Alerta foi dado pela Organização Mundial de Saúde
Como se não bastasse às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que são a dengue, zika e chicungunha, outra ameaça paira sobre nós: a febre amarela. Um surto da doença já matou 238 pessoas em Angola, África, e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há risco maior para países como o Brasil, onde ocorre à proliferação do mosquito, transmissor da doença.
A OMS alerta que áreas onde já ocorrem surtos de dengue, zika ou chicungunha são terrenos propícios para a febre amarela.
A febre amarela, em Angola, começou na capital, Luanda, em dezembro passado, se espalhando rapidamente. No início de fevereiro já havia 164 suspeitas da doença e 37 mortes registradas. Atualmente os infectados já somam milhares e há registro de centenas de mortes.
A China, Quênia e República Democrática do Congo já registram casos da doença. A OMS está preocupada que a febre amarela continue se disseminando. Tanto que declarou estado de emergência e está monitorando Angola junto com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), do Centro para Controle e Prevenção de Doenças e dos Médicos Sem Fronteiras. A febre amarela é uma doença hemorrágica viral aguda que é transmitida por mosquitos infectados. E, metade das pessoas gravemente afetadas, acabam morrendo por falta de tratamento.
Atualmente, no mundo, cerca de 130 mil casos de febre amarela são registrados por ano, sendo que 44 mil resultam em mortes. E 90% delas ocorrem na África.
A febre amarela se caracteriza por febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos. Os sintomas duram três dias. Uma forma grave e rara da doença costuma aparecer depois de um período de bem-estar de até dois dias, quando podem ocorrer insuficiência hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), hemorragia e extremo cansaço.
Não existe um tratamento específico para a febre amarela, mas existe vacina. No Brasil é encontrada em postos de saúde municipais ou estaduais e tem validade de 10 anos. Quem for viajar para algum país onde o vírus esteja presente deve se vacinar no mínimo 15 dias antes da viagem.
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