As altas temperaturas podem aumentar o risco de infarto e AVC
Verão no Brasil é época que rima com férias, lazer, descanso e também uma oportunidade para muita gente praticar esportes e exercícios físicos em praias e parques.
Mas é preciso ficar alerta com um dado que pouca gente se lembra: o calor dessa época do ano tão esperada pelos brasileiros, pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares como:
.Arritmias
.Hipertensão
.Infarto
.AVC
Para saber como curtir o verão com a saúde do coração em dia, siga lendo esta reportagem.
O alerta com o bom funcionamento e a saúde do coração deve ser redobrado no verão porque o calor típico dessa estação pode alterar a estrutura do sangue gerando o risco de dilatar os vasos sanguíneos.
‘’ Quanto maior a exposição a temperaturas elevadas, ou seja, quanto maior o estresse térmico, mais se aumenta, em teoria, esse risco. Isso ocorre porque o calor provoca uma tentativa do corpo de reequilibrar a sua temperatura por meio de uma série de respostas do organismo. Com o suor, que leva à perda de líquidos, a frequência cardíaca aumenta e o sangue se torna mais espesso. Tudo isso predispõe à formação de coágulos, devido ao aumento da pressão e da frequência cardíaca como resposta fisiológica ao estresse térmico. Isso pode desencadear mais arritmias e descompensar a insuficiência cardíaca’’, informa o cardiologista Angelo di Candia, Gestor de Cardiologia do Hospital & Clínica São Gonçalo.
Os principais sintomas de que o calor excessivo pode não estar fazendo bem ao coração, são:
.Batimento cardíaco acelerado
.Ansiedade
.Tontura
.Dor de cabeça
.Dores no peito que se estendem ao braço, às costas ou queixo
E os idosos, pessoas com doenças crônicas ou cardiovasculares devem redobrar a atenção no verão.
‘’ Em um coração que já apresenta isquemia, pode haver uma descompensação, aumentando o risco de infarto, angina e dores no peito. Assim, o calor aumenta o risco de doenças cardiovasculares de forma proporcional ao estresse térmico causado no indivíduo e, claro, ao grau da doença preexistente’’, acrescenta o médico.
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E quem gosta de aproveitar essa época do ano para iniciar ou intensificar a prática de exercícios físicos, deve tomar algumas precauções extras.
‘’É preciso evitar atividade física quando o calor estiver mais intenso. A partir das 10h da manhã, ou até mais cedo dependendo da área do país, principalmente se for uma atividade ao ar livre e com exposição direta ao sol. Esse cuidado deve ser mantido até o meio da tarde, por volta das 15h ou 16h, dependendo da região e das condições climáticas do dia’’, fala o especialista.
E prossegue o dr. Angelo:
‘’ Outra questão importante é a umidade do ar, que pode dificultar a eliminação do calor pelo suor. Em locais muito úmidos, a troca de calor com o ambiente é prejudicada, aumentando a frequência cardíaca e o trabalho do coração. Assim, tanto a temperatura quanto a umidade do ar devem ser consideradas’’.
E realizar exercícios em academias com ar-condicionado, é recomendado?
‘’Sem dúvida, praticar atividade física em um ambiente com temperatura controlada é muito melhor e previne complicações relacionadas ao estresse térmico, em comparação com um ambiente de calor excessivo. Assim, ao se exercitar em um local com temperatura controlada, você reduz os riscos de aumento da frequência cardíaca, pressão arterial elevada, desidratação, alterações nos eletrólitos, e, consequentemente, o risco de arritmia, infarto e descompensação de doenças cardíacas’’, afirma o cardiologista.
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Uma questão fundamental no verão é beber bastante líquido, pois a desidratação pode alterar a pressão arterial e afetar o funcionamento do coração.
‘’A quantidade de água ingerida deve ser sempre um pouco maior do que o habitual em dias de calor extremo. É fundamental se hidratar mais durante esses períodos, mesmo que não haja prática de atividade física, para compensar a perda constante de líquidos pelo suor e manter a
temperatura corporal equilibrada’’, diz o médico.
E a hidratação deve ser um cuidado ainda maior para quem resolver praticar alguma atividade desportiva no calor.
‘’Caso estiver praticando atividade física, a hidratação se torna ainda mais crucial para minimizar os efeitos do estresse térmico. Em pacientes com insuficiência cardíaca avançada ou com outras doenças cardíacas graves, a reposição hídrica deve ser feita com parcimônia, sob orientação médica. Para esses pacientes, além da hidratação, é importante repor eletrólitos e manter uma alimentação balanceada, com frutas, saladas e, ocasionalmente, isotônicos para evitar riscos de arritmia’’.
Bebidas isotônicas ajudam a reequilibrar a perda de eletrólitos e sais minerais como:
.Potássio
.Sódio
.Magnésio
E lembrando que além dos isotônicos industrializados encontrados no mercado, existe um isotônico natural abundante no Brasil que é a água de coco.
E caso alguém se sinta mal ao fazer algum esforço num dia de altas temperaturas, qual o procedimento?
‘’Qualquer sintoma como dores no peito, palpitação no coração ou coração acelerado, uma sensação de cansaço desproporcional para o esforço, fadiga, falta de ar, principalmente se for recorrente e se isso aparecer com baixa carga de esforço é fundamental nesses casos, o paciente parar o exercício e procurar o auxílio médico’’, conclui o dr. Angelo.
Contamos com a colaboração da Med.Co Assessoria e do médico:Dr.Angelo di Candia/Cardiologista
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