de 250 mg a 500 mg.  Mas as recomendações específicas podem variar de acordo com fatores individuais e recomendações de organizações de saúde, por isso é recomendável consultar o médico de confiança’’.

 

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e das médicas:

Dra. Marcella Garcez/Nutróloga

Dra. Caroline Reigada/Nefrologista

 

Confira também:

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/melhore-coracao-e-cerebro-consumindo-salmao/

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/omega-3-e-exercicios-qual-e-a-relacao/

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