Este problema é muito comum entre gestantes e mulheres na menopausa
Você tem incontinência urinária? Ou conhece alguém que sofre com este problema?
Esta condição é mais comum do que se imagina e pode ser um grande incômodo para as mulheres, em 2 momentos:
.Na gravidez
.Na menopausa
Quer saber mais sobre a incontinência urinária e como tratar este problema?
Então leia a reportagem a seguir.
A incontinência urinária é um problema de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e se caracteriza pela perda involuntária de urina.
Este distúrbio pode variar em gravidade, desde pequenas perdas de até a incapacidade total de controlar o fluxo de urina
Geralmente é um problema associado ao processo de envelhecimento, mas pode afetar pessoas de todas as idades.
Entre os principais tipos de incontinência urinária, estão:
.Incontinência por transbordamento: ocorre quando a bexiga não esvazia completamente, resultando em vazamentos frequentes. Isso pode ser causado por obstruções, como cálculos renais ou aumento da próstata em homens.
.Incontinência funcional: é a incapacidade de chegar ao banheiro a tempo devido a limitações físicas ou cognitivas. Isso pode ocorrer em pessoas com mobilidade reduzida ou demência.
.Incontinência de urgência: se caracteriza pela necessidade súbita e intensa de urinar, levando à perda involuntária de urina. A causa pode estar relacionada a hiperatividade da bexiga, infecções do trato urinário ou condições neurológicas que afetam os nervos que controlam a bexiga.
Incontinência de esforço: é a forma mais comum, especialmente entre mulheres. Ocorre quando há perda de urina durante atividades que aumentam a pressão abdominal, como tossir, rir, espirrar ou praticar exercícios físicos. Isso geralmente está relacionado a fraqueza dos músculos do assoalho pélvico, que pode ser causada por gravidez, parto, menopausa, obesidade ou cirurgias prévias.
Incontinência mista: combina características da incontinência de esforço e da incontinência de urgência. É comum em mulheres, especialmente aquelas que já tiveram filhos.
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A perda urinária de esforço e de urgência são as que afetam muitas gestantes.
‘’A incontinência urinária na gestação é uma condição comum, mas muitas vezes subestimada, que afeta a qualidade de vida das gestantes. Estima-se que cerca de 30% a 50% das mulheres enfrentem algum grau de perda involuntária de urina durante a gravidez”, afirma o médico Nélio Veiga Junior, ginecologista e obstetra, mestre e doutor em Tocoginecologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/UNICAMP).
Na gravidez, o corpo da mulher passa por várias mudanças como:
.Alterações hormonais
.Pressão do útero sobre a bexiga
.Fraqueza do assoalho pélvico
Tudo isso pode levar ao surgimento de casos de incontinência urinária.
“Primeiramente, o aumento dos hormônios progesterona e relaxina (hormônio que o corpo produz para preparar o aparelho reprodutor para o parto) promove o relaxamento dos músculos do assoalho pélvico e da uretra, reduzindo o controle urinário. Depois, com o próprio crescimento do útero, a bexiga é comprimida, reduzindo sua capacidade de armazenar urina e aumentando a frequência urinária. E, por fim, a sobrecarga da musculatura pélvica pode levar à perda de força e controle, resultando em escapes involuntários de urina, especialmente ao tossir, espirrar ou realizar esforços físicos”, aponta o obstetra.
A incontinência urinária na gestação é temporária para a maioria das mulheres, mas existem algumas práticas que podem amenizar o problema.
“A prática do fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico com sessões de fisioterapia pélvica e os exercícios de Kegel pode melhorar a continência urinária. A hidratação equilibrada também é fundamental. Beber líquidos na quantidade adequada e evitar o consumo excessivo de cafeína e bebidas gaseificadas pode reduzir a irritação da bexiga. Além disso, é recomendado o controle do peso “, comenta o médico.
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A perda urinária também é um problema frequente a atormentar a vida das mulheres que chegam à menopausa.
“De tão comum, muitas mulheres acreditam que a incontinência urinária é um problema natural na menopausa com o qual elas precisam se acostumar a conviver. É comum que ocorram limitações na rotina e algumas até evitem algumas atividades em decorrência dos sintomas. Existem dois tipos: a incontinência de esforço e a de urgência. Ambas podem ser tratadas, mas, se isso não ocorrer, elas provocam desconforto físico, social e psicológico, principalmente pelo fato de ser uma situação imprevisível, podendo ocorrer a perda urinária a qualquer hora e em qualquer lugar”, esclarece o ginecologista Igor Padovesi, especialista em menopausa, com certificação pela North American Menopause Society (NAMS) e autor do livro “Menopausa Sem Medo” (Editora Gente).
Entre os motivos do problema ocorrer mais durante a menopausa, estão:
.A queda hormonal
.A diminuição do colágeno
.Aumento da flacidez da pele
“Além disso, condições pré-existentes também podem favorecer a perda involuntária de urina, como infecções urinárias, alterações neurológicas, diabetes e o uso de medicamentos que favoreçam a micção por pessoas que já não possuem boa continência urinária”, completa o ginecologista.
E prossegue o médico:
“Hoje existem medicamentos mais modernos que não causam mais as reações adversas que antes eram comuns, como boca seca, obstipação e até impacto negativo na cognição. Mas a primeira medida recomendável para melhora desses sintomas são os exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico. O ideal é que a mulher tenha uma avaliação e orientação de fisioterapeuta pélvica, mas depois até pode seguir fazendo os exercícios sozinha, fundamentais para manter os músculos fortalecidos. O tratamento é eficaz, mas funciona como na musculação: sem aderência e disciplina, o músculo enfraquecerá novamente”.
E o dr.Igor conclui com um recado precioso:
‘’É muito importante que, ao notar sintomas de incontinência urinária, você consulte um médico ginecologista, que poderá diagnosticar a condição corretamente e indicar tratamento individualizado para o seu caso, visto que esse pode variar de acordo com o fator causador do problema”.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e dos médicos:
Dr.Nélio Veiga Junior/Ginecologista e Obstetra
Dr. Igor Padovesi/Ginecologista
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