Se expor em excesso ao sol traz consequências desagradáveis para a pele e pode causar danos graves à saúde
O excesso de exposição ao sol costuma provocar ardência, dores em peles muito sensíveis e até descamação. Isso pode estragar os planos de muita gente de exibir um bronzeado invejável no verão e, de quebra, ainda deixar uma sensação bastante desagradável. E ainda há risco de desenvolvimento de insolação e câncer de pele. Por isso, veja tudo o que você precisa saber antes de voltar ao sol.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 60 milhões de pessoas morrerão em decorrência do câncer pele em 2030.
“O sol emite vários tipos de radiação, as mais conhecidas são a UVA, a UVB, a infravermelha, a luz azul e a luz visível, as cinco prejudicam a nossa pele. Quando a luz solar atinge a nossa pele, elas produzem dois tipos de lesão. A radiação UVB produz uma lesão direta, ou seja, queima a pele, levando à morte celular. As outras quatro geram uma grande quantidade de radicais livres, que além de destruir o colágeno, a elastina e o ácido hialurônico da pele, danificam o DNA. E aí que aparecem o câncer de pele e o melasma“, afirma o farmacêutico Maurizio Pupo, pesquisador, consultor em cosmetologia e diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Ada Tina Italy.
O riscos à saúde de quem se expõe ao sol em excesso ou com proteção insuficiente são graves. O Instituto Nacional da Câncer (INCA) informa que os cânceres de pele tipo não-melanoma são os mais letais entre os brasileiros.
“Hoje o Brasil sofre com três epidemias causadas pelo sol, a primeira delas é o envelhecimento e a flacidez, a segunda é o câncer de pele e a terceira é o melasma. Só por isso, podemos entender a importância de se proteger contra o sol. Ou as cinco radiações destroem nossas células direta ou indiretamente”, alerta Pupo.
O farmacêutico ainda diz que da mesma forma que as mães ensinam seus filhos a cuidarem dos dentes desde criança, porque senão as cáries irão afetar sua saúde bucal, deveríamos aprender desde jovens a passar protetor solar antes de sair de casa.
O médico Lucas Fustinoni reforça a importância de proteger do sol, uma vez que a radiação solar também é responsável por queimaduras, insolação e tem ação imunodeprimente, favorecendo infecções como a herpes simples.
Ele ensina que uma boa ferramenta para saber se você está passando protetor solar o suficiente é a chamada “regra da colher de chá”. Isto é, essa medida deve ser aplicada da seguinte maneira:
1 colher de chá: na cabeça e em cada um dos membros superiores;
2 colheres de chá: no tronco; nas costas e em cada um dos membros inferiores.
“Recomenda-se que aplicação do filtro seja feita 15 minutos antes da exposição solar. Sabemos, entretanto, que alguns protetores solares demonstram sua efetividade imediatamente após a aplicação, sem a necessidade desse intervalo. Outro aspecto importante na aplicação do fotoprotetor é a uniformidade de sua aplicação, evitando que algumas áreas sejam esquecidas ou que haja aplicação insuficiente pela falta de atenção. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda, de maneira geral, a reaplicação dos fotoprotetores a cada 2 horas ou após longos períodos de imersão”, orienta Fustinoni.
Em busca daquele bronze ou por subestimar o sol de fim de ano na praia ou na cidade, muitas pessoas acabam se queimando. Nesses casos, é preciso investir em hidratação.
“Ao chegar em casa, a pessoas deve aplicar um hidratante. Eles não devem conter óleos minerais, pois eles não penetram na pele e não são assimilados pelas nossas células. O produto deve ser feito com óleos vegetais. Uma substância interessante a niacinamida, que é antioxidante e antiglicante. Ela neutraliza os radicais livres gerados pelo sol e consegue realizar um ‘conserto’ no DNA que foi lesionado”, aconselha Pupo.
Fustinoni complementa: “A sensação de ardência melhora muito com uso de compressas geladas e analgésicos comuns. A hidratação também ajuda na recuperação da pele, substâncias calmantes como aloe vera e alfa bisabolol são muito bem-vindas. Em casos mais graves de queimadura, é necessário o uso de corticoides receitados pelo dermatologista e se aparecer pus, um antibiótico pode ser prescrito”, diz.
Idealmente, a nova exposição solar deve ser feita com filtro após 30 dias, já que nesse tempo houve troca completa da epiderme (última camada da pele).
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