Se você se sentir mais confortável, pode usar à vontade. Mas veja algumas dicas para utilizá-lo corretamente e evitar infecções
Atualmente, não faltam opções de absorventes e acessórios para evitar vazamentos durante o período menstrual: absorventes externos – de cobertura seca ou de algodão, e até mesmo de pano -, absorventes internos, coletores. Porém, ainda há muitas dúvidas sobre qual absorvente utilizar enquanto se pratica exercícios físicos. Por exemplo: o absorvente interno pode ser utilizado nesses momentos com segurança?
“O absorvente interno pode, sim, ser usado durante exercícios físicos quando bem alocado. Ele fica no fundo vaginal e não gera nenhum desconforto, e sequer se deslocará com força exercida na atividade”, explica a ginecologista Ana Carolina Lúcio Pereira, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Quando vão realizar algum esforço físico ou estão com roupas de ginástica, muitas mulheres se sentem mais confortáveis e com maior liberdade para se movimentar ao utilizar o absorvente interno.
Colocado corretamente, ele não gera desconforto e não há problemas em utilizá-lo ao praticar atividades físicas.
“Porém, caso esteja muito abaixo, ele pode ser expulso durante as manobras, quando existe pressão abdominal intensa”, afirma Ana Carolina. Por isso, preste atenção se ele foi alocado corretamente antes de iniciar a prática.
Para evitar a proliferação de bactérias, os absorventes internos devem ser trocados frequentemente.
“O tempo de uso do produto não deve ser superior a 4 horas, já que o sangue acumulado por muito tempo é um meio extremamente favorável para a proliferação de fungos e bactérias, além de provocar um odor desagradável. Caso você tenha um fluxo muito intenso, a troca do absorvente deve ser ainda mais frequente”, destaca Ana Carolina.
O uso prolongado, em casos mais extremos, pode gerar a síndrome do choque tóxico, “uma condição rara, mas extremamente grave”, alerta a médica.
O choque tóxico é uma infecção causada pelas toxinas das bactérias Gram-positivas. Entre seus sintomas estão:
• Febre;
• Garganta inflamada;
• Descamação da pele;
• Inchaço e dores musculares.
Em alguns casos, também pode ocorrer insuficiência renal aguda e risco de morte. Outros fatores, como o uso de diafragma, infecção uterina pós-parto e incisão cirúrgica infectada, podem agravar os riscos de choque tóxico.
Além da troca frequente, é importante ficar de olho no tipo de produto ao comprá-lo e aplicá-lo com as mãos e unhas limpas. “Tome cuidado também na hora de escolher qual produto comprar, evitando aqueles com capacidade muito grande de absorção do sangue, o que aumenta o risco do desenvolvimento da síndrome. Além disso, lembre-se de sempre lavar as mãos antes de colocá-lo ou retirá-lo”, aconselha a especialista.
Caso você apresente os sintomas da síndrome, o mais importante é procurar rapidamente o médico e iniciar o tratamento da condição o quanto antes. Uma vez que, geralmente, ele exige internação para a administração de antibióticos intravenosos.
“É necessário ter em mente ainda que a condição, quando é causada pelo uso de absorventes internos, tende a retornar de forma mais leve após certo período, principalmente se a utilização desse tipo de produto não for interrompida. Por isso, o acompanhamento médico mesmo após o tratamento é fundamental, além da adoção dos cuidados de prevenção da doença”, explica a ginecologista.
Pacientes com corrimento infeccioso devem evitar o uso do absorvente interno e buscar tratamento o quanto antes. Se a mulher nunca teve relações sexuais ou sofre de vaginismo, seu uso também pode gerar desconforto na introdução e extração do produto. Além disso, seu volume quase dobra intumescido, o que pode piorar a sensação.
“O mais importante é ter segurança e se sentir segura. Quando a mulher conhece o próprio corpo gera mais facilidade para uso”, finaliza Ana Carolina.
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