Os probióticos trazem grandes benefícios à saúde, mas eles ainda são vítimas de informações desencontradas e “fake news”. Conheça a verdade sobre eles
O bom funcionamento do corpo humano passa pelo intestino. O órgão é repleto de microrganismos que desempenham importantes funções na defesa e manutenção do organismo, os probióticos.
“No intestino, há bactérias boas e ruins, e o corpo precisa desse equilíbrio. O número de bactérias no órgão é maior do que o de células no corpo inteiro”, explica Marcio Atalla.
A presença de diversas famílias de bactérias no intestino é importante para a manutenção da saúde. “Lembrando que o nosso intestino, conhecido como segundo cérebro, é muito importante na defesa do organismo e desempenha inúmeras funções”, diz Atalla.
Antigamente, o conjunto desses microrganismos era chamado de flora intestinal, mas hoje em dia o termo utilizado é microbiota intestinal. As “boas bactérias”, que coexistem em harmonia com o organismo e auxiliam na manutenção do corpo humano, são chamadas de probióticos.
A ingestão de alimentos prebióticos ajuda a manter os níveis dessas bactérias regulares. Alguns exemplos de prebióticos são:
• Frutas;
• Verduras;
• Legumes;
• Cereais integrais;
• Leite, iogurtes e bebidas fermentados (kombucha, kefir, entre outros).
“Esses alimentos são muito bons, pois você está fornecendo alimentação para essas ‘bactérias do bem’, o que favorece a microbiota. Isso garante o equilíbrio”, afirma.
“Idealmente, seria necessária a realização de exame de fezes para a compreensão da microbiota individual, que é formada na infância e é como uma impressão digital, cada pessoa tem a sua. Mas é possível fazer a suplementação para obter o equilíbrio”, esclarece Atalla. Todavia, ainda há muito a ser pesquisado sobre os mecanismos de atuação dos probióticos, o que dá margem a especulações, pondera.
Como os variados benefícios dessas bactérias são conhecidos, informações sem comprovação científica são difundidas, assim como a recomendação de suplementos probióticos levando em consideração somente a presença de determinados sintomas, sem a análise aprofundada da microbiota da pessoa, alerta.
Nesses casos, eles podem ser prescritos para resolver problemas que têm causas múltiplas, como a enxaqueca, por exemplo, como se apenas a ausência de determinada cepa de bactérias fosse sua origem, “o que não é verdade”, diz o preparador físico.
Atalla aconselha o acompanhamento profissional, pois somente um nutricionista será capaz de prescrever a suplementação correta, caso realmente haja necessidade. Baseando-se apenas nos sintomas, pode acontecer da pessoa suplementar probióticos que já estão presentes no organismo. “Isso não irá fazer mal, porém tampouco terá algum efeito”, afirma Atalla.
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