Instituto Biológico, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, estuda pragas urbanas há mais de 25 anos
A alta temperatura não traz apenas diversão. Ela possibilita também o aumento na reprodução das chamadas pragas urbanas, ou seja, moscas, pernilongos, baratas, ratos, escorpiões, formigas, cupins, carrapatos, dentre muitas outras.
Para driblar o problema, o pesquisador do Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Francisco José Zorzenon, é enfático: é preciso indisponibilizar água, abrigo, alimento e acesso para as pragas. Zorzenon, especialista em pragas urbanas há mais de 25 anos, dá algumas dicas para que o verão seja aproveitado sem doenças e gritos de medo e nojo.
Segundo o pesquisador, as pragas urbanas ocorrem durante todo o ano, mas neste período há o aumento na ocorrência devido a maior oferta de água e alimento e a capacidade de reprodução mais frequente e veloz desses organismos. Para evitar a ocorrência, é necessário que a população tenha em mente os quatro A’s: água, abrigo, alimento e acesso. “Quanto mais fatores essenciais às pragas forem suprimidos, menores são as chances delas se estabelecerem. Se deixarmos lixo ou qualquer alimento disponível e de fácil acesso, logo aparecerão baratas, ratos, moscas e formigas, dentre outras pragas”, afirma.
O aumento das baratas, por exemplo, resulta na maior ocorrência de escorpiões e aranhas, que são seus predadores. “O lixo e a falta de saneamento favorecem o aparecimento e a manutenção de baratas e consequentemente, mais escorpiões surgirão. É um ciclo. Por isso, há a necessidade de prevenção contínua dessa praga”, afirma.
Confira abaixo algumas dicas para evitar a ocorrência dessas pragas no verão e no ano todo e, caso elas já estejam na sua casa, como resolver o problema.
Prevenção
– Não deixar água acumulada em caixas d’água, ralos, piscinas, calhas, pneus e latas. Água parada, mesmo limpa, pode ser criadouro de mosquitos, inclusive dos que transmitem dengue, febre amarela, Chikungunya, elefantíase e malária.
– Não vá pelo caminho mais fácil: o plantio de crotalaria, a aplicação de vinagre e repelentes elétricos não eliminam os mosquitos. Essas práticas não têm comprovação científica.
– Não armazene lixo.
– Deixe os alimentos em ambiente refrigerado e em local de difícil acesso para essas pragas.
O que fazer quando as pragas já estiverem estabelecidas?
– Identifique se esta é mesmo uma praga urbana e depois a qual espécie pertence. Algumas delas são facilmente detectáveis, pois deixam resíduos, rastros e danos aparentes.
– Caso não consiga identificar, chame um especialista.
– Em caso de infestação severa, chame uma empresa especialista em pragas urbanas. Cada espécie é controlada de uma forma e para isso, podem ser utilizados produtos distintos, que devem ser aplicado apenas por pessoas habilitadas.
– O Instituto Biológico pode esclarecer algumas dúvidas da população pelo seu site you, por meio do sistema Fale Conosco. Mais de mil dúvidas são respondidas anualmente pelo Instituto.
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
(11) 5067-0069
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