Obesidade e diabetes são alguns dos problemas do consumo excessivo de açúcar
Você sabia que o açúcar é um tipo de carboidrato? E que por isso é uma excelente fonte de energia?
Portanto, a questão não é parar de consumir o açúcar de forma radical, a não ser é claro para os diabéticos.
O que se deve fazer é evitar excessos, porque aí sim o açúcar pode se tornar um vilão e levar a vários problemas de saúde.
Fizemos uma lista de 10 riscos que o abuso de açúcar pode provocar no organismo para te ajudar a manter o equilíbrio. Leia a seguir!
Um dos maiores problemas que atinge quem exagera no consumo de doces e açúcar são as chamadas doenças metabólicas, como obesidade e diabetes.
“A síndrome metabólica é um conjunto de condições, incluindo pressão alta, açúcar elevado no sangue, excesso de gordura corporal e níveis anormais de colesterol’’, fala a endocrinologista Deborah Beranger, pós-graduada em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio De Janeiro (SCMRJ).
Diminuir a ingestão de açúcar traz benefícios como:
.Controle dos níveis de glicose
.Perda do excesso de peso
.Redução da gordura corporal
.Redução da gordura entre os órgãos internos
.Diminuição do risco de infarto e AVC
Mas não é só isso. Os rins também podem se tornar vítimas do abuso de açúcares.
“O açúcar em excesso também acarreta maior inflamação, com consequente risco de diabetes, que é o maior fator de risco para doença renal crônica no mundo. A resistência à insulina, condição típica do diabetes tipo 2, gera vasoconstrição (estreitamento de vasos) e retenção de sódio e água pelo organismo, além de endurecimento dos vasos sanguíneos, o que pode lesar os rins”, afirma a nefrologista Caroline Reigada, especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).
Outra grave questão que pode surgir com este desequilíbrio é o câncer.
“As células cancerígenas, assim como todas as outras células do organismo, precisam de fontes de energia para sobreviver. Enquanto algumas células retiram essa energia do oxigênio, outras, como as células neoplásicas, utilizam como fonte de energia a fermentação do açúcar. Dessa forma, o açúcar, mais especificamente a glicose, pode impulsionar o desenvolvimento do câncer, já que alimenta as células cancerígenas, que crescem e se espalham pelo organismo”, alerta a nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
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Pouca gente sabe, mas ingerir açúcar em demasia também pode contribuir para o envelhecimento da pele e enfraquecimento do cabelo.
‘’O açúcar é considerado atualmente como uma das maiores drogas que consumimos, devido ao potencial vício que promove. Alimentos ricos em açúcar se unem a proteínas da pele, causando o que chamamos de glicação. Quando essa ligação acontece, as moléculas de colágeno e elastina são quebradas, favorecendo o aparecimento de rugas e flacidez da pele”, aponta a dermatologista Cintia Guedes, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Este padrão alimentar também pode gerar um dos maiores ‘’terrores’’ de muita gente, principalmente das mulheres, a celulite.
“Ao ver uma mulher magra, não estamos realizando uma avaliação de composição corporal, sendo assim, ela pode ter alto percentual de gordura e consequente celulite. Não sabemos dos hábitos de vida dessa mulher magra e, além disso, do consumo de alimentos inflamatórios que ela ingere”, explica a médica Cláudia Merlo, especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS.
‘’Para celulite, além do excesso de açúcar, o de sal também é extremamente maléfico, na medida em que o sódio piora a retenção de líquidos, gerando essa desordem tecidual’’, ressalta a nutricionista Luisa Wolpe Simas, da Biotec Dermocosméticos.
Sintomas como fadiga e exaustão também podem se instalar num organismo com altas taxas de açúcar.
‘’O excesso de açúcar na dieta faz as mitocôndrias, organelas centrais da célula responsáveis pela produção de energia, perderem eficiência e reduzindo a produção de energia. Em nível celular, o açúcar em demasia na dieta afeta a integridade da mitocôndria, considerada o pulmão celular. Com isso, os eventos metabólicos iniciais como fadiga e cansaço podem ser indicativos do desenvolvimento do diabetes”, relata a nutróloga Marcella Garcez.
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As articulações do corpo também podem ser afetadas pelo consumo exagerado de açúcar.
“A ingestão aumentada de açúcar pode acarretar ganho de peso que tem efeito deletério sobre as articulações. O açúcar também está ligado a fenômenos inflamatórios no organismo que pode ter repercussões articulares’’, aponta o ortopedista Marcos Cortelazo, especialista em joelho e traumatologia esportiva e integrante da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
E o doce sabor do açúcar pode ter um efeito amargo para o coração, pois acaba ajudando a aumentar o colesterol.
‘’O açúcar pode favorecer o aparecimento de problemas cardiovasculares, causando, por exemplo, o espessamento e o acúmulo de placas de gordura dentro da parede das artérias, com consequente obstrução desses vasos. Dependendo da artéria afetada, tal quadro pode levar ainda a incidência de infarto, derrame e problemas de claudicação, que é quando você vai caminhar e tem dificuldade de andar porque falta sangue nas pernas”, diz a cirurgiã vascular Aline Lamaita, da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).
E tem ainda um outro risco que a maioria das pessoas já sabe desde criança: o açúcar sem limites é um dos grandes vilões da saúde bucal.
“Um dos principais problemas nesse sentido é a formação de cáries, que ocorre quando as bactérias da boca metabolizam o açúcar que consumimos, tornando o pH da boca ácido e, consequentemente, provocando a desmineralização do esmalte dos dentes e o aparecimento das cáries. E o pior é que o início dessa ação ocorre poucas horas após a ingestão do açúcar. Além disso, o açúcar também favorece o acúmulo de placa bacteriana que, quando não removida adequadamente, também pode ocasionar gengivite e mau hálito”, relata o cirurgião-dentista Hugo Lewgoy, doutor em Odontologia pela USP.
E a alta do açúcar pode prejudicar até mesmo os casais que estão querendo ter filhos, pois a obesidade que geralmente é uma consequência desta alimentação desequilibrada, afeta a qualidade e a quantidade do esperma e o processo de ovulação.
“Essas condições estão associadas a uma maior dificuldade em engravidar, ao maior risco de abortos de repetição e problemas gestacionais. Alguns trabalhos apontam que altos níveis de glicose em mães com diabetes gestacional desencadeiam mudanças epigenéticas no feto em desenvolvimento (modificações na atividade genética do feto em virtude de exposições ambientais), resultando em efeitos adversos para a saúde da criança ao longo do tempo”, conclui o ginecologista e obstetra Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana e diretor clínico da Neo Vita.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e dos profissionais de saúde:
Dra. Cintia Guedes/ Dermatologista
Dra. Cláudia Merlo/Especialista em Cosmetologia
Dra. Marcella Garcez/ Nutróloga
Dra. Deborah Beranger/ Endocrinologista
Dra. Caroline Reigada/Nefrologista
Dra. Aline Lamaita/Cirurgiã Vascular
Dr. Fernando Prado/ Ginecologista e Obstetra
Dr. Hugo Roberto Lewgoy/ Cirurgião-Dentista
Luisa Wolpe Simas/ Nutricionista
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