Nutrição adequada é fundamental para aumentar as chances de fertilização, podendo ser alcançada através de alimentação balanceada ou, em alguns casos, suplementação alimentar com fórmulas manipuladas especificamente para cada paciente.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 80 milhões de mulheres enfrentam dificuldades para engravidar. Essas mulheres são conhecidas como tentantes, ou seja, a mulher que decidiu engravidar e está constantemente tentando. Porém, o que poucas destas tentantes sabem é que um dos fatores fundamentais para atingir essa conquista é a alimentação balanceada, visto que o que ingerimos afeta diretamente o funcionamento de nosso organismo. “O processo de fertilidade está relacionado a capacidade do organismo de melhorar a qualidade das células reprodutivas, tornando-as capazes de gerar uma nova vida. Logo, neste período a demanda de nutrientes é elevada para que o embrião seja capaz de se desenvolver completamente. Além disso, um padrão alimentar inadequado pode causar desequilíbrios orgânicos de origem alimentar que podem dificultar ainda mais que uma gestação ocorra naturalmente”, explica a nutricionista Juliana Oliveira. Sendo assim, é fundamental que a mãe tentante se preocupe em nutrir as células reprodutivas e corrigir as disfunções hormonais através de uma alimentação adequada, que garantirá os nutrientes necessários para a concepção.
Segundo a especialista, a alimentação balanceada é fundamental, pois ajuda a estimular os hormônios envolvidos na fertilização e contribui para a produção e liberação dos óvulos viáveis. Dessa forma, é importante que a mulher que pretende engravidar procure um nutricionista de 2 a 3 meses antes, pois ele poderá elaborar um plano alimentar capaz de ofertar nutrientes em quantidades adequadas, visando melhorar a qualidade do óvulo e prevenir a formação de radicais livres, que podem causar a mal formação dessa unidade. “No plano alimentar de mulheres que desejam engravidar alimentos ricos em nutrientes como ácido fólico, ferro, zinco, selênio, Vitamina B6, Vitamina E, Vitamina A, Vitamina C, entre diversos outros, são fundamentais, pois estes atuam diretamente no sistema reprodutor feminino”, ressalta. “Existem também alguns alimentos que devem ser evitados no período pré-concepção, pois podem diminuir a fertilidade. Um destes alimentos é o café, que, a cada xícara consumida (100mg de cafeína/dia), aumenta em 7% o risco de perda do embrião. Daí a importância do acompanhamento nutricional, já que o nutricionista poderá oferecer todas estas recomendações adaptadas para cada paciente.”
Porém, em casos onde apenas a alimentação não é capaz de suprir toda a demanda de nutrientes, o nutricionista poderá também, com o objetivo de aumentar a fertilidade, prescrever suplementos específicos para cada caso, que podem ser formulados em farmácias de manipulação como a Pharmapele, que é especializada em manipular associações individualizadas de vitaminas, minerais e outros nutrientes necessários para otimizar o sucesso da gravidez e promover uma gestação saudável. “Alguns suplementos podem contribuir de forma muito eficaz para aumentar a fertilidade, como a Vitamina D, um pré-hormônio de participação ativa na formação dos hormônios sexuais, pois influência a síntese de estrogênio, cuja concentração inadequada está relacionada com problemas de infertilidade”, destaca Luisa Saldanha, farmacêutica e diretora técnica da Pharmapele.
De acordo com Luisa, a Coenzima Q10 é outro nutriente de extrema importância para as mamães tentantes, visto que é um antioxidante natural produzido pelo nosso organismo que pode neutralizar os efeitos do envelhecimento no desenvolvimento dos folículos ovarianos, além de contribuir com o funcionamento mitocondrial, aumentando a probabilidade de gerar óvulos normais e fornecendo energia para a fertilização. “E a alimentação balanceada e a suplementação devem continuar mesmo após a concepção bem-sucedida, pois, alguns nutrientes são fundamentais para o crescimento saudável do feto. O uso de metilfolato, por exemplo, é fundamental antes da concepção e no primeiro trimestre de gravidez, pois ajuda na regulação do crescimento e desenvolvimento do embrião, principalmente de seu sistema nervoso, já que está envolvido na síntese de neurotransmissores”, completa.
Porém, a nutricionista Juliana Oliveira faz questão de lembrar que a alimentação adequada é um dos principais pilares para as mulheres que desejam engravidar, sendo que a quantidade de nutrientes varia de pessoa para pessoa, de acordo com as necessidades individuais de cada futura mamãe. Por isso, a suplementação só deve ser adotada após consulta com um profissional especializado, que realizará um acompanhamento nutricional personalizado, indicando os melhores suplementos para cada caso.
FONTE:
Juliana Oliveira: nutricionista esportiva, funcional e estética.
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