Nefrologista aponta sintomas, causas, consequências do transtorno e quais os tratamentos disponíveis para a enurese (xixi na cama)
Os episódios de xixi na cama das crianças são, na maioria das vezes, entendidos pelos pais ou responsáveis como situações de “frescura” ou até mesmo de “birra” por parte do pequeno. Entretanto, a medicina reconhece a enurese como um transtorno com consequências negativas para o paciente, contudo passível de tratamento.
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Para explicar melhor, a nefrologista e pesquisadora da Unidade de Nefrologia Pediátrica do Departamento de Pediatria do Hospital das Clínicas da USP, Simone Fagundes, elenca todos os detalhes que você precisa conhecer para lidar melhor com os episódios de xixi na cama.
O que é enurese?
O sintoma de perda de urina fica caracterizado como enurese quando crianças com mais de cinco anos de idade fazem xixi na cama (perda involuntária de urina durante o sono) duas ou mais vezes ao mês.
Como fazer o diagnóstico de xixi na cama?
O diagnóstico deve ser realizado por um médico. Normalmente, o primeiro contato é com o pediatra de confiança da família, que irá observar o comportamento miccional da criança e, caso necessário, encaminhar para um especialista, como o nefrologista ou urologista pediátrico.
Existe apenas um tipo de enurese?
Sim! A classificação facilita na abordagem terapêutica. A criança pode ser diagnosticada com enurese primária, quando o pequeno que saiu das fraldas durante o dia mantém episódios de xixi na cama à noite ou secundária, caso fique mais de seis meses sem urinar involuntariamente e volte a apresentar o sintoma. A presença destes, unicamente a noite, caracterizam-na como monossintomática e associada a urgência, incontinência e urge-incontinência, como não monossintomática.
Quais são as causas do transtorno?
Pais enuréticos (geneticamente heterogêneos) têm grande importância na história de crianças com enurese. Outros possíveis fatores são: tamanho pequeno ou bexiga hiperativa, secreção inadequada de hormônio antidiurético no período noturno e não acordar frente ao estímulo de bexiga cheia durante o sono, que podem sofrer influência ambientais, somáticas e psicossociais.
Existe tratamento para a enurese?
Para a melhora do transtorno, é necessária, principalmente, uma abordagem multidisciplinar para a criança. Excluir patologias que cursam com enurese é o mais importante, antes de iniciar qualquer tratamento.
A primeira atitude é realizar mudanças na rotina do pequeno, como diminuir a quantidade de líquido ingerido à noite e incentivar que a criança vá ao banheiro antes de dormir. Outra forma é criar um calendário das noites secas. O objetivo aqui é ressaltar os pontos positivos do tratamento e valorizar todos os esforços.
Do ponto de vista médico, os profissionais de saúde costumam optar também pelo uso do alarme, que é um sensor fixado no pijama que dispara um som quando em contato com os primeiros sinais de urina. A ideia é que a criança acorde com o barulho e com o tempo adquira o hábito de se levantar para urinar quando sentir a bexiga cheia.
O tratamento pode ainda ser complementado pelo uso de medicamentos com efeito antidiurético (diminuindo a produção de urina durante à noite) e/ou indicado para bexiga hiperativa. Em alguns casos, o acompanhamento psicológico (abordagem da autoestima) e fisioterapêutico (fortalecimento de assoalho pélvico e postura) podem ser necessários.
Mais informações sobre o xixi na cama acesse http://www.semxixinacama.com.br, que reúne informações sobre a enurese e tem o objetivo de orientar as famílias sobre como lidar com o xixi na cama sem traumas, alertando sobre a importância do diagnóstico correto e da busca por tratamento médico adequado. O visitante ainda tem acesso a uma lista com os centros de apoio mais próximos a sua região, perguntas e respostas sobre o tema, além de vídeos e um blog.
Assessoria de Imprensa
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