Estudo encontra peptídeo que favorece o ganho de peso
Uma nova esperança para o combate a obesidade pode estar em um hormônio. É o que aponta um recente estudo realizado pela Universidade de Kenrucky, Estados Unidos. A pesquisa apontou que o hormônio neurotensina está diretamente ligado à absorção de gorduras no intestino através de testes realizados com camundongos. Tal descoberta pode servir com um sinalizador biológico para prever o desenvolvimento da obesidade em crianças e adolescentes e ajudar nos tratamentos de redução de peso.
O estudo apontou que pessoas com altos níveis de neurotensina possuem duas vezes mais chance de se tornarem obesas. A partir dessa descoberta pode vir a ser possível desenvolver remédios que bloqueiem o hormônio, como também identificar as pessoas que possuem altos níveis de neurotensina, levando-as a uma modificação no estilo de vida.
Para a pesquisa foram criados camundongos geneticamente deficientes em neurotensina, que foram submetidos a uma dieta rica em gorduras pelo período de seis meses. Em comparação com o grupo de controle, os camundongos modificados, tanto machos como fêmeas, ganharam menos massa corporal. E a resistência à insulina relacionada à obesidade, precursora do diabetes tipo 2, também foi diminuída, com menores índices de glicemia. Os roedores sem neurotensina também acumularam menos colesterol e gordura no fígado.
O oposto foi realizado com drosófilas. As moscas foram alteradas geneticamente para produzirem neurotensina, acumulando mais gordura corporal que o normal. Embora o estudo não pode ser realizado em humanos, uma análise dos dados de um estudo realizado sobre o câncer em que participaram 28.449 pessoas, identificou que obesos resistentes à insulina possuem níveis elevados de pro-NT, um hormônio precursor da neurotensina, aumentando em praticamente o dobro o risco de desenvolvimento da obesidade.
A neurotensina é um hormônio natural, que absorve gordura pelo intestino e age no sistema nervoso central, influenciando a forma como nos movimentamos e lidamos com a dor e estresse. Serão necessários mais estudos para entender a ligação entre esse hormônio e a obesidade.
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