Prática comum, o uso de pomadas anti-inflamatórias e que diminuem a dor muscular sem orientação médica pode gerar problemas, principalmente se a dor estiver ligada à formação de trombose
Pomadas com ação anti-inflamatória são amplamente vendidas em farmácias e compradas por atletas amadores para aliviar dores musculares, mas será que não há riscos?
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De acordo com comunicado do FDA (Food And Drug Administration) – agência encarregada de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos – algumas pomadas para dor muscular podem causar queimaduras e irritação na pele, além de desencadear alergias. Mas não é só isso: “O uso dessa pomada na perna ainda pode ocasionar um problema mais grave. Isso porque se o paciente confundir uma trombose com uma simples dor muscular, há o risco de deslocar o coágulo e levar a uma embolia pulmonar, que pode matar. Em caso de trombose, é proibitivo fazer massagem”, alerta a cirurgiã vascular e angiologista Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
A trombose é um termo que se refere à condição na qual há o desenvolvimento de um ‘trombo’, um coágulo sanguíneo, nas veias das pernas e coxas.
Esse trombo entope a passagem do sangue. Em casos mais raros, um pequeno coágulo pode se desprender e correr pela circulação até chegar ao pulmão, o que os médicos chamam de Embolia Pulmonar e pode causar dor no peito, tosse, cansaço, falta inesperada de respiração e em casos mais graves a morte súbita. De acordo com a médica, a trombose geralmente se manifesta com um quadro de dor na perna, principalmente na panturrilha, associado a inchaço persistente, calor, sensibilidade e vermelhidão. “É proibido qualquer tipo de massagem nas pernas se existe suspeita de trombose.
Nesse caso, o melhor a fazer é procurar um médico urgente”, afirma.
Segundo a especialista, quando a dor muscular é na perna, meias esportivas de compressão podem ser utilizadas, desde que orientadas pelo angiologista. “A meia elástica esportiva tem compressão graduada que pode variar de 15-23 mmHg até 20-30 mmHg dependendo do fabricante e é capaz de: melhorar o retorno venoso, manter a musculatura aquecida, reduzir a fadiga muscular, acelerar a recuperação, diminuir a incidência de câimbras e dores na panturrilha, além oferecer efeito benéfico durante o exercício – o que pode melhorar a performance”, explica a Dra. Aline Lamaita.
Outra forma de diminuir as dores é por meio do banho gelado, que tem ação preventiva anti-inflamatória. “Ele ativa a circulação, promovendo vasoconstrição, e diminui a velocidade de condução do estímulo da dor pelas fibras nervosas, além do estímulo à produção de endorfinas”, afirma a médica. A fotobiomodulação também tem sido apontada como uma tendência, principalmente com uso de LEDs vermelho e infravermelho – que tem efeito anti-inflamatório e analgésico.
FONTE: Dra. Aline Lamaita
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