A enxaqueca é um problema terrível. Quem sofre de forma constante com crises de dor de cabeça, relata um sofrimento quase insuportável, com dores por quase toda a região da cabeça, que chega a latejar.
Mas além do incômodo violento, a dor de cabeça é ainda uma das maiores causas de incapacidade de se dedicar a uma atividade profissional e também de faltas ao trabalho.
Segundo um estudo científico europeu, a enxaqueca causa 3 tipos de distúrbios frequentes que afetam a capacidade de trabalhar:
.Perda de memória
.Redução da agilidade nas decisões
.Impossibilidade de realizar tarefas mais pesadas
Mas existem vários tratamentos para se combater este problema crônico, entre eles a cirurgia de enxaqueca.
Quer saber mais? Então não tenha dor de cabeça e siga lendo esta reportagem.
Mas afinal de contas, qual a definição de enxaqueca? Quem nos esclarece é o cirurgião plástico Paolo Rubez, integrante da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS), mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP e especialista em cirurgia de enxaqueca:
‘’Enxaqueca, ou migrânea, é um dos tipos mais comuns de cefaléia, a dor de cabeça. Ela apresenta algumas características típicas utilizadas para diferenciá-la dos outros tipos de dor de cabeça’’.
Entre estas características, estão:
.Dor unilateral ,forte e com palpitações
.Nâuseas
.Vômitos
.Sensibilidade à luz (fotofobia)
.Sensibilidade ao som (fonofobia)
.Dores que duram de 4 a 72 horas
Uma dúvida que sempre aparece para as pessoas é sobre se existe diferença entre enxaqueca, cefaléia e dor de cabeça?
‘’Cefaléia é o termo científico para dor de cabeça. Existem dezenas de tipos diferentes de cefaléias’’, diz o cirurgião plástico.
Ele esclarece também se existe um grupo mais sensível ao problema:
‘’ Mulheres são mais afetadas que os homens, numa proporção de 3 por 1, aproximadamente. Além disto, a enxaqueca afeta mais frequentemente a faixa etária de 18 a 45 anos, mas podendo acometer desde crianças até idosos’’.
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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca ((https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0169814121001682?via%3Dihub)),revelou especificamente a relação entre a enxaqueca e a diminuição da capacidade de quem sofre com a doença, de trabalhar em condições adequadas.
“O estudo mostrou que a enxaqueca frequente reduz a capacidade de trabalho em particularmente 3 áreas: a capacidade de lembrar, tomar decisões rápidas e fazer trabalho físico árduo”, comenta o médico Paolo Rubez.
O estudo foi feito com cerca de 5 mil dinamarqueses que atuavam em várias modalidades profissionais e que responderam perguntas sobre sua própria saúde pessoal, dores musculares e nas articulações e possíveis sintomas de depressão.
A pesquisa revelou que a enxaqueca foi a principal causa de falta ao trabalho por licença médica e de redução da produtividade no ambiente profissional. O estudo também apontou uma questão de desigualdade: enquanto profissionais com curso superior ou da área acadêmica tem maior facilidade para se liberarem do trabalho por crises de dor de cabeça, o mesmo não ocorre com trabalhadores mais operacionais, como por exemplo funcionários do setor de limpeza, que não tem essa condição.
Outro dado interessante que a pesquisa mostra, é que a redução da possibilidade de trabalhar ocorreu tanto com os pacientes que não tomavam analgésico, quanto com aqueles que tomavam analgésicos contra a enxaqueca.
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Muitas pessoas com enxaqueca acabam apelando para a automedicação, mas isso não é o procedimento correto, como enfatiza o dr. Paolo Rubez:
‘’O tratamento da enxaqueca ou qualquer outro tipo de cefaléia deve ser feito sob orientação e acompanhamento médico. Devem ser descartados outros motivos para as dores, como por exemplo tumores. Além disto, quando não tratadas ou se mal tratadas, dores eventuais podem se tornar mais frequentes e crônicas, fazendo com que o controle do quadro se torne mais difícil. Estes pacientes, caso não consigam um bom controle com as medicações, podem ser candidatos à cirurgia de enxaqueca para tratar os nervos superficiais que causam as dores’’.
Inclusive um estudo da Harvard Medical School, publicado no Plastic and Reconstructive Surgery ((https://journals.lww.com/prsgo/Fulltext/2021/06000/Trigger_Site_Deactivation_Surgery_for_Headaches_is.24.aspx)) , indicou que a cirurgia de enxaqueca está associada à diminuição dos sintomas de dor de cabeça e também a uma redução da necessidade de uso de remédios contra o problema.
Aqui no Brasil, a comerciante Simone Lazareti, de 46 anos, foi uma das pacientes que optou pela cirurgia, depois de passar por vários anos sofrendo com a enxaqueca.
‘’ Comecei a sentir fortes dores de cabeça aos 14 anos, com crises mensais que progrediram para semanais e nos últimos 5 anos, dores diárias lancinantes e incessantes, dificultando a levar uma vida normal, impossibilitando qualquer tipo de atividade, seja ela, trabalho, estudo ou vida social’’, diz Simone.
E a comerciante acrescenta que antes da cirurgia de enxaqueca, tentou vários tipos de tratamento, sem sucesso:
‘’Tomei diversos tipos de medicamentos, antidepressivos, anticonvulsivos e até canabidiol, inúmeros remédios com ou sem receita, indicados por neurologistas. Todos eram paliativos ou tinham efeitos colaterais graves. A cirurgia foi feita em dezembro de 2022. Depois do processo de recuperação cirúrgica as dores se extinguiram por completo. Como costumo dizer, antes eu só estava viva, hoje eu vivo, faço de tudo, como de tudo, não tenho mais limitações ou regras’’.
E o médico Paolo Rubez conclui:
“Vários estudos dão respaldo à cirurgia que, quando não cessa a dor em definitivo, é responsável por diminuir o uso de remédios e melhorar a intensidade da dor, o que reflete na melhora da qualidade de vida do paciente, também em âmbito profissional”.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e do médico: Dr. Paolo Rubez/ Cirurgião Plástico
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