Lesão, contusão, estiramento… qual a diferença?

Você é um atleta com uma rotina extensa de treinamentos e competições? Ou pratica exercícios físicos de forma moderada, sem foco em disputas esportivas?

Bem, independente do seu ritmo de atividade, volta e meia qualquer pessoa que mexe com o corpo com frequência se depara com nomes do tipo:

.Lesão

.Contusão

.Estiramento

.Distensão

.Dor muscular

.Laceração

Mas apesar de muita gente considerar tudo isto ‘’a mesma coisa’’, a verdade é que existem diferenças entre todos estes tipos de problemas musculares.

Quer saber quais são e como evitar estes desconfortos? Então não deixe de ler esta matéria até o final!

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As diferenças

Para tirar as dúvidas e esclarecer o que cada um desses transtornos musculares significa, conversamos com o médico ortopedista Marcos Cortelazo, pós-graduado em Ortopedia e Traumatologia pela Escola Paulista de Medicina/UNIFESP e integrante da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Lesão muscular:‘’ Ocorre quando há ruptura ou dano às fibras musculares que o compõem. Pode ser causada por diferentes fatores como esforço excessivo, traumas, fadiga, alongamento excessivo, falta de aquecimento e até por desidratação”, afirma o ortopedista.

Contusão muscular: ‘’Causada por impacto direto ou indireto sobre o músculo. Muitas vezes resulta na formação de um hematoma ou equimose devido ao rompimento de pequenos vasos sanguíneos. Uma vez lesionados, esses vasos começam a vazar sangue para o tecido’’, aponta o dr. Marcos Cortelazo.

Estiramento: ‘Acontece quando um músculo é alongado excessivamente por um movimento abrupto ou esforço excessivo, mas não ao ponto de causar um dano significativo nas fibras’’, diz o médico.

Distensão:’’É o processo no qual as fibras musculares são esticadas além do seu limite normal e isso resulta em uma lesão dos músculos’’ esclarece o especialista.

Dor muscular tardia: ‘’Também conhecida como dor muscular de início tardio ou dor muscular pós-exercício é uma dor que surge algumas horas ou mesmo dias depois de se praticar esportes ou exercícios físicos intensos. É mais comum quando o praticante está fora de forma, sem o condicionamento físico adequado. É uma dor localizada, cujo pico pode ocorrer entre 24h e 72h, com sensação de rigidez ou tensão muscular que pode afetar um ou mais grupos musculares”, explica o ortopedista.

Laceração muscular: ‘’É um tipo de lesão mais grave e que ocorre por ruptura parcial ou completa das fibras musculares. Provoca dor intensa e aguda, inchaço, hematoma, dificuldade de movimentos, podendo ocorrer aumento de volume local. Muitas vezes é ouvido um estalo no local ou sensação de tecido rasgando’’, relata o dr.Marcos.

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Como prevenir?

Entre todos estes problemas que atingem a musculatura, os mais comuns são o estiramento e a dor muscular.

‘’Aa dor muscular é mais frequente em atividades de esforços repetitivos e de força como a musculação e o crossfit, já lesão, lacerações ou estiramentos vemos com mais frequência em atividades com futebol, vôlei e basquete entre outros’’, conta o ortopedista.

Outras atividades de alto impacto como corrida, artes marciais, esportes coletivos de contato como rúgbi, também podem gerar mais facilmente estes tipos de problemas musculares?

‘’Sim, estas atividades expõem mais frequentemente os praticantes às lesões. As atividades de esforço e resistência à dor, lacerações e estiramentos. Já as atividades de contato provocam com mais frequência as contusões e estiramentos’’, complementa o médico.

Existem atividades ou exercícios físicos que possam fortalecer a musculatura prevenindo estes tipos de problemas?

‘’A prevenção das lesões musculares guarda uma relação extremamente positiva com o fortalecimento, sendo assim a musculação é a principal atividade para prevenir lesões. Importante lembrar que os alongamentos também são tão importantes quanto o fortalecimento’’, indica o dr.Marcos.

O tratamento

Mas e se a pessoa acabar sendo afetada por algum desses desconfortos musculares? O que fazer?

‘’Nas primeiras 24h/48h utilizamos o gelo para diminuir edema e dor. Depois disso, pode ser utilizado o calor que promove uma vasodilatação e ajuda na fase de reparação. Este pode ser usado até a melhora da lesão. Caso os sintomas não regredirem em torno de 4 a 7 dias, a depender da gravidade, deve-se procurar o médico’’, fala o especialista.

E prossegue o ortopedista:

‘’Em geral além do exame clínico podemos associar basicamente 2 métodos de imagem: o ultrassom e a ressonância nuclear magnética’’.

A fisioterapia é recomendada em algum destes casos?

’’Sim, nas contusões mais graves, lacerações e estiramentos. Na fase inicial pode ser utilizada a crioterapia (compressas de gelo) e a eletroanalgesia (eletroestimulação com propriedades analgésicas) para tratamento do quadro doloroso.  No processo evolutivo podem ser utilizados exercícios para recuperar a força e o alongamento das estruturas musculares lesionadas’’, conclui o dr. Marcos Cortelazo.

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e do médico: Dr.Marcos Cortelazo/Ortopedista

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