O câncer de testículo é um tipo raro, mas perigoso de tumor que afeta principalmente homens mais jovens.
Um dos principais riscos é a ausência de sintomas nas fases iniciais, o que pode prejudicar o diagnóstico e dificultar o tratamento.
Conscientização e informação são essenciais para combater a doença. Por isso, preparamos essa matéria para te deixar bem informado sobre como se precaver!
O câncer de testículo é, felizmente, bem raro, representando cerca de 1% dos tumores malignos que atingem os homens. Mas apesar disso é preciso ficar atento pois é o tipo de câncer mais comum entre homens jovens, na faixa entre 15 e 35 anos.
“Apesar das altas taxas de cura, seu impacto pode ser significativo, tornando fundamental a conscientização sobre a doença”, explica o oncologista Ramon Andrade de Mello, Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC) e com Pós-doutorado Clínico no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra).
E o oncologista acrescenta:
‘’Esse tipo de câncer se origina nas células germinativas dos testículos, que são responsáveis pela produção dos espermatozoides’’.
Entre os fatores de risco para surgimento do câncer de testículo estão:
.Histórico familiar
.Criptorquidia (quando os testículos não descem para o escroto durante o desenvolvimento fetal)
.Síndrome de Klinefelter (quando o homem nasce com um cromossomo X extra)
.Contato com substâncias químicas
.Exposição à radiação
‘’ Embora a presença desses fatores possa aumentar a probabilidade de ocorrência do câncer testicular, muitos casos surgem sem que haja qualquer predisposição evidente”, diz ainda o dr. Ramon.
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Um dos grandes perigos do câncer de testículo é que no estágio inicial podem não surgir sintomas, o que dificulta o diagnóstico precoce.
Mas quando a doença avança, é possível notar alguns sintomas, tais como:
.Aumento de volume dos testículos
.Nódulo indolor num dos testículos
.Sensação de peso na bolsa escrotal
.Desconforto na região abdominal ou na virilha
.Acúmulo de líquido no escroto
.Dor nos testículos
“Como esses sintomas podem ser confundidos com outras condições menos graves, muitos homens demoram a buscar avaliação médica, o que pode comprometer o diagnóstico precoce e as chances de cura”, comenta o médico.
Para diagnosticar o câncer de testículo são necessários vários exames:
.Clínicos
.Laboratoriais
.Físicos
.Ultrassonografia escrotal
“Além disso, exames de sangue são solicitados para medir os níveis de marcadores tumorais, como alfa-fetoproteína (AFP) e beta-hCG, que podem indicar a presença da doença. A confirmação definitiva do câncer, no entanto, ocorre somente após a remoção cirúrgica do testículo afetado (procedimento conhecido como orquiectomia), seguida de análise laboratorial do tecido”, afirma o especialista.
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Existe tratamento para o câncer de testículo, mas vai variar de acordo com o estágio no qual o tumor se encontra ao ser detectado.
“A cirurgia para remoção do testículo é a primeira abordagem terapêutica e, em muitos casos, é suficiente para a cura. No entanto, em situações mais avançadas ou quando há risco de disseminação da doença, podem ser necessárias terapias complementares, como a radioterapia, mais comumente utilizada em certos tipos específicos de tumores testiculares, e a quimioterapia, empregada quando há disseminação do câncer para outros órgãos”, indica o dr. Ramon Andrade de Mello.
Uma outra preocupação que esse tipo de tumor faz é colocar em risco a fertilidade masculina.
“A doença pode comprometer a produção de espermatozoides, e os tratamentos, especialmente a quimioterapia e a radioterapia, podem levar à infertilidade temporária ou até mesmo permanente. Por isso, antes de iniciar qualquer abordagem terapêutica, é recomendado que o paciente realize o congelamento de sêmen por meio da criopreservação, garantindo assim a possibilidade de ter filhos no futuro”, aponta o médico Rodrigo Rosa, ginecologista, obstetra, especialista em Reprodução Humana e diretor clínico da Mater Prime.
Já o dr. Ramon finaliza com um recado importante:
‘’A realização periódica do autoexame testicular pode auxiliar na detecção precoce de alterações suspeitas. Esse exame consiste em apalpar os testículos regularmente para identificar qualquer anormalidade, como nódulos ou alterações no tamanho e textura. Além disso, consultas médicas regulares com um urologista são essenciais para um acompanhamento adequado, pois o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura e reduz os impactos negativos da doença”.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e dos médicos:
Dr. Ramon Andrade de Mello/ Oncologista
Dr.Rodrigo Rosa/Especialista em Reprodução Humana
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