Você é daqueles que costuma utilizar compostos comprados em farmácias, lojas de produtos naturais ou esportivos, para suprir as necessidades de vitaminas e nutrientes do seu corpo? Caso sua resposta tenha sido positiva, saiba que isso é muito comum.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), a venda de suplementos vitamínicos no Brasil cresceu 12% em 2022, devendo chegar a um valor de R$3 bilhões neste ano.
O problema é que muitas vezes este consumo se faz sem qualquer acompanhamento de um profissional de saúde.
Para saber quando o uso de suplementos vitamínicos deixa de ser saudável e se torna um perigo, leia esta matéria até o final.
A Anvisa,a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, define que os suplementos alimentares são destinados às pessoas saudáveis, com a finalidade de oferecer nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos, em complemento à alimentação. Os suplementos alimentares não são medicamentos, mas sim uma categoria à parte.
Os suplementos podem ainda ser recomendados a todas as faixas etárias, em diferentes momentos da vida.
Mas é preciso tomar certos cuidados:
“A diferença entre o medicamento e o veneno, muitas vezes, é a dose. Remédios e suplementos precisam ser consumidos com orientação e acompanhamento. A máxima do evite a automedicação deveria ser levada mais a sério”, afirma a farmacêutica Paula Cavalcanti, pós-graduada pela FGV e IBMEC, com mestrado pela PUC-Rio e especialista em suplementação.
A realidade mundial do aumento da expectativa de vida também contribui para o crescimento do consumo destes produtos. Mas a busca por um estilo de vida mais saudável, pode ter efeito contrário, caso se torne um exagero:
“É menos sobre o medo de morrer e mais sobre a certeza de que há a possibilidade de viver além do que era esperado anos atrás. Em contraponto, existem aqueles que ficam excessivamente preocupados com isso, tornando-se neuróticos’’, comenta a psicóloga Daniela Faertes,especialista em terapia cognitiva e mudança de comportamentos prejudiciais, com cursos de especialização pela Unifesp, IPUB – UFRJ e Instituto Albert Einstein.
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O uso de suplementação vitamínica deve estar sempre ligado à manutenção do bom funcionamento das funções do corpo, levando em conta:
.Idade
.Saude do indivíduo
.Estilo de vida
.Alimentação
É uma ferramenta auxiliar da medicina preventiva, para ajudar a combater fatores aceleradores do envelhecimento, como o estresse e inflamações do corpo.
“Com o passar dos anos, mesmo mantendo exercícios regulares e consumindo alimentos de boa procedência, o corpo vai perdendo a capacidade de absorver alguns nutrientes, como vitaminas e minerais. É aí que a suplementação entra para garantir a qualidade de vida no processo de envelhecimento”, fala a farmacêutica Paula Cavalcanti.
Nutrientes como vitamina D, zinco e ômega 3, por exemplo, são benéficos à saúde, desde que sejam ingeridos após uma avaliação sobre a real necessidade de serem utilizados. O consumo sem recomendação, não ajuda em nada o organismo.
Existem profissionais de saúde que defendem que desde que a pessoa tenha uma boa alimentação, não é necessário o uso de nenhum suplemento. Isso é uma realidade ou não?
‘’Os suplementos alimentares são essenciais para quem tem uma alimentação pobre em fibras, e vitaminas, em legumes e verduras, que tem uma alimentação muito voltada para carboidrato ou vegetariano, que tem uma alimentação pobre em proteínas. Em condições onde a alimentação não supre a necessidade nutricional básica, de uma vitamina ou um mineral, também pode ser indicada e associada a doenças crônicas, por exemplo, que atrapalham a absorção de nutrientes, fazendo com que o suplemento melhore o quadro ou complemente uma carência nutricional causada pela doença, normalmente recomendado para todos mediante observação do que é mais recomendado. Por mais saudável que seja, o nosso organismo não consegue absorver os nutrientes do alimento de forma tão assertiva como no suplemento, que já oferece a dose específica’’, analisa Paula Cavalcanti.
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Existem nutrientes que em excesso são prejudiciais?
‘’Existem sim. O excesso de proteínas é um exemplo, que pode sobrecarregar os rins, assim como o excesso de substâncias ácidas, como a vitamina C, que pode provocar um desconforto da mucosa vaginal, além de diversos fitoquímicos que podem causar desequilíbrio da parte hepática, podendo sobrecarregar o fígado. Há muitos suplementos, como vitaminas do complexo B, que podem causar acne, por exemplo’’,diz a farmacêutica Paula.
Tomar comprimidos de vitamina C é uma prática muito popular. Quem faz uso dessa vitamina em excesso corre algum risco?
‘’O excesso de proteínas é um exemplo, que pode sobrecarregar os rins, assim como o excesso de substâncias ácidas, como a vitamina C, que podem provocar um desconforto da mucosa vaginal, além de diversos fitoquímicos que podem causar desequilíbrio da parte hepática, podendo sobrecarregar o fígado’’,acrescenta Paula..
Quem deve indicar o uso de algum suplemento?
‘’Os profissionais de saúde, de forma geral, são os que devem recomendar os suplementos, sempre acompanhados de exames clínicos e exames de sangue, podendo ser o médico, nutricionista ou o farmacêutico, cada um no limite de sua atribuição’’, conclui a farmacêutica.
Contamos com a colaboração da DATZ Comunicação e das profissionais:
Paula Cavalcanti/Farmacêutica
Daniela Faertes/Psicóloga
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