Prolongar a longevidade é talvez um desejo quase unânime da Humanidade. Existem vários estudos tentando desvendar os segredos de uma vida mais longeva.
Uma pesquisa identificou algumas regiões do mundo onde se concentram comunidades com expectativa de vida bem acima da média. São as chamadas ‘’zonas azuis’’.
E um dos fatores que explicariam esse tempo maior de vida, seriam os polifenóis, encontrados em alguns alimentos muito consumidos por estas populações.
Quer saber como é possível viver mais? Então não deixe de ler esta reportagem.
A pesquisa foi publicada no periódico científico Ageing Research Reviews ((https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1568163725000790?via%3Dihub
)) e identificou 5 ‘‘zonas azuis’’:
.Loma Linda (Califórnia, Estados Unidos)
.Sardenha (Itália)
.Okinawa (Japão)
.Nicoya (Costa Rica)
.Ikaria (Grécia)
Estes locais possuem um nível muito alto de pessoas com idade longeva. E a dieta destas comunidades é vista como um dos fatores que explicariam essa realidade.
“Claro que todo o estilo de vida dessas pessoas conta. Mas a dieta pode ser um fator-chave na promoção da longevidade e também é um fator modificável. Dietas saudáveis são frequentemente ricas em alimentos de origem vegetal com altos níveis de polifenóis’’, afirma a nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
E acrescenta a médica:
‘’Os polifenóis são compostos bioativos encontrados em muitos alimentos de origem vegetal, conhecidos por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Eles fazem parte da defesa natural das plantas contra pragas, radiação UV e outros estresses ambientais. Mas, quando consumidos, podem proteger as nossas células”.
Os polifenóis podem ajudar a reduzir o risco de:
.Doenças cardíacas
.Hipertensão
.Diabetes
‘’Assim, os polifenóis podem retardar o envelhecimento e reduzir doenças que frequentemente vêm com a idade”, diz a nutróloga.
Alguns dos alimentos que fazem parte das dietas das zonas azuis são:
.Batata-doce
.Soja
.Açafrão
.Melão amargo
.Algas marinhas
.Chá verde
“Alimentos ricos em polifenóis incluem vinho tinto, café, frutas e vegetais. Esses alimentos têm benefícios potenciais para inflamação, metabolismo e função vascular. Vegetais também podem reduzir o impacto de gorduras saturadas na dieta. Essas fontes alimentares, combinadas com estilos de vida ativos, podem sustentar a longevidade”, diz a dra. Marcella.
Outros alimentos com polifenóis incluídos nas dietas dessas comunidades são:
.Azeite de oliva extravirgem
.Cebola
.Rúcula
.Gão-de-bico
.Nozes
.Frutas cítricas
.Feijões
.Café
Mas existem vários fatores que podem influenciar na absorção dos polifenóis pelo organismo humano, como:
. A microbiota intestinal
.O metabolismo individual
“Embora as dietas das pessoas nas zonas azuis sejam conhecidas por serem ricas em alimentos de origem vegetal, os níveis exatos de consumo não são conhecidos”, esclarece a nutróloga.
Veja também:
O café, muito consumido em algumas comunidades das zonas azuis tem efeito de combater os radicais lives.
‘’O benefício antioxidante do café, ao contrário do que muitos pensam, não vem só da cafeína. O ácido clorogênico, encontrado no café, também previne a hipermetilação genética prejudicial associada ao câncer”, aponta a dra. Marcella Garcez.
E prossegue a especialista:
“A oleuropeína, encontrada no azeite de oliva, reduz os depósitos amiloides relacionados à doença de Alzheimer no cérebro, enquanto a curcumina, o composto bioativo da cúrcuma, reduz o estresse oxidativo. Os xantonoides nas mangas também podem retardar o envelhecimento celular e a oleuropeína e a curcumina também aumentam a autofagia e suprimem os sinais prejudiciais do envelhecimento’’.
Confira ainda:
Mas mesmo com o resultado da pesquisa, é sempre bom lembrar que viver mais e com qualidade de vida, exige também incluir outros hábitos saudáveis na rotina, como a prática regular de atividade física, com:
.Exercícios aeróbicos
.Exercícios de força
‘’Estes exercícios ajudam a prevenir doenças cardíacas, diabetes tipo 2, certos tipos de câncer e declínio cognitivo. Além disso, preservam a massa muscular, a mobilidade e a autonomia com o avanço da idade’’, indica a médica.
Fugir de vícios como álcool e fumo também é fundamental.
‘’O tabagismo é um dos principais fatores de risco evitáveis de morte precoce. O consumo excessivo de álcool também está associado a doenças hepáticas, cardiovasculares e neoplasias’’, recomenda a dra. Marcella.
Reduzir o estresse e dormir bem também podem ajudar numa vida mais longa.
‘’O estresse crônico aumenta a inflamação sistêmica e o risco de doenças como hipertensão, infarto, depressão, obesidade e declínio imunológico, todos fatores que reduzem a longevidade. E dormir entre 7 e 9 horas por noite está relacionado à redução da mortalidade e ao menor risco de doenças como Alzheimer, obesidade, hipertensão e câncer. O sono é essencial para reparo celular, regulação hormonal, equilíbrio imunológico e saúde cerebral’’, finaliza a médica.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e da médica: Dra. Marcella Garcez/Nutróloga
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