Saiba as principais causas de infartos em jovens e veja como hábitos simples podem ser eficazes na prevenção de um infarto fulminante.
No início de 2022 um caso chocou o país: a morte da campeã brasileira de muay thai Monique Janaína Piske de apenas 32 anos, vítima de um infarto. Muitas vezes associado apenas às pessoas de idade mais madura, o ataque cardíaco também pode atingir os jovens e tem uma característica: geralmente é fulminante! Saiba neste artigo como se precaver do risco do infarto em jovens.
As causas e sintomas de infarto fulminante em jovens
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, mais de 73 mil pessoas morreram em 2021 no Brasil vítimas de infarto agudo do miocárdio. E, de acordo com informações do Ministério da Saúde, o número de casos entre os mais jovens vem crescendo a cada ano. A situação piora quando se percebe que muito pouca gente sabe identificar os sintomas de um ataque cardíaco.
Leia mais sobre os sintomas em: https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/o-coracao-e-os-sintomas-do-infarto/
O infarto fulminante, também chamado de morte súbita, é fatal na maioria dos casos entre os mais jovens, matando na primeira hora em que ocorre o ataque cardíaco. Geralmente o pico ocorre de 30 a 40 minutos após o início dos sintomas e a pessoa chega a tentar ir a um hospital, mas invariavelmente acaba morrendo ao chegar ou mesmo no caminho.
Mas porque este problema é tão mortal nessa faixa etária? Acontece que a medida que o ser humano vai envelhecendo, a gordura tende a se acumular nos vasos sanguíneos. Como uma espécie de defesa, o próprio organismo vai desenvolvendo um novo conjunto de vasos para que o sangue possa circular pelas artérias. A esse caminho alternativo, a medicina denomina de circulação colateral.
A circulação colateral geralmente é muito pouco desenvolvida, e praticamente não existe em indivíduos com menos de 40 anos de idade. Então, quando ocorre um infarto em uma pessoa mais jovem, o sangue não tem por onde escoar devido ao entupimento da artéria e aí a morte ocorre em pouquíssimo tempo.
Toda essa situação é meio assustadora, mas a vantagem da juventude, no caso, é que se a pessoa sobrevive, geralmente a resposta ao tratamento é mais positiva, pois os órgãos ,principalmente rins e pulmões, estão em melhores condições, sem os desgastes clássicos provocados pelo processos de envelhecimento.
Fique atento!
Os sintomas do infarto em jovens tem algumas características diferentes dos sintomas clássicos que são observados nos mais velhos. Nos jovens geralmente o infarto se manifesta com:
A principal diferença é que, no jovem, a tendência é que todos estes sintomas ocorram em conjunto. Nos mais idosos, geralmente somente um ou outro sintoma aparece.
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Como prevenir um infarto?
Uma das principais recomendações é a pessoa levar uma vida mais saudável, com hábitos como: praticar atividade física, alimentação balanceada, diminuir o consumo de sal, não consumir alimentos processados, reduzir o álcool, abandonar o tabagismo e combater o estresse.
Medidas simples como trocar a escada rolante ou o elevador pela escada, quando possível. Trocar o carro pela bicicleta ou mesmo caminhar até os locais onde se tem um compromisso, são opções que forçam a redução do sedentarismo no dia a dia.
Descubra se você é uma pessoa sedentária: https://marcioatalla.com.br/atividade-fisica/o-que-e-uma-pessoa-sedentaria/
Além da morte da campeã Monique, sempre vem a lembrança de outro caso de grande repercussão: o do jogador de futebol Serginho, do São Caetano, morto também por um infarto fulminante dentro de campo, durante uma partida do campeonato brasileiro de 2004, aos 30 anos de idade.
Relembrando essas ocorrências, fica sempre a pergunta: eram jovens, atletas, com uma vida provavelmente saudável e caíram pela morte súbita. Como se precaver então?
É claro que, além dos hábitos mais saudáveis, o acompanhamento médico também é importante e necessário. Até porque existem certas anomalias no coração, que podem vitimar pessoas jovens e com histórico de esportista.
Existem as chamadas ‘’ doenças silenciosas’’ que são causadas por mudanças genéticas ou congênitas, que não apresentam qualquer tipo de sintoma, indicando o risco de um infarto para aquela pessoa.
Por isso é fundamental ao menos uma visita anual ao cardiologista de confiança, para um check up que evite sustos ou até algo mais grave. O ideal é que a partir dos 35 anos, se pratique esta visita ao médico especialista do coração todo ano. Caso a pessoa tenha algum sintoma ou tenha histórico familiar, essa prescrição pode ser antecipada para pessoas com menos idade ainda.
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