Vida e Saúde

8 dicas para te ajudar a lidar com a ansiedade durante a pandemia do Coronavírus

Time de especialistas dá dicas para ajudar você a passar por esse momento de grande estresse e ansiedade sem prejudicar sua saúde mental.

Devido à pandemia do Coronavírus, estamos passando por um período de isolamento social com diversas mudanças em nossos hábitos rotineiros, o que pode ser extremamente estressante e, consequentemente, prejudicial à saúde mental.

 

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“O isolamento social impõe alterações importantes na rotina das pessoas, principalmente com relação às atividades fora de casa. Trabalhar, encontrar alguém e ir à academia são situações capazes de criar estímulos que ajudam a distrair a mente. Logo, ficar sem essas atividades faz com que a mente seja menos estimulada, o que, somado às incertezas sobre o futuro e as consequências da pandemia, pode causar grande ansiedade, principalmente em quem já tem predisposição ao problema”, explica o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Então, para ajudar você nesse momento, reunimos um time de especialistas para apontar maneiras de lidar com a ansiedade durante esse período de isolamento. Confira:

Entenda o momento – Para lidar com a ansiedade, o primeiro passo é identificar que você está ansioso. Então, observe se você está comendo demais, se seu humor está alterado ou se você não consegue dormir direito. Todos esses sinais são sintomas de um quadro ansioso. “Além disso, é importante reconhecer o momento pelo qual estamos passando. É um período diferente de tudo o que vivemos e que demorará para passar. Mas, cada dia é um dia. Hoje você pode estar ansioso, mas amanhã não. Então, adapte sua rotina para essa situação. Se estiver ansioso, evite situações estressantes”, diz o cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e médico voluntário no atendimento a casos suspeitos de Covid-19 no Hospital São Paulo.

Programe-se e ocupe a mente – Muitas pessoas ficam com a impressão de que estar em casa é não estar produzindo, por isso é importantíssimo ter um cronograma. “Para quem está fazendo home office, é necessário se organizar. Quanto mais o cérebro trabalhar, melhor. Quanto mais desafios e problemas a serem resolvidos, melhor”, afirma a Dra. Beatriz Lassance, cirurgiã plástica e membro do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida. Uma boa dica, de acordo com o Dr. Paolo Rubez, é tirar o pijama assim que se levantar e programar o seu dia. “Procure ter horário para acordar, para comer e para dormir. Além disso, reserve um momento para praticar alguma atividade física, que aumenta a liberação de neurotransmissores responsáveis pelo bem-estar”, completa.

Desconecte-se – Vivemos conectados e queremos sempre acompanhar tudo o que está acontecendo. Como se não bastasse, devido ao Coronavírus, estamos expostos a uma grande quantidade de informação, o que pode ser extremamente estressante e ansiogênico. “Por isso, devemos segurar a vontade de ficar demasiadamente em redes sociais. Evite também procurar informações em excesso sobre o Coronavírus. Poupe-se. Se possível, visite as redes sociais apenas em dias intercalados para ajudar a diminuir a ansiedade desse momento”, recomenda o Dr. Mário Farinazzo.

Pause por um momento – Caso você esteja trabalhando em casa, a Dra. Beatriz Lassance, aconselha investir em pequenos descansos ao longo do dia. “A cada 2 horas levante-se, tome água, olhe pela janela, tome um café, converse com alguém ou faça 5 minutos de meditação. Esse é um processo importante para relaxar e desestressar”, destaca.

Faça coisas novas – Ao final do dia, desconecte-se e realize algo que te dê prazer. “Use esse tempo de sobra que estamos tendo durante a quarentena para coisas que você queria fazer antes e não conseguia ou não teve atitude de começar. Cozinhe, comece algum projeto, leia um livro, brinque com seu filho. Procure criar objetivos e prazos para que você cumpra ao longo desse período”, explica o cirurgião plástico Dr. Paolo Rubez. Segundo a Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga e professora da Associação Brasileira de Nutrologia, vale a pena aproveitar esse período de reclusão para aprender a cozinhar e preparar de refeições caseiras balanceadas. “Comece diminuindo o excesso de consumo de carboidratos, proteína animal e produtos industrializados e aumentando a ingestão de vegetais, que devem compor 75% do prato. A comida deve ser boa, gostosa e feita com ingredientes saudáveis”, diz.

Pratique o autocuidado – Uma boa estratégia para diminuir o estresse e a ansiedade é realizar uma rotina diária de cuidados com a pele. “Cuidar da pele é uma ótima maneira de manter a cabeça no lugar, pois o toque ajuda a reduzir o hormônio ligado ao estresse e estimula a parte do sistema nervoso que acalma o corpo e a mente”, afirma a especialista em Estética e Cosmetologia Isabel Piatti, embaixadora do Centro e Instituto Internacional de Aprimoramento e Pesquisas Científicas (CIA) e Membro do Conselho Científico da Academia Brasileira de Estética Científica (ABEC). Segundo o dermatologista Dr. Jardis Volpe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, o método de skincare conhecido como skip-care é um bom caminho para quem não sabe por onde começar a cuidar da pele. “Para aderir, basta utilizar três produtos essenciais que vão manter sua pele bem cuidada: um bom sabonete de limpeza, um creme ou sérum hidratante e o filtro solar (usados nessa ordem)”, completa o médico.

Medite – Outra dica importante para diminuir a ansiedade é apostar na meditação e no mindfulsness. “Mindfullness significa viver em atenção plena, ou seja, conseguir vivenciar os momentos com todas as suas características emocionais e sensoriais, sem distrações. O mindfullness pode ser usado por qualquer pessoa que queira começar alguma prática de meditação, mas que não sabe como dar os primeiros passos, pois ajuda a gerenciar o stress e a ansiedade e a melhorar a concentração e a produtividade”, recomenda a Dra. Aline Lamaita, cirurgiã vascular e angiologista, membro do Colégio Americano de Medicina do Estilo de Vida. “Comece praticando 15 minutos por dia de meditação. Procure um canto quieto e atente-se a sua respiração. Existem até aplicativos que te ajudam a fazer isso, como o Headspace e o Calm”, aconselha Dr. Mário Farinazzo.

Comunique-se com os outros – A falta de contato social também pode ser um fator ansiogênico. Então, utilize a tecnologia para minimizar a saudade dos familiares e amigos. “É muito importante manter esse contato com outras pessoas através dos aplicativos, pois isso ajuda a minimizar a ansiedade causada pela falta de contato social, já que comunicar-se promove a liberação de hormônios ligados ao bem-estar”, explica o médico Dr. Mário Farinazzo. “Um importante estudo de Harvard que já dura 75 anos mostra que pessoas que se consideram felizes são as que têm mais relações sociais. Então fale com esses amigos por telefone ou aplicativos, mantenha o seu convívio mesmo que por meios virtuais”, destaca a Dra. Beatriz Lassance.

Porém, é importante ressaltar que existem quadros de ansiedade graves e que necessitam de acompanhamento e tratamento médico. Então, caso as dicas acima não sejam suficientes para amenizar sua ansiedade, você deve consultar um profissional especializado, como um terapeuta, psicólogo ou psiquiatra. E não há nem mesmo a necessidade de sair de casa, pois muitos profissionais da área da saúde, durante esse período de reclusão, estão realizando atendimento online. “A telemedicina é uma maneira de dar assistência aos pacientes nesse período. Ela não substitui a consulta presencial, mas serve como uma forma de orientação aos pacientes”, afirma o Dr. Paolo Rubez. “O que propomos são orientações gerais, recomendações de direcionamento ao hospital, solicitação de exames, emissão de atestados, troca de receitas, terapêutica simples e medidas de suporte em um momento que os pacientes estão com o acesso restrito aos serviços de saúde. Então, converse com seu médico”, finaliza a Dra. Ana Carolina Lúcio Pereira, ginecologista membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

FONTES: DR. JARDIS VOLPE, DR. MÁRIO FARINAZZO, DR. PAOLO RUBEZ, DRA. BEATRIZ LASSANCE, DRA. ALINE LAMAITA, DRA. MARCELLA GARCEZ, DRA. ANA CAROLINA LÚCIO PEREIRA, ISABEL LUIZA PIATTI

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