Dentre os sintomas causados pela doença estão episódios repentinos e recorrentes de forte ansiedade e medo, acompanhados por uma série de reações físicas como aceleração dos batimentos cardíacos, sudorese, vertigem, tremor, boca seca, dificuldade para respirar, náuseas, dores, entre outras. Quanto às reações emocionais, geralmente intensas e desagradáveis, estão pavor, nítida sensação de que a pessoa vai morrer ou enlouquecer e medo de perder o controle. “Essas reações desaparecem espontaneamente após alguns minutos”, esclarece a psicóloga. Mas para quem vive o problema esses minutos parecem uma eternidade.
Por isso, a terapia se torna uma forte aliada no combate e prevenção da doença. Com a ajuda de algumas técnicas, ensinadas ao paciente, ele se prepara para a iminência de um novo episódio e, ainda, consegue atravessar essas situações/episódios sem aterrorrizar-se com eles. A pessoa volta a ser novamente o sujeito e não mais vítima da situação. “Simultaneamente é desenvolvido um trabalho que objetiva levar a pessoa ao autoconhecimento. Ela vai aprendendo como lidar com suas questões emocionais, seu histórico de vida e seu padrão de comportamento, que, se for disfuncional, ou seja, aquele que não traz benefício para sua vida, precisará ser modificado”, diz a terapeuta.
A doença acomete pessoas de ambos os sexos, principalmente, na faixa etária entre os 20 e 50 anos de idade. “Não se sabe ao certo qual a causa ou principais causas da Síndrome do Pânico, mas acredita-se que sua origem seja de natureza multifatorial, podendo envolver alguma predisposição genética, comportamentos aprendidos e, especialmente, questões de ordem emocional ou episódios traumáticos”, esclarece a dra. Mariuza.
No entanto, a busca pela ajuda terapêutica vai depender de cada pessoa. Mas a psicóloga alerta: “o momento certo é aquele em que a pessoa sente que está sofrendo e que sua vida está sendo afetada negativamente pela doença. Por exemplo, quando começa a esquivar-se de atividades que antes exercia, a isolar-se socialmente, a deprimir-se ou sentir-se fragilizada, insegura, amedrontada, entre outras reações”.
Entrar em contato consigo mesmo e perceber que necessita da ajuda de um profissional habilitado para sair da crise. Este é o início da “cura”.
Por Leda Orsi
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