Saiba porque um problema de adultos agora também afeta as crianças
‘’Homem, branco e de meia idade’’. Há mais ou menos 30 anos este era o perfil mais comum do paciente que era diagnosticado no consultório de um urologista com pedras nos rins.
Mas de uns anos para cá este perfil vem mudando radicalmente. Cada vez mais crianças e adolescentes tem procurado atendimento urológico por apresentarem pedras nos rins.
Entre os fatores que vem contribuindo para esta alteração estão:
.Alimentação
.Medicação
.Mudanças climáticas
Quer saber mais? Então leia este texto até o final!
Os cálculos renais, popularmente conhecidos como pedras nos rins, são na verdade uma disfunção metabólica, também conhecida como nefrolitíase, que acontece quando minerais como cálcio, fósforo e oxalato se acumulam na urina, formando cristais rígidos, de cor amarelada.
Em relação ao tamanho, as pedras podem ser:
.Pequenas (como um grão de areia)
.Grandes (quase como uma bola de golfe)
“O cálculo renal não causa dor enquanto está nos rins. Mas essas pedras, que são depósitos duros de minerais e sais, podem se deslocar. Algumas pedras saem do trato urinário sem problemas, mas outras podem ficar presas, bloqueando o fluxo de urina e causando dor intensa e sangramento. É a cólica renal, um quadro de dor lombar intensa, de início súbito, com irradiação para a região lateral do abdome e frequentemente para a região genital. A dor pode ser tão forte que chega a causar náuseas e vômitos. Muitas vezes vem acompanhada de sangue na urina por lesão da via urinária provocada pela pedra”, esclarece a nefrologista Caroline Reigada, especialista em Nefrologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Nos adultos as pedras nos rins geralmente tem como causas:
.Obesidade
.Hipertensão
.Diabetes
.Síndrome metabólica
“Em crianças, nem sempre esse é o caso. Eles são saudáveis e simplesmente chegam com sua primeira pedra nos rins por razões obscuras”, argumenta a médica nefrologista.
Pedras nos rins não são comuns em crianças, embora já haja casos de crianças a partir de 5 anos de idade com o problema.
A maioria das pesquisas sobre cálculos renais se concentra na observação de adultos, mas existe uma estimativa que vem de um estudo de 2016 conduzido com 153.000 adultos e crianças na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, publicado no Clinical Journal of the American Society of Nephrology, ((https://journals.lww.com/cjasn/Fulltext/2016/03000/Annual_Incidence_of_Nephrolithiasis_among_Children.16.aspx)) e que mostrou:
.De 1997 a 2012 o índice de casos de cálculo renal cresceu 16% na faixa etária entre 15 19 anos
.A taxa de pedras nos rins entre esses jovens foi 52% maior entre meninas e mulheres
.A doença passou a atingir de forma mais comum os homens a partir dos 25 anos
Um outro estudo veiculado no The Journal of Urology ((https://www.auajournals.org/doi/abs/10.1016/j.juro.2012.03.021)) revelou que a incidência de cálculos renais entre crianças e adolescentes dos 12 aos 17 anos aumentou 6% de 1984 a 2008.
Veja também:
https://marcioatalla.com.br/nutricao/pedra-nos-rins-veja-como-evitar/
Esta mudança de perfil etário tem ocorrido principalmente por 3 fatores, como explica a nefrologista Caroline Reigada.
‘’Estima-se que o aumento da incidência do problema em crianças e adolescentes esteja ligado à dieta rica em alimentos ultraprocessados, ao aumento do uso de antibióticos no início da vida e às mudanças climáticas causando mais casos de desidratação”.
As crianças e adolescentes hoje em dia cada vez mais tem uma dieta rica em sódio e alimentos embutidos, como:
.Batatas fritas
.Fast-food
.Bebidas açucaradas
.Queijos amarelos
.Salgadinhos
.Maionese
.Patês
,Margarina e manteiga com sal
.Requeijão comum ou light
.Sopas e macarrão instantâneos
.Temperos e molhos prontos
.Enlatados
.Conservas
“Esta dieta de padrão ocidental é um verdadeiro perigo para os rins”, alerta a dra. Caroline.
Esta mudança de perfil etário tem ocorrido principalmente por 3 fatores, como explica a nefrologista Caroline Reigada.
‘’Estima-se que o aumento da incidência do problema em crianças e adolescentes esteja ligado à dieta rica em alimentos ultraprocessados, ao aumento do uso de antibióticos no início da vida e às mudanças climáticas causando mais casos de desidratação”.
As crianças e adolescentes hoje em dia cada vez mais tem uma dieta rica em sódio e alimentos embutidos, como:
.Batatas fritas
.Fast-food
.Bebidas açucaradas
.Queijos amarelos
.Salgadinhos
.Maionese
.Patês
,Margarina e manteiga com sal
.Requeijão comum ou light
.Sopas e macarrão instantâneos
.Temperos e molhos prontos
.Enlatados
.Conservas
“Esta dieta de padrão ocidental é um verdadeiro perigo para os rins”, alerta a dra. Caroline.
Entre os principais sintomas do cálculo renal estão:
.Dores agudas nas costas
.Dores no abdome inferior
.Dores na virilha
.Sangue rosa, marrom ou vermelho na urina
.Aumento da vontade de urinar
.Urina turva
Pais e mães devem ficar atentos, pois às vezes as crianças com pedras nos rins não apresentam nenhum sintoma clássico. Nos pequenos, é importante ficar atento a sintomas como:
.Irritabilidade
.Dores no estômago
Para prevenir os cálculos renais é importante se certificar que a criança está bebendo água, principalmente nos meses mais quentes de verão.
“Não tem certeza se a criança está bebendo o suficiente? Verifique se urina dela está com uma cor mais clara. E se for mais escura, hidrate mais. Dê preferência à água e aos sucos naturais no lugar de sucos artificiais ou refrigerantes. Use pouco sal no preparo dos alimentos e evite os que já são salgados. Opte por temperos naturais para dar sabor à comida, como alho, cebola, salsinha, cebolinha, coentro, limão ou outros de sua preferência e evite embutidos”, sugere a médica.
E a dra. Caroline Reigada conclui com um alerta sobre a importância do consumo de leite e derivados e o cuidado com suplementos alimentares.
“O corpo humano necessita de uma ingestão diária de 1g de cálcio. Cada copo de leite de 200 ml tem aproximadamente 200 mg de cálcio. Então, para suprir a necessidade diária, são necessários 5 copos de leite por dia. Você pode substituir o leite por derivados como queijo branco com pouco sal, ricota, iogurtes e coalhadas. Também é necessário evitar tomar suplementos vitamínicos sem a orientação de um médico. O excesso de algumas vitaminas, como a C e a D, pode levar a formação de cálculos. Portanto, não use sem a orientação de um médico. E consulte sempre um nefrologista para investigar problemas renais”.
Entre os principais sintomas do cálculo renal estão:
.Dores agudas nas costas
.Dores no abdome inferior
.Dores na virilha
.Sangue rosa, marrom ou vermelho na urina
.Aumento da vontade de urinar
.Urina turva
Pais e mães devem ficar atentos, pois às vezes as crianças com pedras nos rins não apresentam nenhum sintoma clássico. Nos pequenos, é importante ficar atento a sintomas como:
.Irritabilidade
.Dores no estômago
Para prevenir os cálculos renais é importante se certificar que a criança está bebendo água, principalmente nos meses mais quentes de verão.
“Não tem certeza se a criança está bebendo o suficiente? Verifique se urina dela está com uma cor mais clara. E se for mais escura, hidrate mais. Dê preferência à água e aos sucos naturais no lugar de sucos artificiais ou refrigerantes. Use pouco sal no preparo dos alimentos e evite os que já são salgados. Opte por temperos naturais para dar sabor à comida, como alho, cebola, salsinha, cebolinha, coentro, limão ou outros de sua preferência e evite embutidos”, sugere a médica.
E a dra. Caroline Reigada conclui com um alerta sobre a importância do consumo de leite e derivados e o cuidado com suplementos alimentares.
“O corpo humano necessita de uma ingestão diária de 1g de cálcio. Cada copo de leite de 200 ml tem aproximadamente 200 mg de cálcio. Então, para suprir a necessidade diária, são necessários 5 copos de leite por dia. Você pode substituir o leite por derivados como queijo branco com pouco sal, ricota, iogurtes e coalhadas. Também é necessário evitar tomar suplementos vitamínicos sem a orientação de um médico. O excesso de algumas vitaminas, como a C e a D, pode levar a formação de cálculos. Portanto, não use sem a orientação de um médico. E consulte sempre um nefrologista para investigar problemas renais”.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e da médica: Dra. Caroline Reigada/Nefrologista
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