Vida e Saúde

Dúvida de papais e mamães: é gripe ou covid?

Como identificar se as crianças estão ou não com o coronavírus

Mudança de temperatura, principalmente quando os termômetros caem nas épocas mais frias, trazem quase sempre alguns sintomas incômodos: nariz escorrendo, espirros, tosse, febre. E se nos adultos estes sintomas já trazem mudanças de rotina e preocupações, imagine quando os ‘’pequenos’’ são atingidos?

E ainda mais nesse momento mundial, onde apesar do avanço da vacinação, o coronavírus ainda está por aí entre nós, a saúde das crianças sempre deixa os pais e responsáveis em alerta, com receio de que seus filhos possam estar contaminados com a covid-19.

Mas como se precaver e identificar se os filhos foram contaminados pelo coronavírus? Siga lendo esta reportagem para tirar suas dúvidas!

 

Veja ainda:

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/gripe-resfriado-e-covid-19-quais-as-diferencas/

 

Gripe, resfriado e Covid-19

A criança apresenta algum sintoma e os pais já entram quase em pânico. Mas quais as diferenças fundamentais entre resfriado, gripe e covid-19?

Quem responde é o médico infectologista André Ricardo Araújo da Silva:

‘’O resfriado é um quadro mais brando, que geralmente gera espirro, coceira no nariz, dificilmente tem febre e, quando tem, é algo muito sutil. Em contrapartida, a gripe é algo mais sistêmico, provocando sensação de dor no corpo, podendo ter febre, sensação de moleza, sendo um quadro mais intenso do que o resfriado. Já a covid-19, pode se manifestar com qualquer um dos sintomas citados. A doença provocada por esse vírus é eminentemente respiratória, que pode funcionar como um quadro de resfriado ou um quadro de gripe’’.

Lembrando que os principais sintomas da covid-19 em crianças são:

.Febre

.Tosse

.Corrimento no nariz

.Perda de olfato e paladar

 

E qual seria  a melhor forma dos pais diferenciarem quando os filhos estão com resfriado, gripe ou covid?

‘’No início dos sintomas, a criança pode evoluir para ambas as doenças. O quadro gripal, de início, é mais abrupto, mais rápido, mais intenso, uma febre alta com dores no corpo, calafrios, a criança para de brincar mesmo fora da febre. Este é um sinal que seria muito mais possível notar em um quadro gripal. Enquanto um quadro de resfriado provoca tosse, espirro, prurido no nariz, mas sintomas que não impedem a criança de fazer suas atividades diárias. Logo, apenas com base clínica, a intensidade dos sintomas sistêmicos seria o indicador mais interessante de orientar os pais a ficarem atentos’’, afirma o dr. André Ricardo.

E uma outra indagação que pais e mães sempre tem é: há uma faixa etária infantil que seja mais afetada pela doença?

‘’Na realidade a covid, estatisticamente, acomete menos as crianças, representando cerca de 2% de todos os casos considerando todos os casos da doença, considerando também todas as faixas etárias. Dentro da pediatria, não temos nenhuma faixa etária que seja mais acometida, podendo acometer desde bebês até adolescentes. A tendência é que a criança não vacinada seja contaminada e evolua para internação e casos mais graves, porém, mesmo nas crianças não vacinadas a possibilidade de internação é muito menor quando comparado aos adultos’’, diz o médico infectologista.

 

Covid-19 em crianças: a prevenção

As medidas para diminuir o risco de contaminação pelo coronavírus para as crianças são as mesmas dos adultos:

.Evitar contato com pessoas em quadros gripais

.Frequentar ambientes com ventilação adequada

.Orientar a higienização das mãos desde que a criança é pequena

.Utilizar máscara em situações onde haja aglomerações.

 

E caso um adulto esteja infectado com o coronavírus, como impedir que as crianças da casa se contaminem? O dr. André Ricardo esclarece:

‘’O ideal é que ele fique afastado das outros pessoas de convívio, que ele fique alocado em um quarto isolado, com utensílios de alimentação próprios, roupas de uso íntimo próprio e que evite, dentro do possível, o contato com as pessoas do mesmo ambiente, mantendo sempre a ventilação do local’’.

 

Ele reforça ainda a importância da vacinação contra a covid-19 para as crianças:

‘’O calendário vacinal disponibiliza duas vacinas para Covid na faixa etária pediátrica: a CoronaVac, liberada a partir de 3 anos em diante, e a Pfizer, liberada para uma faixa etária de crianças maiores de 5 anos. O esquema proposto pela bula são duas doses e, eventualmente, existe a possibilidade de receber um reforço, mas por enquanto é esse o esquema e pode ser que mais para frente apareçam mais vacinas disponíveis’’, fala.

 

E lembra que as crianças também podem se vacinar contra a gripe:

‘’A vacina da gripe está disponível para as crianças a partir de 6 meses. Todo o ano é divulgada uma campanha anual, liberada pelo Ministério da Saúde antes do inverno. As crianças fazem parte deste grupo indicativo para receber a vacina a partir dos 6 meses de idade’’, comenta o médico.

 

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Criança com covid:  tratamento

Mas e se for confirmado que não é gripe, nem resfriado e que a criança foi mesmo infectada pelo coronavírus? O que fazer?

‘’Em relação aos medicamentos, devem ser usados medicamentos sintomáticos, para aliviar a tosse e a febre. Existem alguns medicamentos já liberados pela Anvisa para tratamento da Covid, situações específicas mas existe o limite de usá-los em maiores de 12 anos’’, explica o dr. André Ricardo.

Uma criança contaminada pode passar o coronavírus para adultos, idosos por exemplo? ‘’Sabe-se que a carga viral da criança para o adulto seja mais difícil, existem estudos que comprovam que esta possibilidade é menor, mas as medidas devem ser as mesmas em casos de quadros gripais: evitar contato direto, lavar as mãos, evitar compartilhar talheres e copos, medidas que são universais’’, fala o infectologista.

E conclui, com uma informação importante sobre o  período de quarentena para as crianças:

‘’O período de quarentena, normalmente se for um quadro leve, considera-se 7 dias, se for um quadro mais intenso, em que a criança precise internar, vai variar de acordo com a intensidade dos sintomas: 10 dias se estiver internada e, caso esteja em ambiente hospitalar em um quadro mais grave, pode chegar até 20 dias de quarentena. Na média, em um quadro normal de covid, recomenda-se a quarentena de 7 dias’’.

Contamos com a colaboração da DATZ Comunicação e do médico Dr. André Ricardo Araújo da Silva/Infectologista

 

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