O Fevereiro Laranja alerta para a importância do diagnóstico precoce
A leucemia é um tipo de câncer que já se tornou um grave problema de saúde. Segundo dados da Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, cerca de 11 mil novos casos devem surgir no país até 2025. E grande parte, infelizmente, termina em morte dos pacientes. Em 2019, por exemplo, ocorreram 7.370 mortes por leucemia no Brasil
Por isso todo ano ocorre a campanha Fevereiro Laranja, uma iniciativa de extrema importância do Instituto Nacional do Câncer (INCA), com o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos da leucemia e também informar sobre seus sintomas.
Para saber mais como enfrentar essa terrível doença, siga lendo este texto até o final.
Antes é preciso esclarecer o que é a leucemia. Quem nos ajuda a entender melhor é o hematologista Breno Gusmão, formado pela Universidade Complutense de Madrid e integrante da equipe da Beneficência Portuguesa (SP) e do Comitê Médico Científico da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale):
‘’A leucemia é um tipo de câncer do sangue que tem início na medula óssea, quando os glóbulos brancos, por conta de uma mutação (ou mutações) passam a se proliferar de maneira descontrolada e não desempenham mais seu papel de proteção do organismo, impedindo as demais células de serem produzidas de forma adequada’’.
E prossegue o médico:
‘’É muito importante dizer que a leucemia não é uma doença única. O correto mesmo é dizermos leucemias, no plural. Elas podem ser divididas em agudas, quando sua evolução é mais rápida por células imaturas doentes na medula óssea, ou crônicas, com uma evolução mais lenta por células maduras’’.
As células doentes podem ser ainda do tipo mieloide ou linfoide.
Desta forma, existem 4 principais grupos de leucemias:
.Leucemia linfocítica aguda
.Leucemia mieloide aguda
.Leucemia linfocítica crônica
.Leucemia mieloide crônica
‘’Cada uma delas tem características próprias e os tratamentos também serão individualizados’’, comenta o hematologista.
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É preciso ficar alerta aos sintomas da leucemia. Os principais, são:
.Sangramentos espontâneos
.Hematomas
.Cansaço extremo
.Dor nos ossos e articulações
.Perda de peso sem motivo
.Febre constante
.Aumento do baço
‘’Tudo isso decorrente de que as células doentes não desempenham mais seu papel de proteção do organismo, impedindo que as demais células sejam produzidas de forma adequada’’, explica o dr.Breno.
Existe alguma faixa etária mais propensa a desenvolver a doença?
‘’As leucemias podem acontecer em qualquer momento da vida. Mas é possível afirmar que, por exemplo, a leucemia linfocítica aguda (LLA) tem maior incidência em crianças e adolescentes. Inclusive, a leucemia é o tipo de câncer mais comum entre as crianças, quando comparada com as demais neoplasias. Já a leucemia linfocítica crônica (LLC) acontece prioritariamente em pessoas adultas, com mais de 50 anos’’, afirma o especialista.
E apesar de muita desinformação sobre a doença, uma boa notícia: a leucemia não é hereditária.
É recomendado fazer um check-up anual, especialmente o exame de sangue (hemograma), que pode indicar alguma alteração nas células do sangue. E ao notar qualquer sintoma, procure atendimento médico.
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Existem muitos tratamentos para a doença e cada tipo de leucemia pode exigir um tipo mais indicado. Mas em geral, os tratamentos utilizados hoje pela medicina são:
.Quimioterapia
.Terapia alvo (drogas que atacam especificamente as células cancerosas)
.Imunoterapia
.Transplante de medula óssea com doador (parente ou não)
‘’As leucemias agudas, por exemplo, são um caso de urgência médica. O paciente costuma apresentar muitos sintomas, já que seu desenvolvimento é bastante rápido. Assim que os exames apontam a presença da doença, o tratamento deve ser iniciado rapidamente. Com os avanços da ciência, os resultados têm sido cada vez melhores, porém trata-se de uma doença grave e que pode, sim, ser fatal em alguns casos’’, alerta o dr. Breno Gusmão.
E conclui o hematologista:
‘’O diagnóstico precoce das leucemias é sempre fundamental para que o paciente tenha melhores respostas clínicas. As leucemias têm tratamento, mas os melhores resultados vão depender também das ações no pré-diagnóstico’’.
Contamos com a colaboração da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e do médico: Dr. Breno Gusmão/Hematologista
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