Mesmo no inverno, pessoas que praticam atividades ao ar livre devem ter cuidado redobrado com a ação dos raios solares, que podem causar desde queimaduras até câncer de pele.
A aplicação diária de fotoprotetor é um cuidado fundamental para qualquer pessoa, durante o ano todo, visto que é a maneira mais eficaz de se prevenir queimaduras solares, envelhecimento precoce e câncer de pele. Porém, os cuidados relacionados à fotoproteção são ainda mais importantes para atletas e pessoas que praticam atividades ao ar livre. Isso por que essas pessoas tendem a se expor mais à radiação ultravioleta e, na maioria das vezes, em horários inadequados, o que faz com que estejam mais sujeitas ao fotoenvelhecimento e ao câncer de pele. Estudos inclusive mostram que ciclismo, triatlo e maratonas, atividades comumente praticadas ao ar livre, são esportes que podem aumentar o risco do desenvolvimento de tumores cutâneos.
Dessa forma, é importante que os entusiastas dos exercícios físicos ao ar livre tomem alguns cuidados com relação a exposição solar, sendo o principal deles, é claro, o uso diário de fotoprotetor, que deve ter FPS de, no mínimo, 30 e, pelo menos, 1/3 desse valor de PPD, protegendo assim tanto contra a radiação UVB quanto a UVA, respectivamente. Além disso, é importante também que os fotoprotetores utilizado por atletas contenham óxido de zinco ou ferro e dióxido de titânio em sua composição, que são substâncias responsáveis pela proteção física contra os raios do sol, e sejam à prova d’água, visto que o excesso de suor produzido durante o exercício pode fazer com que os fotoprotetores convencionais percam sua eficácia mais rapidamente
Nos casos de esportes aquáticos, como é o caso do surfe e da natação, o ideal é que o filtro solar usado, além de à prova d’água, seja no formato de pomada ou bastão, já que esses veículos tendem a ser mais resistentes à ação da água.
Ainda com relação ao fotoprotetor, é essencial que o produto seja aplicado diariamente de 20 a 30 minutos antes da atividade física ao ar livre, pois o produto necessita desse período para começar a agir. Ele deve ser aplicado mesmo em dias nublados, já que a radiação consegue atravessar as nuvens.
Além disso, a reaplicação do fotoprotetor ao longo do dia também deve ser realizada, pois o produto, mesmo sendo à prova d’água ou resistente ao suor, perde sua eficácia quando não é reaplicado depois do contato com a água ou após a atividade física, devido ao suor. Então, para garantir uma boa proteção, o ideal é reaplicar o produto de duas em duas horas para manter sua eficácia. E para ter certeza de que você está aplicando o produto corretamente e garantir sua máxima eficácia, vale a pena seguir a regra da colher de chá, ou seja, deve-se aplicar uma colher de chá do produto no rosto, uma colher de chá na face anterior e outra na face posterior dos braços e, nas demais áreas corporais, duas colheres de chá por região.
Entretanto, existem outros cuidados além do uso do fotoprotetor que os atletas podem adotar para aumentar a fotoproteção da pele, como evitar praticar exercícios ao ar livre nos horários de maior índice de radiação solar, entre 9 e 16 horas.
Outra maneira de potencializar a proteção da pele contra o sol é através de barreiras físicas, como óculos de sol, que devem ter lentes com proteção UVB para evitar danos aos melanócitos oculares, e chapéus e roupas, que, preferencialmente, devem ser feitos de tecidos que contenham substâncias capazes de proteger contra os raios solares, principalmente contra a radiação UVB. Roupas comuns até são capazes de proteger contra o sol, porém, em menor intensidade, pois permitem a passagem de parte dos raios ultravioletas pelas fibras dos tecidos.
A inclusão do uso de fotoprotetores orais na rotina do atleta também é uma opção para potencializar a fotoproteção, já que essas substâncias, ao serem ingeridas, aumentam a resistência da pele ao sol, além de também possuírem efeito antioxidante, combatendo assim a ação dos radicais livres, principais causadores do envelhecimento da pele. Porém, é importante ressaltar que nenhuma dessas medidas acima deve substituir o uso do fotoprotetor, devendo apenas complementar sua ação. Afinal, o produto ainda é a melhor maneira de proteger a pele contra os danos causados pela radiação solar.
Por: Dra. Kédima Nassif, dermatologista e tricologista
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