Você gosta de comer atum? Adora um salmão grelhado? Não dispensa uma sardinha como entrada antes do almoço? Caso tenha este costume, você está consumindo um nutriente muito importante para o corpo: o ômega 3.
O ômega 3 já é bem conhecido por trazer vários benefícios ao organismo, como por exemplo:
.Protege contra doenças cardíacas
.Impede a formação de coágulos
.Previne o diabetes
.Combate inflamações
Só que você pode nem saber, mas ao consumir esta substância está ajudando também a preservar a saúde do seu cérebro.
Uma pesquisa científica provou que consumir os chamados peixes de água fria, ricos em ômega 3, aumenta a capacidade cognitiva e mantém o pensamento ativo.
Quer saber mais como o ômega 3 pode ajudar a preservar a saúde cerebral? Então não deixe de ler esta reportagem!
Fala-se muito dos benefícios do ômega 3, mas afinal como definir este elemento?
Quem nos ajuda a entender mais é a médica nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN):
‘’O ômega 3 é um tipo de ácido graxo poli-insaturado e classificado como essencial, porque o organismo não o sintetiza. Classificado como gordura saudável e necessária para diversas funções no organismo. Assim, deve ser obtido através da alimentação para que não haja deficiência’’.
E por que este nome ômega 3?
‘’Os ácidos graxos ômega 3 são assim denominados por possuírem sua primeira dupla ligação no 3º carbono a partir do radical metil da estrutura do ácido graxo’’, completa a médica.
O ômega 3 também costuma ser chamado de ”óleo de peixe”. Isso é correto?
‘’Não exatamente. Existem diferentes tipos de ômega 3, tanto de origem animal como vegetal e são classificados de acordo com o tamanho da cadeia de carbonos e com o número de duplas ligações em sua estrutura.
O ácido afla-linolênico (ALA) é o ômega 3 de cadeia mais curta, encontrado em fontes de gordura vegetal’’, diz a médica.
Este tipo de ômega 3 de origem vegetal pode ser achado em:
.Nozes
.Castanhas
.Sementes de chia
.Linhaça
.Folhas verdes
.Algas
‘’O ácido eicosapentanóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA) são ômegas 3 de cadeia mais longa, que apresentam mais funcionalidades. O ácido alfa-linolênico (ALA), de origem vegetal, quando consumido por um animal, ao passar pelo fígado é convertido em ácido eicosapentanóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA) e os peixes de água fria têm grande capacidade de conversão desses ácidos graxos, ALA em EPA e DHA. O EPA e o DHA encontram-se sobretudo em peixes gordos, em virtude da ingestão de algas por parte dos peixes’’, fala a dra.Marcella.
Os peixes ricos em ômega 3 são:
.Salmão
.Atum
.Bacalhau
.Sardinha
.Corvina
.Cavala
.Arenque
Veja também:
Uma pesquisa publicada no periódico científico Neurology ((https://n.neurology.org/content/99/23/e2572)) comprovou que consumir ômega 3 ajuda a melhorar a cognição e a manter a saúde do cérebro a medida que a pessoa vai envelhecendo.
O estudo foi feito com 2183 voluntários com idade média na faixa dos 46 anos e que tinham tendência genética a desenvolver o mal de Alzheimer. Os pesquisadores avaliaram, através de ressonância magnética, a ação do ômega 3 nos glóbulos vermelhos e como estes ácidos graxos atuavam para combater a formação desta doença e suas consequências.
Os resultados mostraram que o consumo de ômega 3 ajuda a:
.Melhorar o raciocínio
.Desenvolver o pensamento lógico
.Aumentar a capacidade de aprendizagem
.Preservar a memória
“Já existiam evidências de que os peixes de água fria, como salmão, atum, arenque, cavala, corvina e sardinha são excelentes fontes de ômega 3, portanto importantes para a função neurológica, sensibilidade cognitiva, aprendizado e comportamento. A nova contribuição do estudo é que, mesmo em idades mais jovens, se você tem uma dieta que inclui alguns ácidos graxo ômega 3, já está protegendo seu cérebro para a maioria dos indicadores de envelhecimento do cérebro que costumam acontecer mais na meia-idade”, acrescenta a médica nutróloga.
Leia ainda:
https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/melhore-coracao-e-cerebro-consumindo-salmao/
Mas qual a melhor forma de cozinhar os peixes ricos em ômega 3?
‘’O calor não modifica a estrutura dos ácidos graxos ômega 3, portanto, os peixes de água fria como sardinha, cavala, corvina, salmão e atum podem ser cozidos, assados ou grelhados, sem perda dos benefícios’’, comenta a dra. Marcella Garcez
No Brasil se tem muito o hábito de comer sardinha frita. A fritura é recomendada para estes tipos de peixe?
‘’A fritura de imersão, particularmente de empanados, agrega um tipo de ácido graxo, o ômega 6, presente nos óleos vegetais e muito prevalente na dieta ocidental, que compete com os benefícios do ômega 3, pois em excesso têm atividade pró-inflamatória’’, esclarece a nutróloga.
E consumir peixes em lata?
‘’Peixes enlatados, como sardinha e atum, mantém os ácidos graxos ômega 3, particularmente os que são enlatados em óleo’’, aponta a médica.
E para quem usa o ômega 3 como suplemento em cápsulas, qual a quantidade ideal de consumo por dia?
‘’Quando indicada, a suplementação para adultos varia de 1 a 3g de ômega 3 ao dia, com boas concentrações de EPA e DHA.
A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ressalta que para ter efeitos diretos na saúde do indivíduo, o suplemento de ômega 3 deverá ser de pelo menos 100mg’’, conclui a especialista.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e da médica: Dra. Marcella Garcez/Nutróloga
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