Sentir algum tipo de dor é algo que compromete muito a qualidade de vida de qualquer pessoa.
Entre as partes do corpo que mais sofrem com dores estão as articulações e os músculos, que geralmente são afetados por:
.Lesões
.Inflamações
E entre os vários tratamentos que prometem alívio para as dores musculares, está a terapia por ondas de choque (TOC).
Quer saber maiores informações sobre como funciona este tipo de prática terapêutica? Então leia a reportagem que preparamos para você.
Para entender melhor o que é a terapia por ondas de choque procuramos a opinião de um estudioso do tema: o ortopedista Fernando Jorge, especialista em Medicina Regenerativa (Orthoregen-BR/USA), em Intervenção em Dor (Hospital Albert Einstein) e em Medicina Intervencionista em Dor (Faculdade de Medicina da USP – Ribeirão Preto).
‘’ Essas terapias utilizam ondas acústicas de alta energia, aplicadas sobre áreas lesionadas do corpo, promovendo efeitos mecânicos e biológicos. São como pequenas ondas de som de alta intensidade aplicadas na região do corpo que está machucada ou dolorida. Elas estimulam a neoangiogênese (formação de novos vasos), melhoram o metabolismo celular local, modulam a inflamação e promovem analgesia por ação sobre terminações nervosas’’.
Essas ondas de som contribuem para a recuperação do organismo, ajudando a:
.Melhorar a circulação
.Diminuir inflamações
.Aliviar a dor
Existem 2 tipos básicos de ondas de choque.
“As ondas de choque focais atingem áreas mais profundas e precisas. Já as ondas radiais são mais superficiais e espalhadas’’, acrescenta o ortopedista.
As ondas focais são usadas para combater problemas como:
.Tendinopatias crônicas profundas
.Pseudoartroses
.Calcificações
As ondas radiais tem seu melhor uso no tratamento de:
.Tendinopatias mais superficiais
.Dores miofasciais e pontos-gatilho
Leia também:
https://marcioatalla.com.br/atividade-fisica/fitas-antidor/
Pesquisas científicas apontam que a terapia de onda de choque pode funcionar muito bem no tratamento de doenças como:
.Tendinites (ombro, cotovelo, tornozelo)
.Fascite plantar (dor na sola do pé)
.Esporão
.Epicondilites
.Calcificações nos tendões
.Ossos que demoram a se consolidar
.Dores musculares crônicas
‘’O tratamento tem várias vantagens, como o fato de não ser invasivo, não necessitar de anestesia, reduzir a necessidade de cirurgias, ajudar em casos crônicos onde outros tratamentos falharam e promover recuperação mais rápida’’, afirma o dr. Fernando Jorge.
A terapia é realizada em consultório, com aplicação de gel condutor sobre a pele e um aplicador direcionado à área lesionada.
‘’Pode haver desconforto ou leve incômodo, variando de leve a moderado, mas geralmente é bem tolerado. Normalmente, fazemos de 8 a 10 sessões, uma vez por semana ou a cada 15 dias, com importante melhora progressiva’’, comenta o especialista.
“Para a recuperação, as ondas causam microlesões controladas que estimulam o processo natural de cicatrização, aumentam a produção de fatores de crescimento, estimulam a formação de novos vasos sanguíneos e assim melhoram a circulação e aumentam a produção de substâncias que ajudam o tecido a se recuperar, além de bloquear receptores de dor inibindo substâncias inflamatórias e mediadores de dor”, fala o médico.
Veja ainda:
https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/dor-no-pe/
Existem algumas restrições para este tipo de tratamento. Entre as pessoas que não devem fazer a terapia por ondas de choque estão:
.Gestantes
.Pacientes em uso de anticoagulantes
.Pacientes com tumores na área tratada
.Pacientes com infecções locais
.Pacientes com arritmias graves não controladas, insuficiência cardíaca descompensada ou angina instável
.Quem possui próteses metálicas próximas da área de aplicação
E os cardíacos devem ficar atentos.
‘’ Estudos indicam ainda que a terapia por onda de choque pode ser segura em pacientes com doença cardíaca estável, mas a aplicação em áreas próximas ao tórax (como ombro em casos de tendinopatia) exige cautela para evitar interferência em dispositivos como marca-passos ou desfibriladores implantáveis, que são contraindicações relativas. A hipertensão não controlada (pressão arterial acima de 180/110 mmHg) pode aumentar o risco de eventos adversos, como hematomas ou tonturas, devido à vasodilatação local induzida pela TOC. A monitorização da pressão arterial antes do procedimento é recomendada’’, indica o ortopedista.
Crianças, adolescentes e idosos também precisam ter cautela.
’’A TOC é contraindicada em pacientes com placas de crescimento ósseo ativas (geralmente até 16-18 anos), pois as ondas podem interferir no desenvolvimento ósseo. Já nos idosos a TOC é segura, mas exige avaliação de comorbidades (como osteoporose grave ou uso de anticoagulantes) e ajuste de intensidade para minimizar riscos de hematomas ou fraturas’’, diz o dr. Fernando.
E o ortopedista finaliza com o seguinte e importante recado:
‘’Sempre recomendo que o procedimento seja realizado por profissionais capacitados. E apesar de todos os benefícios, as ondas de choque não substituem remédios e fisioterapia. É um tratamento complementar’’.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e do médico: Dr. Fernando Jorge/Ortopedista
Confira também:
Uso excessivo deste medicamento pode piorar a enxaqueca
Atividade física pode ser uma grande ajuda no tratamento do lipedema