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Separar ou não?

Qual o casal que já não se deparou com tal dúvida? A questão é: ir adiante e buscar o entendimento ou romper a relação e suas promessas junto? Existem cinco pontos fundamentais que devem ser considerados na hora de decidir pelo sim ou pelo não…

Pontos fundamentais a serem considerados quando um casal encara o problema da separação.

PRIMEIRO PONTO
A separação em si mesma não é desejável nem indesejável. Há separações que ocorrem e que melhor seria não houvessem ocorrido e outras que não ocorrem e seriam melhor que ocorressem. No primeiro caso, os companheiros não tiveram COMPETÊNCIA PARA SE MANTER JUNTOS; no segundo, não tiveram COMPETÊNCIA PARA SE SEPARAR.

SEGUNDO PONTO
É necessário sofisticar o entendimento do que seja separação. Um casal sentado em um restaurante, almoçando, no domingo, e que passa todo o tempo sem trocar palavra um com o outro APRESENTA SIGNIFICATIVO NÍVEL DE SEPARAÇÃO, embora não esteja oficialmente separado. Da mesma forma que fazer um diagnóstico precoce do câncer é uma das melhores garantias para que se o possa curar, identificar e lidar com a separação em seus estágios “pré-terminais” é uma das condições para que se possa manejá-la adequadamente.

TERCEIRO PONTO
É fundamental, que cada um dos envolvidos empregue todos seus esforços para manter clareza relativamente a quem ele é e quem os outros são. Para isso, vai ter que enfrentar dois obstáculos. O primeiro, interno, é o de que, em situação de crise, nossa mente é ocupada por pensamentos de todo contraditórios: “nunca mais quero ver a cara desse(a) vagabundo(a)!”, “meu deus, eu não posso viver sem ele(a)!”, “sabe de uma coisa, já não me importa mais se a gente separa, se não separa ou com o que quer possa acontecer!”; o segundo, externo, é o de que, todos – o pai dele, o pai dela, a mãe dele, a mãe dela, os filhos, os demais parentes, os amigos, os colegas de trabalho, os vizinhos, o porteiro, o dono do açougue etc. – vão fatalmente querer “enfiar a pata” na sua separação (se não tomar cuidado, até o psicólogo vai achar que pode decidir por você). Nessa situação É FUNDAMENTAL QUE NÃO NOS APRESSEMOS A TIRAR CONCLUSÕES GERAIS E DEFINITIVAS. É necessário ser capaz de digerir a crise “em pequenos bocados”; ser capaz de dizer “agora, estou com raiva”, “agora, estou triste”, “agora, estou aliviada” etc, etc, etc…

QUARTO PONTO
Durante uma crise, é fundamental que a pessoa seja capaz de ENUNCIAR VERBALMENTE – nem que seja apenas para si mesma – todos os pensamentos e sentimentos que lhe vierem à cabeça: “queria matar aquele(a) desgraçado(a)!”, “na verdade, agora, eu queria estar era nos braços dele(a)” etc.. Pensar e sentir, naturalmente, é diferente de fazer. PESSOAS QUE, se pensam e sentem, FAZEM, são pessoas que têm um nível de descontrole que requer auxílio profissional e não recomendo seguirem este conselho.

QUINTO PONTO
Inúmeras vezes ouvi pacientes dizerem estar pensando em se separar do companheiro(a). Sempre que conseguir levá-los a compartilhar esses pensamentos – MESMO ANTES que houvessem decidido, de fato, concretizá-los – com seus respectivos companheiros, o desenlace do processo – fosse ou não a separação – foi menos traumático para todas as partes envolvidas.

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