Estudo mostra que ver TV demais quando criança pode levar à síndrome metabólica
Quando o aparelho de televisão começou a se tornar comum no Brasil, ele foi apelidado de ‘’babá eletrônica’’, pois deixar os filhos em frente à TV vendo seus desenhos e programas infantis, era uma forma dos pais entreterem as crianças, deixando os adultos livres para outras tarefas.
Hoje em dia nesse mundo ‘’multitelas’’, as crianças têm acesso aos programas de TV não só nos televisores, mas também nos celulares, notebooks, tablets e afins.
Mas os pais devem ficar alertas: uma pesquisa científica mostra que ficar muito tempo vendo TV pode fazer com que as crianças desenvolvam na vida adulta a síndrome metabólica, que pode gerar doenças como:
.Diabetes
.Hipertensão
.Obesidade
.Colesterol alto
Para saber como ajudar as crianças a não sofrerem este risco, siga lendo esta reportagem.
A pesquisa foi feita por cientistas da Universidade de Otago na Nova Zelândia, que analisaram dados de 879 pessoas e publicaram o resultado na revista Pediatrics ((https://publications.aap.org/pediatrics/article/152/2/e2022060768/192843/Childhood-and-Adolescent-Television-Viewing-and?autologincheck=redirected)).
“Os pesquisadores descobriram que aqueles que assistiram mais televisão entre as idades de 5 e 15 anos eram mais propensos a ter essas condições aos 45 anos, mostrando que há riscos a longo prazo quando as crianças adquirem o comportamento sedentário”, explica a endocrinologista Deborah Beranger, pós-graduada em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ).
As pessoas que participaram do estudo relataram aos pesquisadores que nas idades de 5,7.9,11 e 13 anos, viam TV cerca de duas horas por dia, toda semana.
“Aqueles que assistiram mais tiveram um risco maior de síndrome metabólica na idade adulta. Mais tempo assistindo televisão na infância também foi associado a um maior risco de sobrepeso e obesidade e menor aptidão física”, acrescenta a médica.
O estudo mostrou também que, na média, os meninos viam mais TV do que as meninas. E que a relação entre assistir TV de forma demasiada na infância e o desenvolvimento da síndrome metabólica na vida adulta, atingia mais os homens (34%) do que as mulheres (20%).
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Limitar o tempo que as crianças passam em frente às telas de TV, pode ajudar a garantir um futuro mais saudável na vida adulta.
“Estamos falando da síndrome metabólica, um conjunto de condições, incluindo pressão alta, açúcar elevado no sangue, excesso de gordura corporal e níveis anormais de colesterol. O estudo mostrou que crianças que assistiram mais de duas horas de TV por dia tendem a ter essas condições, que levam a um risco aumentado de doenças cardíacas, diabetes e derrame”, destaca a dra. Deborah.
A questão importante a ser percebida neste estudo observacional, é que não é o ato em si de ‘’ver TV’’ que provoca o problema da síndrome metabólica, mas os reflexos que este tipo de comportamento excessivo pode gerar no organismo.
“Ver televisão tem baixo gasto de energia e pode deslocar a atividade física e reduzir a qualidade do sono. Na infância, aprendemos muitos dos nossos hábitos e, no futuro, temos dificuldades para mudar. Assistir televisão não é o problema em si, mas sim o sedentarismo. Criança que não se acostuma a gastar energia e comer bem tem maior probabilidade de, no futuro, ter maus hábitos de vida”, explica a endocrinologista.
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Outra questão importante é que a criança que fica tempo demais em frente à televisão, pode acabar comendo em excesso, alimentos extremamente calóricos como:
.Biscoitos açucarados
.Chocolates
.Balas
.Salgadinhos de pacote
.Pizzas
.Refrigerantes
.Sucos de caixinha
“Embora a televisão possa ser desligada na vida adulta, esses hábitos podem persistir”, afirma a médica.
Pais, mães e responsáveis devem ainda dobrar a atenção com o risco que a pesquisa aponta, porque as novas tecnologias cada vez tornam mais comuns a alta exposição diária das crianças às telas.
“As crianças hoje têm muito mais acesso ao entretenimento baseado em tela e passam muito mais tempo sendo sedentárias. É provável que isso tenha efeitos ainda mais prejudiciais para a saúde dos adultos. Essas descobertas dão suporte à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que crianças e adolescentes devem limitar seu tempo de tela recreativo”, conclui a endocrinologista Deborah Beranger.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e da médica:
Dra.Deborah Beranger/ Endocrinologista
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