Essa condição pode afetar a cartilagem e comprometer as articulações
Artrite é um dos problemas ortopédicos mais comum a atingir as pessoas. Mas você já ouviu falar da artrite séptica?
Essa condição é uma urgência ortopédica que se não for tratada logo, pode causar sequelas irreversíveis.
Quer saber mais sobre como se prevenir da artrite séptica? Então leia com atenção a reportagem que preparamos para você.
A artrite séptica é um tipo de infecção, provocada por bactérias, que atinge as articulações, principalmente os joelhos. Caso não seja tratada corretamente, pode até mesmo provocar destruição da cartilagem causando graves sequelas nas articulações.
“Essa bactéria alcança o líquido sinovial e causa um processo infeccioso intra-articular, que, na maioria dos casos, evolui rapidamente’’, afirma o ortopedista Marcos Cortelazo, especialista em joelho e traumatologia esportiva, pós-graduado em Ortopedia e Traumatologia pela Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), integrante da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e médico do Hospital Albert Einstein e da Rede D’Or.
E prossegue o especialista:
‘’É uma urgência ortopédica que uma vez diagnosticada, precisa ser tratada o mais rápido possível”.
Entre os principais sintomas da artrite séptica, estão:
.Dor
.Inchaço
.Vermelhidão
.Febre
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Esta enfermidade é causada por microrganismos, em geral bactérias como Staphylococcus aureus e Streptococcus.
“A atrite séptica pode surgir devido a uma inoculação direta do agente infectante, da bactéria. Por exemplo, se o paciente ralar o joelho, pode ocorrer uma infecção local que chega na articulação. Ou então se o paciente passou por uma cirurgia, intervenção ou injeção, como as infiltrações, na articulação em que houve alguma falha na assepsia, a artrite séptica também pode ocorrer. Essas são as causas mais comuns”, fala o ortopedista.
Mas não é a única forma.
“A artrite séptica também pode ocorrer por uma disseminação hematogênica, ou seja, o paciente tem algum foco de infecção em outros locais do corpo, como uma infecção urinária ou dentária, onde houve a inoculação dessa bactéria na corrente sanguínea, assim chegando até a articulação”, diz o dr. Marcos.
O diagnóstico pode ser feito através de exame clínico ou punção na articulação.
“Por meio da punção, encontramos um líquido com aspecto purulento que pode ser avaliado através de uma bacterioscopia ou cultura. Mas precisamos agir rapidamente para evitar que essa bactéria continue a se proliferar e destrua a cartilagem de maneira irreparável, podendo levar até a perda da articulação caso o tratamento seja demorado, com o desenvolvimento de sequelas que se assemelham a uma artrose grave”, comenta o médico.
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O uso de antibióticos é um dos tratamentos indicados, em geral por um período de 30 dias.
“Geralmente, as primeiras duas semanas são de administração endovenosa e depois via oral. Mas o tempo de uso do antibiótico dependerá do agente causador, da gravidade da infecção e dos resultados dos exames laboratoriais”, diz o dr. Marcos Cortelazo.
É fundamental também identificar se existem outras infecções.
“Muitas vezes a inoculação é direta, mas o paciente pode estar com outro foco infeccioso na boca ou em outra região do corpo. Nesses casos, é fundamental identificar essa infecção, fazer uma cultura e adequar o antibiótico”, acrescenta o médico.
Em alguns casos mais graves, se torna necessária a realização de uma cirurgia para limpeza da articulação.
“Essa cirurgia pode ser uma artroscopia ou uma cirurgia aberta. É feita uma lavagem de toda a articulação, retirando os debris e outras alterações causadas pela infecção. Em seguida, se houver necessidade, podem ser deixados drenos para aspirar aquele líquido por 2, 3 dias”, indica o ortopedista.
E depois que a infecção esteja controlada, é importante investir em sessões de fisioterapia.
“A fisioterapia deve ser mantida até uma recuperação completa da função articular, com diminuição de inchaço e ganho de mobilidade. Normalmente, são quadros que se prolongam, em termos de alguma limitação, por 2, até 3 meses. Então, o paciente muitas vezes não tem mais febre, nota diminuição do inchaço da articulação, mas ainda apresenta dificuldade de mobilidade e certa rigidez”, conclui o especialista.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e do médico: Dr. Marcos Cortelazo/Ortopedista
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